CARNE
DE GALO
Clerisvaldo B.
Chagas, 24/25 de julho de 2013
Crônica
Nº 1055
Foto: (blogdorium). |
O Brasil, ultimamente, encheu-se de grandes notícias
para o mundo. Ainda em voga àquela famosa pergunta sobre o que você quer saber
primeiro, podemos definir dois enormes acontecimentos positivos e dois
negativos. Entre os negativos está a morte de Djalma Santos, um dos maiores
jogadores de futebol do planeta e que teve enorme destaque na seleção
brasileira. Por décadas, seu nome foi lembrado como único na posição, quando
esbanjava classe e segurança. Ultimamente havia sido entrevistado e mostrava
ainda aspecto de uma velhice segura, saudável e tranquila. Entrevistas assim
parecem adivinhar o tempo curtíssimo que rodeia a pessoa entrevistada. O
esporte brasileiro e mundial perderam um atleta daqueles citados como
inesquecíveis. O outro ponto desagradável que nos leva a refletir sobre o sucesso
nessa existência, foi à partida do sanfoneiro, cantor e compositor
Dominguinhos. Aproveitando o talento, o apoio e a onda de forró que se espalhou
pelo país, o homem ganhou a mídia e as plateias, não só nordestinas, mas de
todas as regiões. Como os maiores artistas forrozeiros vão desaparecendo ou
ficando envelhecidos, novos ícones do forró pé de serra, deverão despontar no
mercado, muito embora não seja nada fácil. Djalma Santos e Dominguinhos cumpriram
as respectivas missões na terra, cada qual na área profissional desenhada pelo
berço.
No lado positivo, a chegada do Papa, apesar das
melhores informações sobre o seguidor de São Pedro, foi retumbante, inúmeras
vezes maiores do que o previsto pelo povo católico. A euforia das multidões, mostrada,
talvez, a todos os países do mundo, chegou até a causar inveja mal disfarçada
de alguns jornais estrangeiros. As atitudes inteligentes e estudadas, pelo
representante do Cristo, elevou-o à condição de carismático, coisa natural do ser
humano que não precisa subterfúgios. E, para compensar ainda mais a perda dos
dois artistas acima, à alegria de Francisco veio somar-se a raça do Atlético de
Minas Gerais, conquistando a Libertadores. Noite surpreendente em que o torcedor
mineiro incentivava e acreditava no seu time até o final do espetáculo. E o slogan: “Caiu no horto, é morto!”, foi incrível. Pense, cabra velho, num
vascaíno emocionado! Valeu à pena varar a meia-noite para aplaudir o novo campeão
da taça Libertadores das Américas. Mas o Papa mesmo já havia avisado antes, brincando
com os nossos provérbios populares: “Deus
é brasileiro”. Com a melhor culinária regional, dizem, tenho certeza de que
todo mineiro no dia de hoje, vai respeitar CARNE DE GALO.
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