MARTELO NA BIGORNA
Clerisvaldo B. Chagas, 22 de setembro de 2011
Como dissemos antes, o primeiro pronunciamento da presidenta Dilma na ONU, seria um teste de fogo. E foi. Não é para qualquer um falar para todos os países do mundo dizendo o contrário do que potências como os Estados Unidos, Inglaterra e Israel, tudo ali pertinho, não queriam ouvir. Ainda mais na casa de Obama, Nova York e, com peso do discurso, pela primeira vez e por ser mulher. Tradicionalmente moderado, o Brasil quebra a tensão existente e aguardada sobre o assunto Palestina. Assim como foi um dos criadores de Israel, dando uma pátria para os judeus, a posição brasileira não poderia ser diferente, desejando e agindo em favor também do povo palestino, entendendo que uma nação precisa de uma pátria. E se os Estados Unidos, com seus interesses mesquinhos de domínio, não conseguiram nunca a paz definitiva entre israelenses e palestinos, não podem ficar bicudos diante da posição brasileira contrária a sua. Agora mesmo, é denunciado que a nação americana estar construindo uma base secreta ou duas, na África. É de se perguntar para quê? Já não basta o gasto extraordinário com tantas guerras por aí, em nome de uma paz de mentira ou uma democracia imposta, que levaram o povo americano a essa situação de desemprego e de baixar à cabeça para passar por baixo na linha de pobreza. Enquanto as beiras das estradas se enchem de acampamentos de desempregados ou de mendigos, a nação do norte ainda se volta para empinar o nariz diante da vida alheia.
Dilma, ao chegar a Nova York, arrasou! Foi a dona absoluta da festa, recebendo homenagens, saindo em capa de revistas e defendendo uma posição palestina contrária aos Estados Unidos, bem ali, pertinho da cara feia do Tio Sam. No início estavam agendados apenas uns quatro ou cinco países para conversa reservada com a presidenta do Brasil. Depois do brilho da representante brasileira, mais de quarenta países queriam conversar paralelamente com Dilma Roussef. Além disso, o mundo que nunca apresenta coisas novas sabia que coisas novas só quem apresenta é o Brasil como a quebra de patentes para remédios essenciais, apoio a transparência nas contas públicas, defesa das mulheres, combate à fome e recado para os grandes sobre Economia. Foi realmente uma Dilma Dinamite que chegou a Nova York para dá um recado ao globo que o modo velho de pensar esgotou. A reivindicação de uma vaga permanente no Conselho da ONU foi exigida e não mendigada diante da aprovação quase geral daqueles presentes países. O recado foi claro e corajoso dizendo não as amarras aos costumeiros mandões do mundo.
Sem dúvida nenhuma, surge uma nova estrela global, provando a têmpera de uma mulher que sabe onde tem as ventas e age com palavras ferríferas, merecendo o apelido que saiu na capa da revista americana. Vai tinir! Vai tinir por uma porção de tempo essa força imensurável do Brasil! Uma força descomunal de extraordinária batida de MARTELO NA BIGORNA.
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