CIDADES NOSSAS Clerisvaldo B. Chagas, 13 de junho de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.904   No geral encontra...

 

CIDADES NOSSAS

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de junho de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.904

 




No geral encontramos esses tipos de cidades: Administrativas, comerciais, industriais, universitárias, religiosas, militares e turísticas.

Administrativas – São aquelas cidades construídas especialmente para serem capitais, centros de administração política: Ex. Brasília, Washington, Canberra...

Comerciais – Seus movimentos econômicos estão no grosso do comércio. Caruaru, Campina Grande, Arapiraca, Santana do Ipanema...

Industriais – São aquelas que se desenvolveram em torno de fábricas e assim permanecem: Volta Redonda, Cubatão, Detroit...

Universitárias – São aquelas cidades, geralmente pequenos centros que giram em torno de uma universidade. Cambridge, Oxford...

Religiosas – São cidades ligadas às tradições religiosas, como função primordial. Aparecida, Juazeiro do Norte, Roma, Meca...

Militares – Têm função estratégica militar de proteção ou de interesse outros na área. Gibraltar...

Turísticas – São aquelas que atraem pelas suas belezas naturais, culinária, cultura, clima, história... Araxá, Poços de Caldas, Campos de Jordão, Garanhuns, Gramado, Penedo, Piranhas...

Uma cidade altamente famosa por uma das características acima, pode, entretanto, crescer em muitos outros setores e ser procurada em tudo, sem perder suas características originais.

Particularmente também a Urbe, pode não estar encaixada em nenhum desses conceitos apresentados e aparecer como cidade mineira (vivendo da mineração). Cidade boiadeira ou outra denominação vocacionada, porém, a cidade, grande, média ou pequena, quase sempre esbarra nos títulos já comentados. Para os estudos sociais mais avançados, a cidade por ter várias origens, não importa como seus habitantes sobrevivem, o que importa mesmo é a chamada “qualidade de vida” e que continua desigual, mesmo em países apontados como desenvolvidos. Portanto, meça os vários aspectos do lugar onde você mora e responda a sua própria indagação sobre Hospitais, coleta de lixo, mobilidade urbana, esgoto, abastecimento d’água e rendimento escolar comparado, entre outras coisas.

Lutar. Lutar é possível em todas as frentes para evoluir plenamente como deseja o Criador.

GARANHUNS – CIDADE DO FRIO.(PINTEREST).

 

  LAGO TEM IDADE? Clerisvaldo B. Chagas, 12 de junho de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2903   Costumamos dizer ...

 

LAGO TEM IDADE?

Clerisvaldo B. Chagas, 12 de junho de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2903

 



Costumamos dizer de acordo com a Geologia que um lago é acumulação permanente de águas em grande extensão numa depressão de terreno fechado. Sempre ficam na cabeça vários lagos estudados e espalhados no mundo e muitos deles famosos de forma global. Mas uma pergunta, um pouco incomum sobre eles é relativa à idade. Lago tem idade? Tem sim. A idade dos lagos está de acordo com débito e crédito das suas águas. Vamos a explicação: Esses espelhos d’água estão classificados em novos, de meia idade e velhos.

Lagos novos – São considerados novos, os lagos que recebem mais água dos seus afluentes do que a quantidade que perdem pela evaporação, infiltração ou pelos logradouros.

Lagos de meia idade – São assim considerados os que conseguem equilibrar a quantidade de água que recebe com a que perdem, durante o ano.

Lagos velhos – São aqueles que perdem mais água do que a que recebem. Nesses casos, a tendência é a completa extinção.

A pergunta mais frequente é a diferença de um lago para uma lagoa. Bem, o lago é considerado bem maior e remonta muitas vezes, a era glacial, muito antigo. Enquanto a lagoa é menor, mais recente e costumeira.

Mas, inconformado, o pesquisador ainda indaga qual é a diferença, então, de uma lagoa para uma laguna.

A lagoa e o lago, geralmente estão em plano mais alto do que os arredores.

A laguna é um espaço que apresenta alguma ligação com a água do mar.

É por isso que são verdadeiras lagunas, as lagoas maiores do nosso estado e chamadas popularmente de lagoas, casos da Manguaba e Mundaú.

Entretanto, no caso da velhice de um lago, ele também pode ser extinto não pelo processo natural, mas sim pela ação humana. O uso da água do lago, sem planejamento termina em extinção dessa fonte. É o que estar acontecendo em lagos mundialmente famosos da Cordilheira dos Andes e da Ásia. Quanto chamar as lagunas alagoanas de lagoas, é um hábito popular que em nada prejudica a essência.

LAGO TITICACA, NOS ANDES (GETTY).

 

  OLHA O MOCÓ, OLHA O MOCÓ! Clerisvaldo B. Chagas, 9 de junho de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.902   Com a i...

 

OLHA O MOCÓ, OLHA O MOCÓ!

Clerisvaldo B. Chagas, 9 de junho de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.902

 



Com a inflação em queda, faz lembrar o tempo de seca no Sertão alagoano no final do século XX.  A fome estava uma coisa série no campo e nas periferias das cidades. Mas dizem que “quando Deus tira os dentes, aumenta a goela”, chegou da providência Divina, uma grande praga de preás nos campos que invadiam as grandes plantações de palma forrageira. Muitas famílias, passaram a viver do consumo de preá e a renda da sua venda. Nos mercados das cidades sertanejas surgiram montes desses roedores fazendo com que a pobreza se fartasse dessa proteína. Em Pernambuco os agricultores colocavam veneno para acabar a praga, em Alagoas, o preá matava a fome do povo. Entretanto queremos falar de bicho parecido chamado mocó.

O mocó (Kerodon rupestris) é um roedor que mede até 40 centímetros e que pode chegar a um quilo. Gosta de viver em comunidade, mora e passeia em pedregulhos de porte, aceiros e túneis de macambiras. Na Natureza pode viver entre 6 e 8 anos, sujeito a todos os predadores, inclusive, ao homem. É encontrado em todo o Nordeste, principalmente na caatinga até o norte de Minas Gerais. O mocó é um herbívoro e aprecia alimentar-se de casca de árvores mofumbo, faveleira e parreira brava, que se estiverem faltando faz o mocó procurar gramíneas. Gosta de malocas e rachaduras rochosas, onde se sentem mais seguros, mas estão sujeitos à onça, ao gato maracajá, ao gavião, ao carcará e à cobra. Sua pelagem varia de um amarelo-acinzentado ao alaranjado com a parte inferior branca.

Devido ao seu tamanho, é muito caçado pelo homem e alguns acham a sua carne mais saborosa do que a do preá. Este se encontra com frequência, porém o mocó é mais restrito. Podemos dizer que é um animal em extinção. Alguns pequenos proprietários rurais, procuram protegê-lo apenas evitando à caça nos seus imóveis, feito essas comunidades proliferam. Mas, nem todos os fazendeiros possuem essa consciência e os mocós ficam à mercê de caçadores profissionais ou amadores. Abater um bichinho desses, enche de satisfação o dono da espingarda, como se tivesse feito uma ação digna de ganhar troféu. Afinal, o homem é um exterminador voraz da flora e da fauna.

Brevemente mocó só em fotografias.

FOTO: MOCÓ