MACEIÓ
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de julho de
2025
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.262
“Às
vezes a gente enfrenta um elefante e se engasga com um mosquito”, é assim que
diz mais um ditado sertanejo. Além de estudar por um bom tempo na capital,
desde criança que a frequentava, isto é, desde os tempos do trem de ferro em
Palmeira dos Índios. Estudei, pesquisei muito, solitariamente, como sempre, mas
não consegui conhecer de perto dois lugares e rever mais um. E não eram coisas do outro mundo não, mas
quando o destino não quer, é porteira fechada. Alguns pontos famosos de época,
bem consegui visitá-los como o “Gogó da Ema”, o “Farol da Jacutinga” que emitia
feixes de luzes alternadas vermelhas e azuis, o “Bar das Ostras”, no seu ocaso.
As três coisas ainda a serem citadas me faltaram, porém.
E
vamos a elas: o Parque Municipal, que é uma boa parte da Floresta Tropical ou
Mata Atlântica. A Bica da Pedra + a Estação do Catolé e uma segunda visita
muito mais consistente ao Porto do Cais. Esses eram os pontos famosos de
Maceió, que eu nunca consegui visitá-los. Ao cais fui somente com um colega de
República de Estudantes, de carona na cabine de um caminhão transportando
melaço de uma usina de Rio Largo. Pense! Tudo para mim era novidade. Fiquei
impressionado com a região do cais, porém, nunca voltei ali para matar a minha
curiosidade e anotar coisas. E sem conhecer o Catolé, suas águas e seus banhos,
ponto alto da capital, parti para outros lugares. Do Parque, só tive
conhecimento da sua existência, muito tarde e nem tive oportunidade de
abraçá-lo. Hoje em Santana do Ipanema, ainda penso na frustração.
Mas,
ainda baseado em mais um ditado sertanejo, “a gente só faz o que pode”,
misturei-me às multidões e perambulei muito pelas ruas, avenidas, pontes,
vielas, praias e lagoa sempre procurando meus alvos, meus objetivos. Muitas
vezes, em busca de atenções da Medicina mesmo, aproveitava e transformava o
possível estresse em novas pesquisas e assim ia ampliando os meus horizontes
literários. Lembro-me até como fiquei
feliz em realizar uma pesquisa em plena Estação Ferroviária e o carinho como
uma senhorita encarregada me recebeu. Tudo isso agradeço à vida. Continuo
pesquisando e escrevendo até a hora do desembarque...
Assim
seja!
PELAS
RUAS DE MACEIÓ (FOTO: B. CHAGAS).
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