quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

MEDITANDO BELÉM



MEDITANDO BELÉM
Clerisvaldo B. Chagas, 25 de dezembro de 2014.
Crônica Nº 1.331

Publicado por Tiago Chagas; 26.12.2011.
"A tradição cristã de que Jesus teria nascido na cidade de Belém pode está sendo questionada por um arqueólogo israelense. Para Aviran Oshri, Jesus teria nascido na cidade de Belém, mas não na Judéia, e sim, na Galileia
A tese é baseada em dados históricos, citações bíblicas do Antigo e do Novo Testamento e pesquisas que levaram dez anos e inúmeras escavações. A distância entre a cidade de Nazaré e Belém da Judeia é de aproximadamente 150 quilômetros, enquanto que entre Nazaré e Belém da Galileia, a distância é bem menor: “Se ela (Maria) percorresse mesmo essa distância teria dado à luz muito antes. Faz muito mais sentido que a Belém do nascimento seja a da Galileia que fica apenas 7 km de Nazaré”, afirma Aviram.
Segundo informações do site Folha.com, a tese de Aviran não é nova, pois outros historiadores usam as evidências mencionadas por ele e outras indicações históricas para questionar a versão que ficou conhecida.
Porém Aviram afirma que descobriu indícios arqueológicos que reforçam sua tese. Suas pesquisas apontam para o fato de que nunca foram encontrados sinais do Império Romano na cidade de Belém da Judéia, porém, na cidade da Galileia, há vestígios que datam da época do nascimento de Jesus, como por exemplo, os restos de uma muralha que pode ter sido construída para proteger uma comunidade e um igreja de grande porte: ‘Para que construir uma igreja daquele tamanho num lugar remoto? É prova de que a cidade tinha significado’, defende.
Há versões relatadas por historiadores do cristianismo que os autores dos evangelhos alteraram o nome da cidade natal de Jesus propositalmente, para que fosse feita a associação de Jesus ao Rei Davi, que era da região de Belém da Judeia, e reforçar a ligação sanguínea entre ambos.
Atualmente cerca de 800 moradores habitam a cidade de Belém da Galileia. Até 1948, ano da formação do estado de Israel, o local era ocupado por uma comunidade alemã da seita protestante dos
Templários, e atualmente o povoado tornou-se uma comunidade rural".






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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

MARIA BONITA E OS CANIVETES



MARIA BONITA E OS CANIVETES
Clerisvaldo B. Chagas, 24 de dezembro de 2014
Crônica Nº 1.330
Terminado o livro, Maria Bonita, a Deusa das Caatingas, vejo na primeira lapidação que deu 200 páginas com cerca de quarenta fotos. O problema agora é publicar, coisa em que falta aproximação entre escritor e gráfica, com a eterna guerra dos preços impossíveis. Noto que há um episódio em que é citado um canivete marca corneta. E como uma coisa puxa outra, vamos deixando de lado o tema Natal, muito bonito, mas também batido. Passando ao largo, somos atraídos pelo tal assunto canivete.
Lembro-me de quando a minha namorada indagou há anos, se eu iria a sua casa; respondi usando a frase chavão: “Nem que chova canivete”. Objeto largamente vendido na Casa Imperial de Pedro Cristino, o Seu Piduca. E como era também um assíduo leitor dos bons livros da Biblioteca Pública, dirigida pela intelectual Nilza Marques, foi lá que achei a quadra romântica e inesquecível:

Alecrim de beira d’água
Não se corta de machado
Se corta de canivete
Do bolso dos namorados.

Talvez da mesma fonte dessa outra belezura:

Lindo recanto, o biri
Amarelo ou encarnado
Nasce às margens do banhado
Com touças de sarandi.

Não me pergunte leitor amigo, sobre autores. Não lembro mais. Tudo indica pertencerem ao folclore gaúcho. Mas voltando ao canivete, houve a época da moda entre os rapazes no início da década de 60. Adultos e jovens do sertão alagoano, pelo menos, usavam esse pequeno objeto que no início era delicado. Cabos de diversos materiais, inclusive em cores. Sua variedade fazia até com que alguns rapazes fizessem coleção. Havia uns canivetes tão pequenos que cabiam no bolso de algibeira. Depois começaram a aparecer tipos maiores de cabo de osso e folha de desenhos esquisitos, iniciando com uma largura e finalizando com outra e até lâminas tortas. Esses canivetes maiores e mais resistentes pareciam tirar o encanto dos objetos iniciais, aparentemente, frágeis e belos.
Queremos dizer que os primeiros faziam parte do romantismo da poesia da época enquanto os outros sugeriam agressão e trabalho. De qualquer maneira, o canivete salva a crônica da véspera de Natal. 
Às vezes, como faz falta um charmoso e eficiente canivete! 
Vamos ao que interessa: FELIZ NATAL!!!



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