GUARDIÕES
E GAZETA OUVEM O POVO
Clerisvaldo B.
Chagas, 19 de fevereiro de 2014
Crônica Nº 1143
Guardiões e repórter próximos ao matadouro. Foto/Agripa. |
Mais uma vez os
guardiões voltaram ao rio Ipanema, a convite da TV Gazeta de Alagoas. A
reportagem da afiliada da Globo, procurava os problemas que impedem melhor
qualidade de vida para os habitantes ribeirinhos e os danos causados ao meio
ambiente. O centro da cidade, local conhecido popularmente como Ponte do Urubu,
foi alvo das poderosas lentes da TV.
A Associação
Guardiões do Rio Ipanema - AGRIPA, representada pelo tributarista Sérgio Soares
Campos e pelos escritores Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Fausto, descreviam o
histórico de cada ponto tocado pela reportagem, sem no entanto, apontar culpados
pelo que está acontecendo com o rio Ipanema e seus afluentes.
Sérgio Campos debulha antigos problemas ambientais. Foto/Agripa. |
O Hospital Dr.
Clodolfo Rodrigues, situado na Cajarana, também foi alvo da reportagem da
Gazeta. A região da Cajarana (por trás do hospital gigante) é a mais desprezada
de Santana do Ipanema, onde a população vive sem água, sem calçamento, sem coleta
de lixo e receptora de fezes e até de sangue que descem da fossa e lavanderia
do hospital. Os moradores que vivem atolados na miséria reclamam constantemente,
mas as soluções não conseguem descer a ladeira do Bairro Floresta.
A Secretaria do Meio
Ambiente quer resolver o problema, porém, esbarra no serviço mal feito do
saneamento de Santana e a CASAL não consegue coletar o material. Enquanto isso,
o Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues cura os pacientes na frente e adoece os moradores
por trás. Seus dejetos descem atravessando o casario da Cajarana rumo ao riacho
Salgadinho que despeja no rio Ipanema.
Escritor Clerisvaldo B. Chagas fala à Gazeta. Foto/Agripa. |
Ainda foi alvo da
reportagem Gazeta de Alagoas, o matadouro público, grande poluidor do rio e que
não oferece as mínimas condições de higiene.
Os guardiões do rio
Ipanema sabem que esses problemas vêm se arrastando por décadas, mas que a
partir do mês de março, vão intensificar suas vozes e suas efetivas ações junto
às autoridades até que todos os problemas básicos do rio e de seus afluentes sejam
resolvidos. Os guardiões prometem não dar sossego a quem estiver errado sobre
os assuntos acima e os omissos que têm o dever de fazer e nunca fizeram.
Vamos todos,
autoridades e sociedade lutarem juntos e mostrar ao mundo nosso exemplo em
busca de vida sadia.
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