IPANEMA X MUNDAÚ Clerisvaldo B; Chagas, 19 de junho de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.328 RIO MUNDAÚ, CHEIA E...

IPANEMA X MUNDAÚ


IPANEMA X MUNDAÚ
Clerisvaldo B; Chagas, 19 de junho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.328
RIO MUNDAÚ, CHEIA EM RIO LARGO (FOTO: REDES SOCIAIS/DIVULGAÇÃO).

O rio mais importante de Alagoas é o rio Mundaú que nasce em   Garanhuns, solo pernambucano, percorre a zona da Mata Alagoana e despeja suas águas na laguna também Mundaú formada por ele mesmo. Na sua jornada, percorre 141 km, tendo suas nascentes a 931 metros de altitude. É um rio perene bi estadual que beneficia a grande zona fértil canavieira, mas sempre causou problemas de cheias escandalosas. São cidades influenciadas pelo Mundaú São José da Lage, Santana do Mundaú, Murici, União dos Palmares, Branquinha e Satuba, sua última cidade antes de chegar à laguna. Nas suas imediações e região foram formados quilombos, aglomerados de negros fugidos das fazendas escravagistas, tendo como principal o Quilombo dos Palmares, na serra da Barriga, município de União.
O rio Ipanema é maior do que o rio mais importante de Alagoas
e o mais notável do Sertão. Nasce no município pernambucano de Pesqueira, na serra do Ororubá percorre entre os dois estados, cerca de 220 km, e despeja suas águas no povoado Barra do Ipanema, município alagoano de Belo Monte. Representa um forte afluente do rio São Francisco, pela margem esquerda. Além de inúmeros povoados, banha também três importantes cidades sertanejas: Poço das Trincheiras (por onde entra em Alagoas), Santana do Ipanema e Batalha. O rio Ipanema é um rio temporário ou intermitente, isto é, seca em grande parte do ano. Foi ele que permitiu e sustentou esses núcleos habitacionais e ainda continua importantíssimo para a Geografia da região.
Inúmeros rios que escorrem em Alagoas, têm suas nascentes  no estado de Pernambuco, cujo terreno é muito mais alto. Alguns têm suas vertentes voltadas para o oceano. No Sertão, esses rios atuam na vertente do Rio São Francisco, embora tenha exceção. O sertão alagoano foi conquistado através do Rio São Francisco. Os sertanistas, como não havia estradas, faziam o percurso contrário aos rios, isto é, penetravam pela foz e subiam nos leitos secos como verdadeiros caminhos. No caso do rio Ipanema, os desbravadores entravam pelo povoado Barra do Panema e chegavam à vila de Cimbre, no cume da serra do Ororubá.
A propósito, Ipanema significa “água ruim” (salobra). Foi essa água salobra que fez surgir das caatingas a cidade de Santana do Ipanema.

SUGESTÃO À PREFEITA Clerisvaldo B. Chagas, 18 de junho de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.326   PRAÇA DAS AR...

SUGESTÃO À PREFEITA


SUGESTÃO À PREFEITA
Clerisvaldo B. Chagas, 18 de junho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.326
 
PRAÇA DAS ARTES . (FOTO: B. CHAGAS./ARQUIVO).
Hoje queremos lembrar novamente a nossa terra com o Bairro São José. É verdade que a prefeitura deixou uma bela imagem ao concluir o Posto de Saúde local. Ficou belíssimo e já faz algum tempo que iniciou os seus trabalhos. Enriqueceu o Bairro do santo e deu moral a rua. Os parabéns continuam. Mas o terreno vizinho ao posto, onde fora construída uma praça com o nome “Praça das Artes”, ainda no final do governo Marcos Davi, ficou abandonada, houve depredações, serviços particulares de estribaria, lixo a céu aberto jogado pela população. Não faz muito tempo, a prefeitura mandou limpar o terreno. Após a limpeza os desavisados passaram novamente a usá-lo como depósito de lixo. Animais voltaram ao deleite.
Estamos aqui apenas sugerindo. Não temos nenhuma crença que outra praça tenha sucesso ao lado do posto de saúde. Portanto apelamos à gestão que ao invés de gastos inúteis dê preferência a uma construção de biblioteca, pelo menos semelhante a do bairro São Pedro. Um prédio modesto, mas muito útil para atender a qualquer habitante do bairro São José.
Ao passar a escola professora Helena Braga das Chagas do estado para o município, deixamos de inaugurar a biblioteca da escola onde passamos meses para deixa-la no ponto de ser utilizada pelos seus alunos, pais e moradores do Bairro. Seus livros foram transferidos para a Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira, segundo terceiros. Da nossa parte, doamos cerca de 100 livros à escola, do nosso acervo pessoal, inclusive obras raras.
O Bairro São José agradeceria a gestão atual, a construção da biblioteca no citado terreno o que bem combinaria com o posto de saúde, pois saúde e educação andam de mãos dadas. Na época em que visitamos a biblioteca professora Adercina Limeira, notamos pouquíssimos livros nas prateleiras e esperamos que tenha chegado reforço. Não queremos fazer briga de santos São Pedro contra São José. Estamos apenas sugerindo mais cultura para nosso bairro e a erradicação do negativo terreno baldio.
Aguardamos ações e agradecemos pela atenção.

ESPIANDO A BARÃO DO RIO BRANCO Clerisvaldo B. Chagas, 17 de junho de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.325 (FOTO...

ESPIANDO A BARÃO DO RIO BRANCO


ESPIANDO A BARÃO DO RIO BRANCO
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de junho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.325
(FOTO: LIVRO "230"/ DOMÍNIO PÚBLICO).


Vemos na foto abaixo, a matriz de Senhora Santana, em 1920. Foi construída em 1787 e reformado em 1900. Portanto, a igreja se apresenta 20 anos após a primeira reforma. A sua frente parece ainda não possuir calçamento, mas observe que existia o casarão (lado direito da Matriz) que hoje é o Museu Darras Noya onde residiram o fundador da primeira banda de música da cidade e do teatro santanense, major Queirós e, o primeiro médico de Santana Arsênio Moreira. Os demais prédios fazem parte da Rua Barão do Rio Branco que se estende daí da vizinhança do museu e desce a colina até a Ponte Cônego Bulhões, sobre a foz do riacho Camoxinga. O terreno mais preto da foto, defronte a igreja, ainda é baldio e somente ganhou praça na década de 30, com o nome político João Pessoa. Note um cidadão se dirigindo à matriz, traje branco e chapéu à mão, mesmo antes de chegar ao templo.
A Rua Barão do Rio Branco era quase toda de residências com algumas exceções como o comprido hotel de Maria Sabão, armazém de Pedro Agra (que vendia cal), a loja de tecido de Manoel Celestino Chagas, mais abaixo. Com a evolução as moradas viraram minoria. O hotel foi demolido, indo para o “casarão de esquina”, ao lado esquerdo da igreja (ausente na foto), 10 andar e com o nome “Hotel Central”, esse hotel da proprietária a vulgo Maria Sabão, foi o mais falado de Santana. A loja de tecidos de Manoel Chagas, subiu a colina e foi parar na primeira casa da Rua Barão do Rio Branco que se vê na fotografia. A transformação foi enorme. Tudo passou a ser casas comerciais e até demolidas duas ou três residências para construção do cinema de alto luxo Cine Alvorada.
Formou-se na parte inferior da Rua, parte mais estreita, uma fileira de armazéns como o dos senhores Pedro Melo, Idelzuíto, Dioclécio Cavalcante, que vendia cereais transportados antes por carros de boi. Ficou essa parte conhecida como “Os Armazéns”. Houve muita evolução desse comércio até o presente momento, mas a parte mais estreita da rua, nunca foi alargada, dando muito trabalho ao trânsito e a transeuntes. Até as famosas casas comerciais “Lojas Guido”. “Ricardo Eletro”, “Casas Bahia” e “Lojas Americanas” se instalaram na histórica Rua Barão do Rio Branco.
Leia um pouco sobre o Barão, uma das maiores figuras do Brasil.