SÍMBOLOS CAÍDOS Clerisvaldo B. Chagas, 2 de fevereiro de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.008   Faz pena ver ...

 

SÍMBOLOS CAÍDOS

Clerisvaldo B. Chagas, 2 de fevereiro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.008

 




Faz pena ver pontos de referência da nossa cidade, acabando com o tempo, sem registro nos anais do município. É que a cultura sempre correu por fora nas sucessivas administrações há décadas e décadas. Afora isto, um ou outro escritor, particularmente registra alguma coisa nos seus escritos e só. Aproveitando o ensejo, a origem do lugar mais falado hoje em Santana do Ipanema é o Maracanã. Temos o único registro sobre sua origem no livro que será lançado em março. Um dos símbolos de bairro foi eliminado pela natureza: trata-se da árvore cajarana, que deu origem a localidade situada no bairro Floresta, onde hoje se encontra o hospital gigante Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo.

A árvore da qual se originou o lugar Cajarana, está registrada no livro nosso “Negros em Santana” e, seus restos mortais, registrados pelos bombeiros, em foto, após ser atingida e destroçada por um raio. Também está registado no mesmo livro, a origem do lugar chamado Alto dos Negros, nas proximidades do citado hospital. Os pesquisadores do presente e do futuro, procurarão a fonte principal sobre a cidade e o município no Arquivo Municipal, onde deverá constar o grosso da história da cidade. Mas, no momento nós não conseguiríamos responder se esse arquivo existe. No outro extremo da cidade, em relação ao Bairro Floresta, o lugar Cajaranas, teve seus símbolos decepados por vândalos: quatro ou cinco pés da fruta, muito altos, mostravam somente os tocos das ações maléficas. Também fui o único santanense a registrar o fato.

E para não me alongar muito, citando inúmeros exemplos, fiquemos no extremo leste da cidade com o lugar tradicional Cipó. Foi removida a santa-cruz de beira de estrada, que marcava uma tragédia no serrote do Gonçalinho. O local foi invadido pelo casario da periferia e nenhum registro foi feito. E assim caminha a humanidade. Muitas Cidades sem passado, sem memória e sem futuro, outras sobrando raízes e orgulho dos feitos até os presentes dias.

Fazer o quê?!

CAJARANA TOMBADA, SÍMBOLO DO LUGAR CAJARANA (FOTO: CORPO DE BOMBEIROS).

 

 

 

 

 

  ESTRADA NOVA Clerisvaldo B. Chagas, 1 de fevereiro de 2.024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica:3.007   A nova estrada B...

 

ESTRADA NOVA

Clerisvaldo B. Chagas, 1 de fevereiro de 2.024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica:3.007

 



A nova estrada Batalha-Olivença que será inaugurada, amanhã, traz um alento extraordinário para o município de Olivença e enriquece mais ainda a região sertaneja. Foi uma espera longa de décadas e décadas e que o ato que será realizado parecia impossível.  A estrada antiga de terra é um atalho importantíssimo para quem se desloca do Sertão e Alto Sertão em direção a Maceió. Como exemplo, saindo de Santana do Ipanema para a capital via Arapiraca, o cidadão teria que passar por Olho d’Água das Flores, Monteirópolis e Jacaré dos Homens, para chegar em Batalha e prosseguir viagem. Agora, com a nova estrada, se o santanense preferir ir à capital via Arapiraca, seguirá rumo a Olivença e diretamente para Batalha, onde pegará a duplicação.

Asfalto por cima da velha estrada de terra foi feita pelo DER – Departamento de Estrada e Rodagem num trecho de 17,5 quilômetros, a um custo de 43,4 milhões, segundo site noticioso. Com o trecho asfaltado serão beneficiadas cerca de 30.000 pessoas direta ou indiretamente, em nossa opinião beneficiando com ênfase Olivença (antiga Capim) que somente quem ia lá era quem tinha negócio, uma vez que ficava em final de linha.  Houve, mesmo assim, muito desenvolvimento em Olivença que agora terá sua ferramenta principal para evoluir na Economia e em todas as áreas. Como beneficiários indiretos, todo o Sertão e Alto Sertão agradecem mais essa vitória interiorana. Amanhã deverá haver muita festa em Olivença com derrame de champagne, cerveja e cana.

Por outro lado, a Natureza mandou ultimamente algumas  chuvaradas para o Sertão, trazendo de volta o verde que estava em falta. Um benefício do homem, um benefício de Deus. Apesar de raios e trovões as chuvas foram mansas, dadivosas e belas levantando o cheiro de terra molhada. Desde o Boom de progresso que se formou no Sertão alagoano, desde o governo passado, ainda estamos pegando carona em outras obras relevantes que faz a diferença almejada. Rodar pelo Sertão de Alagoas, hoje é muito prazeroso com todas as cidades interligadas por via asfáltica. Que vontade de fazer parte da inauguração da nova estrada por onde tanto rodei altas madrugadas para estudar. Viva o sertão e o mundo!

(FOTO DO DER)

 

 

  VENDO E ACHANDO BOM Clerisvaldo B. Chagas, 29 de janeiro de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3005   Início de j...

 

VENDO E ACHANDO BOM

Clerisvaldo B. Chagas, 29 de janeiro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3005

 



Início de janeiro de Ano Novo, fomos a Maceió fazendo um tour por algumas cidades sertanejas Santana-Arapiraca. Queríamos também apreciar o gigantesco trabalho de duplicação Maceió-Delmiro Gouveia, pelas ALs. Pegamos o trecho Olho d’Água das Flores, Monteirópolis, Jacaré dos Homens, entrando nessas cidades, recordando o passado e vendo a evolução física até o presente momento. Uma viagem com a metade da família e uma intensa alegria em está novamente na estrada. Ah! Quando será que Maceió-Santana do Ipanema, pela BR-316 também será duplicada? Deixamos a região sertaneja após o meio-dia ao ultrapassarmos a cidade de Jaramataia. Calor intenso.

A duplicação ainda estava em obras, mas só o fato de rodar sem contramão, já era uma vitória supimpa para o usuário. E em Arapiraca fomos degustar o almoço de outra parte da família em um dos bairros da “Dona do Agreste”. Festas de encontro e pé na tábua novamente. Não podíamos passar em branco sem provar as guloseimas do povoado Pé Leve: bolo de macaxeira, pé-de-moleque na palha da bananeira, grude e alfinim cuja nota foi a máxima quando avaliados por todos. Chegamos à capital pegando um trânsito imenso desde a Ponte Divaldo Suruagy. Uma chuva fina passou a refrescar, mas também a contribuir com a lentidão do trânsito em todo o trajeto até a Jatiúca. Desistimos e voltamos rumo ao Comércio e fomos pegar o movimento muito melhor e organizado da Fernandes Lima, buscando a Serraria.

Chegamos em casa enfadados, porém, satisfeitos pelo dia grande, diferente e altamente inspirador. Era a hora mais apropriada para homenagearmos o Pé Leve com a barriga e complementarmos com várias amostras de café de uma bela coleção. Ah! Meus amigos e amigas, o que está faltando agora é outra viagem dessa em sentido Santana do Ipanema /Alto Sertão do Canapi, Inhapi, Mata Grande, Pariconha, Água Branca e Delmiro Gouveia, rumo a Olho d’Água do Casado e Piranhas... Porque rodar pelos sertões de Alagoas, é um prazer dobrado e amoroso.

JACARÉ NA PRAÇA DA CIDADE DE JACARÉ DOS HOMENS. (FOTO: SANDRO TORRES).