JUAZEIRO
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de março de 2013.
Crônica
Nº 974
Em
conversa com
amigos, vem o desejo de todos em conhecer o Juazeiro do Norte. Um pergunta sua
localização e nós vamos tentando situar o Juazeiro no mapa nordestino. Outro
indaga se é longe. E assim é preciso falar em outros pontos de referência para
entender melhor o miolo procurado. De qualquer maneira, são quinhentos e poucos
quilômetros de chão, meu caro, do nosso semiárido para a terra do padre Cícero
Romão Batista. Um deles indaga se já estive lá. Sim, respondo com satisfação,
duas vezes apenas com tempo resumido para quem deseja conhecer de fato os mistérios
do Vale do Cariri. Não desejo mais sonhar em passar uns quarenta dias por ali
pesquisando inúmeras coisas interessantes que a cidade e os arredores oferecem.
Do Crato à Barbalha quem deseja fazer TCC ou escrever livros, sai de bornal e
alforjes cheios. À primeira vista, Juazeiro é como um parreiral, onde você
contempla o panorama, mas não vê os frutos. É preciso olhar por baixo para bem
enxergar os cachos fartos das uvas.
E vamos conjeturando: No
Juazeiro do Norte, turista é turista, vê as coisas com os olhos. Romeiro é
romeiro, enxerga na sensibilidade da fé, mas prende-se ao seu mundo, nas
visitas. O pesquisador sai costurando todas as coisas, no improviso ou no planejamento
habitual do mister. Romeiros, penitentes, cordel, repentistas, lambe-lambe,
emboladores, relojoeiros, santeiros, fabriquetas diversas, cangaço, história,
geografia e muito mais, podem ocupar pesquisadores durante meses e anos
seguidos na terra do “Padrinho Ciço”.
Depois o grupo pensa na
época certa de visitar o norte. Ora! São analisadas suas festas principais, o
fluxo de pessoas e as condições do tempo. É quando cada qual mostra sua
preferência e seus objetivos, o que deixa a diversidade fluir no esforço maior
para um funil. Fica marcada uma viagem para setembro, mas na Palestina brasileira
tem disso não. Todo tempo é tempo para se fazer presente no JUAZEIRO.
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