O DESENROLAR DAS OLIMPÍADAS (Clerisvaldo B. Chagas. 5.10.2009) Para alguns pesquisadores, os gregos teriam iniciadas essas comemor...

O DESENROLAR DAS OLIMPÍADAS

O DESENROLAR DAS OLIMPÍADAS

(Clerisvaldo B. Chagas. 5.10.2009)

Para alguns pesquisadores, os gregos teriam iniciadas essas comemorações há 2.500 anos a.C., em homenagem a Zeus. Outros falam que a Grécia teria criado esses jogos no ano 776 a.C., como celebração e atributos aos deuses, cuja cidade-estado teria sido em Olímpia. De qualquer maneira, todos acreditam que os jogos olímpicos vieram da Grécia e que teriam até sido proibidos em determinada época (393) pelo imperador Teodósio, convertido, ao considerar as atividades como pagãs. Histórico à parte, o que se pensa atualmente em um país como o Brasil, é no significado teórico e prático dessas realizações em território nacional. O Rio de Janeiro, como sempre, ex-capital do Brasil e com uma das dez maravilhas do mundo moderno, naturalmente levaria quase todos os louros das vitórias. Não se pode negar a total capacidade do território carioca por seu passado e pela capacidade do presente. De qualquer maneira, Rio e São Paulo são as cabeças que movem o corpo brasileiro. No caso, então, o importante é que o evento de 2016 acontecerá em nosso país. Para o Rio de Janeiro, falando em obras físicas, será um passo largo e invejável para chegar à estrutura as grandes capitais do mundo desenvolvido. Sem contas serão os benefícios das áreas de segurança, transporte, hotelaria, comunicação, turismo, comércio e mesmo da indústria. Lógico que nada será melhor para o Brasil de que ser o alvo positivo do mundo com dois eventos importantes, os maiores, seguidamente: a copa e as olimpíadas. Além de toda estrutura física que ficará para depois desses eventos, também nada pagará o incentivo aos atletas brasileiros em todas as modalidades irradiadas da sede para as mais pequeninas cidades dos confins desse país.

Entramos na história do esporte amador tardiamente. Enquanto em certo tempo apenas nos preocupávamos com futebol masculino e profissional, países outros aplicavam maciçamente no esporte amador assim como a Alemanha, Cuba, Estados Unidos e os do leste europeu. As nossas escolas ficaram muito tempo vazias de esporte (e até mesmo de merenda). Houve década (1960), em que ainda existiu um arremedo de vôlei, de futebol de salão e tênis de mesa. Depois tudo desapareceu novamente. Ainda bem que o Brasil vem tentando, desigualmente, recuperar tantas décadas perdidas. Inúmeras escolas nesse país nem tem quadra, nem tem espaço, nem merenda e muito menos algum tipo de incentivo. Perguntamos a um professor de Educação Física, por que ele não praticava basquete com seus alunos. A resposta foi por causa da fome. Nesse caso, disse ele, era melhor trabalhar no comum, isto é, no handebol mesmo.

Estávamos pertinho de finalizar esta crônica quando saiu o resultado das próximas olimpíadas. Foi de fato emocionante. O momento do presidente Lula ao defender o evento para o Brasil foi simplesmente divino. As representações brasileiras de políticos, técnicos e atletas, mostraram um espetáculo belíssimo de união e patriotismo que ficará para a posteridade. As palavras do presidente após a escolha foram as palavras que teriam sido as nossas. Por tudo que sempre viemos dizendo aqui, do grande momento de uma nova era, de uma nação que ocupa definitivamente seu espaço no cenário mundial, de uma potência que emerge e procura seu assento merecido no meio dos grandes. Agora, relaxados pela vitória e movidos pelo trabalho, aguardemos O DESENROLAR DAS OLIMPÍADAS.

TERRENOS EM SANTANA (Clerisvaldo B. Chagas. 2.10.2009) De certo tempo para cá, é costume dizer que falta terreno em Santana do Ipanema para...

TERRENOS EM SANTANA

TERRENOS EM SANTANA
(Clerisvaldo B. Chagas. 2.10.2009)

De certo tempo para cá, é costume dizer que falta terreno em Santana do Ipanema para implantar isso ou aquilo. A nossa visão de Geógrafo afirma justamente o contrário. Não se pode querer de uma cidade progressista, como é a Capital do Sertão, que tudo seja colocado dentro do comércio, no centro da cidade. Temos alguns exemplos a apresentar: O local onde iria ser implantada a Caixa Econômica, era muito longe, afirmavam. Hoje é centro e comércio. A rodoviária também era longe. E hoje? Centro e comércio. A UNEAL, situada na Lagoa do Junco, era o fim do mundo. Pois bem, A UNEAL puxou o Batalhão de Polícia (hoje seu vizinho), atraiu o moderno fórum e a SEFAZ. Recentemente por ali, entre o Batalhão e a UNEAL, foi construída uma bela escola modelo do município. Quanto a novos terrenos, podemos encontrá-los nos pontos cardeais de Santana. Quem sobe aos mirantes dos serrotes Cruzeiro (antigo Goiabeira), das Microondas (antigo Gonçalinho) ou mesmo do Alto da Fé (antigo Pelado), pode notar nos arredores de Santana bastante terreno para se construir o quer quiser como hospital, clínica, shopping, fábricas, repartições públicas, faculdades, centros tecnológicos e muito mais. Ao norte temos uma fazenda de gado dentro do perímetro urbano que se inicia por trás do DENIT até o Poço do Boi, no rio Ipanema. Existe também uma imensa área em que poderia ser construída uma nova Santana, descendo das imediações do Cemitério São José até a Rua Aloísio Ernande Brandão, próxima ao Colégio Estadual. Ao sul, temos outra área enorme que vai do antigo posto Firminão às faldas leste do serrote do Cruzeiro. O lado oeste desse mesmo serrote também se encontra desocupado, acima da antiga fábrica de fubá. A leste de Santana temos três grandes áreas desafiando o progresso. A primeira vai desde o Batalhão de Polícia ao açude do Bode. A segunda vai desde a lateral do Batalhão aos confins do Bebedouro e, a terceira, vai desde o final da Rua São Pedro ao Ipanema, entre aquele bairro e a Maniçoba. A oeste temos terrenos de sobra no bairro que estar começando, Clima Bom, até a fazenda do senhor Ivo Wanderley, numa grande faixa entre a BR-316 e o rio Ipanema. Todos os terrenos citados estão na bacia hidrográfica do Panema drenados por córregos e riachos como Salobinho, Salgado, Camoxinga, Bode e Sem Nome.
Agora, desejar somente terreno no centro da cidade é uma coisa. Almejar apenas terras planas é sonhar, pois o sítio urbano é formado com as suas intermediações de colinas. Também dizer que não existe terreno porque já tem dono... Onde encontrar terreno sem dono? Amigo investidor: invista em Santana do Ipanema, cidade polo que movimenta mais de trezentas mil pessoas de outros municípios que aqui vem em procura dos seus serviços. Precisamos de clínicas médicas, de fábricas de doces, de móveis, de calçados, de shopping, de apartamentos, de condomínios, de supermercados e de tantas outras coisas para acelerar o desenvolvimento. Santana do Ipanema é cidade comercial por excelência, desde os seus áureos tempos de povoado. E você, santanense, não atrapalhe quem quer investir em sua terra. NÃO HÁ FALTA DE TERRENOS.

AINDA O CASO ZELAYA (Clerisvaldo B. Chagas. 1º.10.2009) Dias atrás publicamos a crônica Brasil e o Equilíbrio Circense. Para qu...

AINDA O CASO ZELAYA

AINDA O CASO ZELAYA

(Clerisvaldo B. Chagas. 1º.10.2009)

Dias atrás publicamos a crônica Brasil e o Equilíbrio Circense. Para que as nossas palavras não ficassem boiando sozinhas e nem gerassem desconfianças, vem a nosso favor o linguista e teórico Chomsky. Professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Noam Chomsky tem mais de 80 obras publicadas e é um dos ferrenhos críticos da guerra do Vietnã. O professor possui ainda extensos trabalhos que criticam a política externa dos Estados Unidos, chamando este país de principal nação terrorista do mundo. (Nós, particularmente, chamávamos o governo Bush de sanguinário). Noam critica abertamente a atuação dos Estados Unidos no episódio de Honduras, dizendo da fraqueza das suas ações que praticamente nada fez. Por outro lado, elogia o papel do Brasil quando fala que a atitude brasileira foi admirável. As mesmas opiniões do senhor Noam Chomsky, são as nossas, portanto, quando analisamos a vontade geopolítica da nação americana. Obama pode ter uma mentalidade própria, porém, é forte a pressão dos conservadores que ainda querem dominar o mundo sozinhos. Como já foi dito aqui, todo o continente americano era considerado domínio dos ianques. Com o novo despertar da América do Sul, os americanos ficaram no domínio dos países caribenhos. As novas ofensivas de integração na América Central, feitas principalmente pela Venezuela e pelo Brasil, deixaram os Estados Unidos enciumados. Eles haviam esquecidos dessa região nas aventuras malucas sobre o Afeganistão e o acompanhamento sobre o desenrolar da Coréia do Norte e do Irã. Enquanto geravam ódio pelo planeta, o Brasil diversificava seu comércio pela África, pelo Oriente Médio, pela Europa e mesmo pela Ásia. A influência brasileira no mundo inteiro já é uma realidade, além da liderança que exerce entre os emergentes e os países pobres do globo. O que estava faltando para que os americanos despertassem para o seu quintal, foi o caso de Honduras. Enciumados, repetem a história de que não pode haver dois galos no mesmo terreiro. Foi por isso que Obama fez corpo mole na crise de Honduras, pois se quisesse já teria resolvido tudo.

Se os Estados Unidos resolvessem essa situação, poderiam sair desse impasse, até aplaudidos. Mas se o Brasil conseguir resolver com honras o caso de Honduras, o estado do norte terá perdido uma grande oportunidade de mostrar ao mundo como ainda é o dono da situação. Em acontecendo essa segunda hipótese, o Brasil terá saído de fase incômoda e arriscada para o sucesso e liderança definitiva entre seus novos parceiros ao norte da América do Sul e na América Central. Havia um antigo ditado que dizia: se não quer coado, vai com pó e tudo. Nada mais impede a liderança brasileira no sul e com os possíveis tentáculos no que era do Tio Sam: o quintal das republiquetas de bananas como eles as chamam. Queiram eles ou não, agora existe um gigante em cima e um gigante em baixo com uma disputa no meio. Nenhum mérito será acrescentado à indiferença americana em Tegucigalpa. Vamos deixar desenrolar AINDA O CASO ZELAYA.