terça-feira, 5 de março de 2013

APRENDENDO NA PRÁTICA



APRENDENDO NA PRÁTICA
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de março de 2013.
Crônica Nº 975

CANAL DO SERTÃO
No momento em que os museus vão se valorizando no Brasil, tornam-se ferramentas de auxílio na área de Educação. Felizmente − tinham que acontecer algum dia − as pessoas começam a despertar para a importância do museu que organiza e expõe a História em instrumentos. A biblioteca veio primeiro na forma de ajuda a estudantes e pesquisadores, mesmo assim, nem todas as cidades possuem biblioteca pública e nem todas as escolas contam com  uma pequena e modesta biblioteca para seus alunos e comunidade. Mas é preciso, além de bibliotecas, museus, laboratórios de ciência, informática e outras novidades levadas para a escola, de aulas de campo, da realidade lá de fora com seus guias especializados. Em muitas faculdades o sujeito se forma apenas ouvindo o blá-blá-blá dos professores sem uma aula extraclasse, por exemplo. Em Geografia o aluno nunca sai para vê ali perto um riacho, um monte, uma trilha, quando o amor não pula da sala de aula para a parte prática de cada dia.
No Sertão, os estudantes poderiam ficar bem servidos, se houvesse organização do conhecimento extra em conjunto de várias matérias, tanto na área urbana quanto rural. A história da própria cidade pequena poderia ser mostrada a pé através das ruas, prédios históricos, praças e museus. A parte rural bem que oferece fazendas, trilhas, flora, fauna, riachos, colinas, serras, hábitos alimentares, folclore... Que poderia formar um dia riquíssimo de conhecimentos para os estudantes de qualquer série. Essa parte, entretanto, parece distante de acontecer como pedaço da educação municipal e estadual, principalmente, por falta de ideias, condições ou indisponibilidade. Exemplo claro do que estamos falando, seria o Canal do Sertão que por si só, ocuparia um dia inteiro em visita e análise dos discentes. Na prática, o estudante sai ignorante das coisas da sua própria terra, pois ninguém se propõe a levá-lo a lugar algum.
É bom ir pensando no assunto, para que no futuro tenhamos bons representantes e defensores do lugar de nascimento. A Educação precisa ir APRENDENDO NA PRÁTICA.

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domingo, 3 de março de 2013

JUAZEIRO


JUAZEIRO
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de março de 2013.
Crônica Nº 974
ESTÁTUA AO PADRE CÍCERO. Foto: (fonte Wikipédia).

Em conversa com amigos, vem o desejo de todos em conhecer o Juazeiro do Norte. Um pergunta sua localização e nós vamos tentando situar o Juazeiro no mapa nordestino. Outro indaga se é longe. E assim é preciso falar em outros pontos de referência para entender melhor o miolo procurado. De qualquer maneira, são quinhentos e poucos quilômetros de chão, meu caro, do nosso semiárido para a terra do padre Cícero Romão Batista. Um deles indaga se já estive lá. Sim, respondo com satisfação, duas vezes apenas com tempo resumido para quem deseja conhecer de fato os mistérios do Vale do Cariri. Não desejo mais sonhar em passar uns quarenta dias por ali pesquisando inúmeras coisas interessantes que a cidade e os arredores oferecem. Do Crato à Barbalha quem deseja fazer TCC ou escrever livros, sai de bornal e alforjes cheios. À primeira vista, Juazeiro é como um parreiral, onde você contempla o panorama, mas não vê os frutos. É preciso olhar por baixo para bem enxergar os cachos fartos das uvas.
E vamos conjeturando: No Juazeiro do Norte, turista é turista, vê as coisas com os olhos. Romeiro é romeiro, enxerga na sensibilidade da fé, mas prende-se ao seu mundo, nas visitas. O pesquisador sai costurando todas as coisas, no improviso ou no planejamento habitual do mister. Romeiros, penitentes, cordel, repentistas, lambe-lambe, emboladores, relojoeiros, santeiros, fabriquetas diversas, cangaço, história, geografia e muito mais, podem ocupar pesquisadores durante meses e anos seguidos na terra do “Padrinho Ciço”.
Depois o grupo pensa na época certa de visitar o norte. Ora! São analisadas suas festas principais, o fluxo de pessoas e as condições do tempo. É quando cada qual mostra sua preferência e seus objetivos, o que deixa a diversidade fluir no esforço maior para um funil. Fica marcada uma viagem para setembro, mas na Palestina brasileira tem disso não. Todo tempo é tempo para se fazer presente no JUAZEIRO.



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