GOLPE NA AGRIPA E NA SOCIEDADE SANTANENSE Clerisvaldo B. Chagas, 14 de setembro de 2015 Crônica Nº 1.489 TV GAZETA DE ALAGOAS ...

GOLPE NA AGRIPA E NA SOCIEDADE SANTANENSE



GOLPE NA AGRIPA E NA SOCIEDADE SANTANENSE
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de setembro de 2015
Crônica Nº 1.489

TV GAZETA DE ALAGOAS E DONA JOANINHA. 15.09.2014. (Arq./Agripa).
O falecimento de Dona Joaninha, em Santana do Ipanema, na última sexta-feira, causou comoção em nosso município. Liderança inconteste do subúrbio Maniçoba/Bebedouro foi artesã, agricultora e comandante sem medo das lutas daqueles habitantes por melhor qualidade de vida.
Após tantas e tantas longas batalhas pela ala pessoal e coletiva, Dona Joaninha passou a ser conselheira da Associação Guardiões do Rio Ipanema AGRIPA, cuja presença era uma festa à parte. Empenhou-se em todas as lutas dos guardiões sem nunca se afastar um só segundo das responsabilidades com seu povo.
No dia 14 de setembro de 2014, justamente, completando um ano hoje, foi homenageada por nós, representando a AGRIPA, no encontro temático com as autoridades no auditório da prefeitura. Eis o teor da homenagem:
JOANINHA EM SESSÃO DE 29.12.2013 (Arquivos/Agripa).

“Joana Maria da Silva, conhecida por Dona Joaninha, sócia-fundadora da AGRIPA, lidera duas comunidades em suas batalhas incansáveis. Respeitadíssima em qualquer um ambiente orienta e traz luz para a Associação Guardiões do Rio Ipanema. Todos os da AGRIPA têm Dona Joaninha como pessoa sábia e guerreira e, está perto dela é aprender lições de vida e de lutas que enriquecem a alma dos nossos associados.
Nas bifurcações dos nossos caminhos, Dona Joaninha aponta a trilha a ser seguida. De vez em quando pega na orelha de quem vacila e derrama um pouco de sabedoria na moleira jovem que não aprendeu a tradição solidificada.
Pernambucana de nascimento, veio nos ensinar a arte da guerra social pela felicidade em conjunto. Para aqueles que não cumprem suas promessas ou cochilam nas ações, Dona Joaninha é um terror no microfone. Para os corretos e bem-intencionados, a guardião representa a companhia que constrói que edifica, que harmoniza.
Saiba Dona Joaninha que a AGRIPA tem orgulho de possuir em seus quadros uma pessoa que faz parte do patrimônio humano do município santanense. Um forte abraço dos seus companheiros da Associação Guardiões do Rio Ipanema”.
A AGRIPA e a sociedade santanense perdem uma guerreira incorruptível, iluminada e doce que não cabia mais na pressão dos desumanos. 
Foi sepultada ontem (domingo), no cemitério São José, da periferia Barroso, a "mulher de aço".

OS VAQUEIROS DE SÃO CRISTÓVÃO Clerisvaldo B. Chagas, 11 de setembro de 2015 Crônica Nº 1.488 (Rotadosertao.com). Mais uma v...

OS VAQUEIROS DE SÃO CRISTÓVÃO



OS VAQUEIROS DE SÃO CRISTÓVÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de setembro de 2015
Crônica Nº 1.488

(Rotadosertao.com).
Mais uma vez a Paróquia de São Cristóvão, no Bairro Camoxinga, divulga a programação da sua festa religiosa. O convite recebido pela nossa Escola Estadual Profa. Helena Braga das Chagas está perfeito. Muito bonito por dentro e por fora com ilustração de bom gosto, excelente papel e educação do envelope branco. Além disso, com uma programação bem elaborada e distribuída só faz exaltar o amor da equipe, caprichada nos detalhes que causou impacto altamente positivo.
Inúmeros noiteiros irão participar das honras ao padroeiro dos motoristas, principal evento do seco mês de outubro em Santana do Ipanema.
 Pode parecer estranha a abertura que se tornou tradicional, com vaqueiros e/ou aboiadores, com vestimenta típica em seus cavalos derrubadores de gado. E se São Cristóvão é o santo dos motoristas, pode muito bem ser o santo dos vaqueiros, aboiadores e de todos os paroquianos sem exceção.
Além do miolo propriamente dito, isto é, as noites normais da novena, a festa reúne multidão imensa na vanguarda e retaguarda do evento. O desfile dos vaqueiros abre a festa, a procissão de veículos motorizados, fecha. Essa carreata deverá sair da cidade de Olivença, o que por si só já é um espetáculo impressionante de fé.
Após os movimentos religiosos noturnos, barracas bem iluminadas vendem lanches, em momento completamente descontraído e de encontro também feliz dos seus paroquianos.
Geralmente parques de diversão ocupam a praça defronte à Matriz, onde crianças e adultos se divertem a valer. Barracas tomam conta da Rua Pedro Brandão, principal do Bairro, formando assim o lado profano dos festejos.
O bispo diocesano sempre se acha presente na última noite da novena.
Com certeza a Escola Helena Braga se fará presente em uma daquelas futuras noites.
Tomara que chegue logo o dia de abertura com os vaqueiros de São Cristóvão espantando a crise.

CEM METROS RICOS EM HISTÓRIA Clerisvaldo B. Chagas, 10 de setembro de 2015. Crônica Nº 1.487 (prof.mauriciocamargo.blogspot.co...

CEM METROS RICOS EM HISTÓRIA



CEM METROS RICOS EM HISTÓRIA
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de setembro de 2015.
Crônica Nº 1.487

(prof.mauriciocamargo.blogspot.com).
Confundindo-se com a história do sertão alagoano, a Rua Nilo Peçanha, cabeça quebrada da unidade Rua Antônio Tavares, em Santana do Ipanema, não chega a cem metros. Ignorada como fonte histórica por quase todos os habitantes da cidade, hoje representa apenas um terreno morto.
Foi ali, entretanto, onde existiu a célebre Cadeia Velha que só foi demolida com inauguração da atual Delegacia de Polícia no lugar chamado Aterro. A Cadeia Velha serviu de delegacia, prisão, quartel, necrotério, e lugar de venda de escravos. Dali saíram os soldados para defender a cidade contra um possível ataque de Lampião, não acontecido. Foi a Cadeia a primeira guarida para o 2º Batalhão de Polícia, comandado por Lucena para combater cangaceiros no sertão.
O trecho Nilo Peçanha foi agraciado como estrada Pedra de Delmiro a Palmeira dos Índios, consolidada pelo próprio coronel Delmiro.
Foi ali, defronte à Cadeia Velha, onde uma das duas excelentes bandas de músicas recepcionou o governador interino de Alagoas, padre Capitulino, acompanhado em comitiva de mais de cem cavaleiros e muitos fogos desde a sua entrada pelo subúrbio Bebedouro/Maniçoba. A outra banda aguardava no centro.
Foi ali na esquina da Nilo Peçanha com a travessa que leva ao rio, onde negociou o cidadão que deu nome ao município de Ouro Branco, Sebastião Jiló (hoje bodega fechada e em ruínas). Em Ouro Branco, antigo Olho d’Água do Chicão, tinha bodega frequentada por Lampião, seus irmãos e os Porcino. Lampião o defendia das maldades dos demais, principalmente do fiado.
Ainda no trecho dos cem metros da Nilo Peçanha, o panificador Antônio Tavares, foi atacado, covardemente, pelo soldado Artur (um dos homens de confiança de Lucena) o mesmo que matou o tenente Porfírio. O panificador trancou-se num quartinho onde morava só, não saiu de casa durante três dias, morrendo de desgosto. Era pai do futuro deputado Siloé Tavares. A Rua Antônio Tavares que antes se chamava Cleto Campelo, depois do nome Sebo, homenageia o comerciante.
A grande casa comercial na esquina da Nilo Peçanha com o comércio era salão de sinuca com jogo de baralho nos fundos. Pertencia ao chefe político no governo Arnon de Mello, Manoel Barros. A porta dos fundos dava para a Rua Nilo Peçanha.
Assim, muitos outros fatos históricos ocorreram no trecho dos cem metros.
·         Do livro do autor: “O boi, a bota e a batina, história completa de Santana do Ipanema”.