segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A RÉ PARA TRÁS DE ATAÍDE FUMEIRO

A RÉ PARA TRÁS DE ATAÍDE FUMEIRO
(Clerisvaldo B. Chagas. 6.10.2009)
Para Creusa de Ataíde e Renalvo Lira

Distribuídos pelas cidades brasileiras encontram-se indivíduos peculiares e
Interessantes. Naturalmente essas figuras são divertidas e causam imensa alegria aos seus munícipes. Alguns alcançam até fama nacional, como é o caso do Seu Luna, em Juazeiro do Norte.
Vários desses tipos de Santana do Ipanema já foram apresentados à imprensa alagoana. O amigo Ataíde é um deles. Negociante de fumo de corda na feira livre, Ataíde é uma pessoa alegre, amiga e bem-humorada. Hoje mora à margem do rio Ipanema onde curte um pomar com sua merecida aposentadoria. Ataíde anda sempre com um cassetete à mão, segundo ele, para espantar cachorros e maloqueiros. O cigarro tipo braço-de-juda, não sai da sua boca. Pois bem, há décadas, “Ataíde Fumeiro”— ricaço com o comércio do fumo arapiraquense — resolveu comprar um jipe. Foi a maior novidade! Todos queriam brincar com o feirante. Comprada a máquina, o homem partiu para os devidos aprendizados. Certa feita alguém perguntou como o nosso herói estava se saindo no volante. Resposta na íntegra de Ataíde: “Homem, estou indo bem danado, mas tem uma tal de ré pra trás que é a boba da peste!”.
Espelhando-se no caso acima, vamos vivendo, convivendo o observando os vivos. Às vezes a pessoa não é absolutamente nada. E na procura de oportunidade, consegue algum cargo de chefinho de alguma coisa. Muitas dessas oportunidades aparecem em repartições públicas manobradas pelos políticos. Ali entocado, o indivíduo depois de algum tempo, começa a colocar às unhas de fora. (Antes, nem unhas possuía). Era um cordeiro desmamado que dava pena. Agora, com a grande força do “carquinho”, acha-se no direito de perseguir, de caluniar, de desrespeitar, virando o reizinho todo poderoso da sua repartição. Os colegas de trabalho vivem desapontados, desestimulados, desanimados com aquele ditador e mateu nos calcanhares. Quer mandar mais do que o chefe que na maioria dos casos nem está sabendo desses abomináveis acontecimentos. Você conhece bem esses filhos e filhas de cobras, pois talvez esteja acontecendo com você. Aqui em Santana do Ipanema, Alagoas, vários prefeitos não conseguiram a reeleição, justamente por causa desses chicoteadores do povo. Quando o prefeito desperta para demitir, o estrago entre seus eleitores já está feito. Mas não é só em prefeituras que eles se alojam como barbeiros em casas de taipa. Em outros lugares lá estão os glutões, beberrões e caluniadores agressivos. Uns detratam em público e pedem desculpas às escondidas, outros nem desculpas pedem. São os infalíveis lambe botas dos políticos. Estão lembrados do caso da roda? Um dia a roda que transporta para cima, carrega para baixo. Novamente o filhote de cobra fica humilde, encolhe as unhas e, de cabeça baixa, vai procurar outros mandantes para novos favores. Esse espírito infeliz não procura as suas vítimas para pedir perdão. Seu carro é um atropelador de honras e dignidades, não consegue jamais dá A RÉ PARA TRÁS DE ATAÍDE FUMEIRO.

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domingo, 4 de outubro de 2009

O DESENROLAR DAS OLIMPÍADAS

O DESENROLAR DAS OLIMPÍADAS

(Clerisvaldo B. Chagas. 5.10.2009)

Para alguns pesquisadores, os gregos teriam iniciadas essas comemorações há 2.500 anos a.C., em homenagem a Zeus. Outros falam que a Grécia teria criado esses jogos no ano 776 a.C., como celebração e atributos aos deuses, cuja cidade-estado teria sido em Olímpia. De qualquer maneira, todos acreditam que os jogos olímpicos vieram da Grécia e que teriam até sido proibidos em determinada época (393) pelo imperador Teodósio, convertido, ao considerar as atividades como pagãs. Histórico à parte, o que se pensa atualmente em um país como o Brasil, é no significado teórico e prático dessas realizações em território nacional. O Rio de Janeiro, como sempre, ex-capital do Brasil e com uma das dez maravilhas do mundo moderno, naturalmente levaria quase todos os louros das vitórias. Não se pode negar a total capacidade do território carioca por seu passado e pela capacidade do presente. De qualquer maneira, Rio e São Paulo são as cabeças que movem o corpo brasileiro. No caso, então, o importante é que o evento de 2016 acontecerá em nosso país. Para o Rio de Janeiro, falando em obras físicas, será um passo largo e invejável para chegar à estrutura as grandes capitais do mundo desenvolvido. Sem contas serão os benefícios das áreas de segurança, transporte, hotelaria, comunicação, turismo, comércio e mesmo da indústria. Lógico que nada será melhor para o Brasil de que ser o alvo positivo do mundo com dois eventos importantes, os maiores, seguidamente: a copa e as olimpíadas. Além de toda estrutura física que ficará para depois desses eventos, também nada pagará o incentivo aos atletas brasileiros em todas as modalidades irradiadas da sede para as mais pequeninas cidades dos confins desse país.

Entramos na história do esporte amador tardiamente. Enquanto em certo tempo apenas nos preocupávamos com futebol masculino e profissional, países outros aplicavam maciçamente no esporte amador assim como a Alemanha, Cuba, Estados Unidos e os do leste europeu. As nossas escolas ficaram muito tempo vazias de esporte (e até mesmo de merenda). Houve década (1960), em que ainda existiu um arremedo de vôlei, de futebol de salão e tênis de mesa. Depois tudo desapareceu novamente. Ainda bem que o Brasil vem tentando, desigualmente, recuperar tantas décadas perdidas. Inúmeras escolas nesse país nem tem quadra, nem tem espaço, nem merenda e muito menos algum tipo de incentivo. Perguntamos a um professor de Educação Física, por que ele não praticava basquete com seus alunos. A resposta foi por causa da fome. Nesse caso, disse ele, era melhor trabalhar no comum, isto é, no handebol mesmo.

Estávamos pertinho de finalizar esta crônica quando saiu o resultado das próximas olimpíadas. Foi de fato emocionante. O momento do presidente Lula ao defender o evento para o Brasil foi simplesmente divino. As representações brasileiras de políticos, técnicos e atletas, mostraram um espetáculo belíssimo de união e patriotismo que ficará para a posteridade. As palavras do presidente após a escolha foram as palavras que teriam sido as nossas. Por tudo que sempre viemos dizendo aqui, do grande momento de uma nova era, de uma nação que ocupa definitivamente seu espaço no cenário mundial, de uma potência que emerge e procura seu assento merecido no meio dos grandes. Agora, relaxados pela vitória e movidos pelo trabalho, aguardemos O DESENROLAR DAS OLIMPÍADAS.


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