quarta-feira, 24 de julho de 2013

CARNE DE GALO



CARNE DE GALO
Clerisvaldo B. Chagas, 24/25 de julho de 2013
Crônica Nº 1055

Foto: (blogdorium).
O Brasil, ultimamente, encheu-se de grandes notícias para o mundo. Ainda em voga àquela famosa pergunta sobre o que você quer saber primeiro, podemos definir dois enormes acontecimentos positivos e dois negativos. Entre os negativos está a morte de Djalma Santos, um dos maiores jogadores de futebol do planeta e que teve enorme destaque na seleção brasileira. Por décadas, seu nome foi lembrado como único na posição, quando esbanjava classe e segurança. Ultimamente havia sido entrevistado e mostrava ainda aspecto de uma velhice segura, saudável e tranquila. Entrevistas assim parecem adivinhar o tempo curtíssimo que rodeia a pessoa entrevistada. O esporte brasileiro e mundial perderam um atleta daqueles citados como inesquecíveis. O outro ponto desagradável que nos leva a refletir sobre o sucesso nessa existência, foi à partida do sanfoneiro, cantor e compositor Dominguinhos. Aproveitando o talento, o apoio e a onda de forró que se espalhou pelo país, o homem ganhou a mídia e as plateias, não só nordestinas, mas de todas as regiões. Como os maiores artistas forrozeiros vão desaparecendo ou ficando envelhecidos, novos ícones do forró pé de serra, deverão despontar no mercado, muito embora não seja nada fácil. Djalma Santos e Dominguinhos cumpriram as respectivas missões na terra, cada qual na área profissional desenhada pelo berço.
No lado positivo, a chegada do Papa, apesar das melhores informações sobre o seguidor de São Pedro, foi retumbante, inúmeras vezes maiores do que o previsto pelo povo católico. A euforia das multidões, mostrada, talvez, a todos os países do mundo, chegou até a causar inveja mal disfarçada de alguns jornais estrangeiros. As atitudes inteligentes e estudadas, pelo representante do Cristo, elevou-o à condição de carismático, coisa natural do ser humano que não precisa subterfúgios. E, para compensar ainda mais a perda dos dois artistas acima, à alegria de Francisco veio somar-se a raça do Atlético de Minas Gerais, conquistando a Libertadores. Noite surpreendente em que o torcedor mineiro incentivava e acreditava no seu time até o final do espetáculo. E o slogan: “Caiu no horto, é morto!”, foi incrível. Pense, cabra velho, num vascaíno emocionado! Valeu à pena varar a meia-noite para aplaudir o novo campeão da taça Libertadores das Américas. Mas o Papa mesmo já havia avisado antes, brincando com os nossos provérbios populares: “Deus é brasileiro”. Com a melhor culinária regional, dizem, tenho certeza de que todo mineiro no dia de hoje, vai respeitar CARNE DE GALO.


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