quinta-feira, 2 de julho de 2020

SANTANA: A EVOLUÇÃO DA PAISAGEM


SANTANA: A EVOLUÇÃO DA PAISAGEM
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de julho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.337

CLERISVALDO B. CHAGAS
Todas as demolições marcantes de uma cidade, deveriam ser fotografadas em vários ângulos, oficialmente; bem assim a mesma obra que tomou o seu lugar. Isso iria para o acervo público e teríamos o registro da evolução da urbe. O que descreveremos abaixo é importantíssimo para a história de Santana do Ipanema entre a velha e a nova paisagem. Nenhuma foto achamos que contasse a história do elo entre duas ruas:  Benedito Melo (Rua Nova) e Antônio Tavares nos seus trechos finais. Também nenhum registro escrito foi encontrado. Essa crônica deveria ir para o acervo público com um pouco de luz da história local. Descrição histórica e única:
No final da Rua Nova, havia uma balaustrada de cerca de 300 metros de extensão. Ela limitava as ruas Antônio Tavares e Rua Nova. Servia como segurança porque a parte da Antônio Tavares era muito baixa com vários metros de desnível. Quase no meio da extensão da balaustrada havia uma escadaria de cimento. Para transitar de uma a outra rua, ou se usava a escadaria ou se rodeava lá pelo final da balaustrada que terminava na rodagem para Olho d’Água da Flores (hoje Rua São Paulo). O terreno baixo era ladeiroso, irregular, e cheio de mato ralo. Os balaústres eram desenhados e mantinham uma pequena plataforma na parte superior onde pessoas gostavam de sentar para apreciar o mundo.
Na gestão anterior a Paulo Ferreira ou na dele mesmo, a balaustrada foi demolida e no lugar dos degraus foi construída uma rampa, calçada ainda com pedras brutas do tempo de vila. (continuam lá) alguns prédios foram construídos no terreno baldio, inclusive a residência inicial de Paulo Ferreira. Depois o, então, prefeito, ergueu outra residência abaixo do início do balaústre, onde morou até o seu falecimento. Uma pequena praça foi construída na parte final da balaustrada. Daí para cá, as modificações não foram tão significativas assim. Esse episódio faz parte da junção Rua Nova, Rua Antônio Tavares e Rua São Pedro.
Tudo ali sempre foi tranquilo e abençoado pelo santo porteiro dos céus, o bom Padroeiro do Bairro que leva seu nome.






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