PALMEIRA
E O AGRESTE
Clerisvaldo B.
Chagas, 20 de maio de 2016
Crônica
Nº 1.515
CRISTO DO GOITI. Foto (Skyscrapercity). |
Na realidade,
Palmeira dos Índios está situada no sopé da Escarpa Ocidental, início ou fim do
Planalto do Cristalino. Abre-se em anfiteatro desde as faldas de inúmeras
serras, passando por colinas até o plano dos tabuleiros.
Naturalmente, forçado
na expansão da planura pelos proprietários que não abrem mão das suas terras
(acontece em várias cidades), parte do casario, como opção, expandiu-se pela
serra do Goiti. Sua formação é vista de longe, para quem vem no sentido Maceió –
Sertão.
Gastar energia das
pernas subindo a serra do Goiti, somente para pesquisadores e pagadores de
promessa. Passar horas em contemplação, anotando o que se vê e o que se sente,
pode até ser compensador. Não se pode deixar passar o elogio à beleza dos
arredores que a altitude impõe. Sem a euforia das visitas o lugar é solitário e
parece perigoso. O chamado Cristo do Goiti é uma estátua que está ali no topo
abençoando os arredores, rodeado de algumas espécies vegetais da Mata Atlântica.
Entretanto, como em todos os lugares do Nordeste, o desmatamento não tem onde
se esconder.
Lá em baixo está a “Princesa”
com seu comércio, suas faculdades, suas tradições e seu clima ameno que caracteriza
o Agreste. Seus museus contam a história do município e a luta palmeirense pela
via férrea que chegou na década de trinta e se foi como a Fumaça da Maria.
Andar nas suas ruas e
colinas, descobrir as tradições. Era ali onde Graciliano escrevia para um
jornal. Foi acolá onde expuseram as cabeças dos cangaceiros mortos em Angicos. E...
Mais adiante é onde se vende pinha doce.
Palmeira dos Índios
oferece muito mais... É bastante mergulhar
nas suas avenidas e na sua história que a
própria história conta.
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