sexta-feira, 26 de agosto de 2016

ESTAR FALTANDO

ESTAR FALTANDO
Clerisvaldo B. Chagas, 26 de agosto de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Para Jonas Pacífico
Crônica 1.568

Foto: (verdadealagoas).
Muito bem observada pelo conterrâneo Jonas Pacífico, o lugar de emprego do “Seu Basto”, o homem que virou mito futebolístico em Santana do Ipanema, Alagoas. Gostaria de pelo menos conhecê-lo através de foto.
Não foi somente uma vez em que me referi ao padre Bulhões, ao Departamento Nacional de Obras Contra a Seca – DNOCS – e ao Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER, nos meus escritos. Foi apelos aos cultos ou quase isso que trabalharam nesses departamentos e aos que foram ligados ao vigário santanense.
As duas repartições têm história fecunda em Santana, ocasião em que eram os dois maiores centros de referência da cidade. Construções de açudes, rodagens, pontes, pontilhões, bueiros, futebol, professores, engenheiros e fontes infindáveis de empregos... Duas vigas mestras de desenvolvimento regional. Pedi sempre aos que trabalharam nessas repartições que escrevessem um livro sobre cada uma, pois eles sabiam de tudo. Ninguém, amigo, absolutamente ninguém se prontificou. Inúmeras dessas pessoas cultas partiram, outros se arrastam na idade e as repartições morreram sem literatura. Tudo que foi escrito está no geral do “Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema”.
O mesmo apelo fizemos em relação ao padre Bulhões, cuja vida daria um livrão bastante colorido. Nada! E Santana perdeu ainda fresquinho, um mundo de dados importantíssimos do seu acervo histórico, tanto pela apatia dos seus filhos, quanto pela indiferença e ignorância de seus gestores.

Sei não, deixe continuar para saber como é que fica. Gestor na minha terra sempre foi caso perdido. 

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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

O IPANEMA E JOÃOZINHO

O IPANEMA E JOÃOZINHO
Clerisvaldo B. Chagas, 25 de agosto de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.567

Foto: (soberaniadopovo).
Quando me entendi de gente, o Ipanema Futebol Club estava no auge. Derramava cachoeiras de vitórias sobre as cabeças eufóricas dos santanenses. Comandava o esquadrão verde e amarelo, um desportista que trabalhava no antigo DNER, a quem todos o chamavam de “Seu Basto”. A ele eram atribuídas tantas vitórias e a marcha gloriosa do timaço. Nunca o conheci pessoalmente. Centenas de jogadores ficaram famosos no Sertão e no estado naqueles períodos gloriosos. Já encontrei em pleno desenvolvimento futebolístico, atuando no mesmo time, os irmãos Jair, Zuza e Joãozinho. Zuza, um dos maiores armadores que eu conheci e que antes era goleiro. Não quero citar o nome do time completo, principalmente dos mais famosos, por esse trabalho ser específico. Sempre considerei Joãozinho como o mais carismático entre todos.
Nas explosões emocionais de Otávio Marchante – considerado o torcedor número um do Ipanema – havia uma predileção enorme por aquele homem que dava segurança ao time. Torcedor que não parava em lugar nenhum do estádio, Otávio passava os noventa minutos da partida rodeando o campo e indicando aos berros o nome de cada um dos nossos aos adversários, especialmente o de Joãozinho. Com o estádio ainda novo (murado pelo político Arnon de Mello em troca do nome lá no alto) o Ipanema de Joãozinho foi durante a década de 50, a página mais gloriosa de Santana do Ipanema, em Alagoas.
Popular mais do que o jogador, em Santana, ninguém. E os meninos de Seu Zé V8 foram cumprindo assim a jornada decente de lutas e glórias por aqui. Por aqui por esse mundão que está sempre se renovando como os mais belos jardins, com filhos, netos e bisnetos.





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