DOIS RIACHOS Clerisvaldo B. Chagas, 28 de novembro de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.001   Dois Riachos é u...

 

DOIS RIACHOS

Clerisvaldo B. Chagas, 28 de novembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.001



 

Dois Riachos é uma cidade típica sertaneja, cortada pela BR-316, entre Cacimbinhas e Santana do Ipanema. Cidade pequena – com quase 10.000 habitantes – fica a 187 km da capital, Maceió. Esta cidade tranquila, formou-se de um aglomerado de pessoas que trabalhava na antiga rodagem Maceió – Delmiro Gouveia que ali passara. Antes, chamada “Garcia”, pela proximidade de riacho com essa denominação, cresceu e emancipou-se de Major Izidoro em 7 de junho de 1960. Com o nome de Dois Riachos, o gentílico do seu povo passou a ser “riachense. No dia 8 de julho comemora a festa do seu Padroeiro, São Sebastião. Dois Riachos está dentro dos 245 metros de altitude, possui clima semiárido e vegetação de caatinga e é banhada pelo riacho Dois Riachos, poderoso afluente do rio Ipanema, pela margem esquerda.

Sua Economia é baseada na Agropecuária, nos Serviços e no Comércio urbano. Entre suas atrações fortíssimas, estão o açude do povoado Pai Mané, um dos maiores de Alagoas; A Pedra do Padre Cícero, na BR-316 que se tornou a maior romaria do estado; a Feira de Gado, semanal, considerada a maior do Nordeste; e as cheias do riacho Dois Riachos, quando acontecem. A sua filha ilustre é a jogadora de futebol Marta, motivo de orgulho da cidade e chamariz nacional que até ganhou faixa permanente na entrada da urbe (ver foto). Todo seu grande intercâmbio como cidade satélite é com Santana do Ipanema, facilitado pela rodovia BR-316 com disponibilidade de transporte à toda hora.

Dois Riachos fica bem perto do povoado santanense Areias Brancas e possui culinária sertaneja das melhores da região. Tanto que inúmeros santanenses deixavam sua cidade para degustar novos pratos na Terra de Marta. A história da antiga rodagem Maceió – Delmiro Gouveia tem muitos capítulos interessantes na história dos transportes de Alagoas e Dois Riachos, praticamente filho desse movimento, tem muita coisa a contar para a nova geração de riachenses. De vez em quando acontecem as vaquejadas de final de ano, que anima a região da melhor feira de gado nordestina.  Dois Riachos se irmana com Santana do Ipanema, principalmente nos movimentos educacionais, de serviços e comerciais. Por que não conhecer a terra da Pedra do padre Cícero?

DOIS RIACHOS (FOTO: DIVULGAÇÃO).

 

  3.000 MIL CRÔNICAS Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.000   Para se ch...

 

3.000 MIL CRÔNICAS

Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.000

 



Para se chegar a essas 3.000 crônicas, foi preciso debulhar semanas, meses... Anos; rindo, chorando, emocionado, alegre e tristonho. E a chegada ao pico, só foi alcançada por causa da presença constante e fiel do meu Divino parceiro, o Espírito Santo, Espírito de Deus Vivo que nunca falhou em um só dos meus pedidos e em nenhuma dessas peças literárias. Sua presença me soprava ao ouvido, acalmava o perispírito e enxugava-me as lágrimas para continuar servindo aos meus “leitores de Alagoas, do Brasil, da Europa, da América do Norte, da Ásia, presente na Rússia, no Novíssimo continente através da Austrália e em alguns países africanos. Na Terra, importante demais foi a compreensão de leitores, principalmente os mais conscientes e os sertanejos que deixaram a terrinha há muito e que vivem em outras paragens precisando alimentação cultural/informativa da “Rainha do Sertão”.

Para isso, deixei em segundo plano os temas globais, percebendo as necessidades dos conterrâneos que deixaram o sertão logo cedo e muitos nem puderam mais visitar o semiárido. Passei a alimentar suas almas e a minha de Sertão, Sertão, Sertão, em leitura simples, sadia, direta e nutricional do ego, da autoestima, do orgulho de ser um sertanejo ou uma sertaneja nordestina. Saindo da linguagem dos meus romances (por sinal estou terminando mais um: O Ouro das Abelhas) tive que me adaptar à escrita da crônica, o texto mais curto da literatura, para poder me comunicar mais facilmente com leitores e seguidores. O romance é cheio de subterfúgios linguísticos, coloridos, frases de efeito... A crônica é mais simples e objetiva, quase sempre dizendo do cotidiano.

Os estímulos são feitos através de curtições e compartilhamentos. E se as curtições forem abaixo de trinta, o autor fica desestimulado e sem vontade de continuar. De qualquer maneira

estamos voltando, mas ainda capenga com o equipamento que está dando problema. A qualquer hora poderemos parar até que seja tudo consertado, coisa que não é tão fácil no interior. Agradeço a todos os parceiros que nos estimularam direta ou indiretamente, tal o amigo Sebastião Malta, que muito antes profetizou as 3.000 crônicas. Vale dizer que nunca ganhei um computador, uma impressora... Um patrocínio e sequer um carnê de Internet. São 3.000 crônicas banhadas de suor, lágrimas enxugadas e coração cheio de amor aos meus leitores. Daqui em diante só Deus sabe!

Obrigado a todos, abraços e beijos.

  CACIMBINHAS Clerisvaldo B. Chagas, 20 de novembro de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.999   Faltando apenas t...

 

CACIMBINHAS

Clerisvaldo B. Chagas, 20 de novembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.999

 



Faltando apenas três cidades sertanejas, para encerrarmos a excursão pelo Médio Sertão, Alto Sertão e Sertão do São Francisco: Cacimbinhas, Dois Riachos e Santana do Ipanema.

Cacimbinhas – Cidade situada às margens da BR-316, entre Dois Riachos e Palmeira dos Índios, foi emancipada desta última em 19 de setembro de 1958. É um núcleo ensolarado, topografia plana que se estende ao longo da rodovia ou em direção Norte. Cacimbinhas tem um pouco mais de 10.000 habitantes que recebem o gentílico de cacimbiense. Antigo sítio Choen onde caçadores pernambucanos costumavam descansar perto de uma cacimba e que depois surgiram mais outras escavadas por viajantes, deram origem ao título da futura cidade.

Seu clima é semiárido e sua vegetação é de caatinga. É terra de gado, fazendeiros e vaquejadas. Possui dois antigos açudes vistos da BR que ficaram famosos ali perto da cidade para enfrentarem as épocas de secas prolongadas. Cacimbinhas já foi ponto obrigatório de parada, refrigério para passageiros de ônibus Sertão/Maceió, para abastecimento de combustíveis, água de coco e churrascos, tal qual a da churrascaria do Josias.  O posto de gasolina do Galego, fez história como um dos isolados e raros do mundo sertanejo. Entra-se agora em Cacimbinhas por novo acesso asfaltado e arborizado direto para o Centro Comercial, desde uma espécie de entroncamento na BR que também leva a sua vizinhas, Major Izidoro.

Sua economia se baseia na agropecuária, no comércio, na feira semanal e nas prestações de serviços, além dos seus laticínios baseados na pecuária desenvolvida, pois também faz parte da Bacia Leiteira. Logo na entrada, em pleno Comércio, encontra-se a imponente Matriz de Nossa Senhora da Penha, um dos motivos de orgulho do cacimbiense. O movimento maior do seu intercambio é mais com Palmeira dos Índios de onde foi emancipada. Em direção à Maceió, vamos encontrar logo após Cacimbinhas, o seu povoado Minador do Lúcio, Minador ou Minadorzinho, cortado pela BR-316, cujo espaço dali para Palmeira dos índios, costumamos chamar de travessia. Agradável é a permanência pesquisadora na cidade e arredores, sempre provando um queijinho fresco ou ouvindo um aboio de vaqueiro.

IMPONENTE IGREJA DE NOSSA SENHORA DA PENHA (FOTO: DIVULGAÇÃO/PARÓQUIA).