quarta-feira, 1 de maio de 2013

O GRITO DOS EXCLUIDOS



O GRITO DOS EXCLUIDOS
Clerisvaldo B. Chagas, 1º de maio de 2013.
Crônica Nº 1010

Mais um Dia do Trabalhador chega bisonho e infeliz como seus homenageados. Nada a comemorar num estado cujos governantes não valorizam os seus funcionários. Além de em Alagoas não se encontrar emprego com facilidade, os que surgem nas empresas privadas só faltam tirar o couro dos miseráveis precisados, em regime disfarçado de escravidão. Os servidores estaduais completam a outra face cruel dos explorados. Não tendo para onde correr, os servidores públicos acumulam os corredores médicos com doenças adquiridas pela baixa remuneração estadual esganadora e cruel. Dia primeiro de maio, ao invés de comemorações, é preciso passeatas e berros pela capital para que a classe trabalhadora seja ouvida, mas sem a princesa Isabel, a fumaça do ódio ao funcionalismo é quem dá as cartas. Em tempo de eleições, surgem anjos, arcanjos e serafins. Logo após o pleito, as vestes brancas ficam negras e imediatamente se desencantam chifres, tridentes e gargalhadas sinistras.
“Atores sociais, movimentos do campo e representantes das centrais sindicais presentes em Alagoas realizam, nesta quarta-feira (1º), o ato do Dia do Trabalhador. Os participantes prometem realizar uma grande manifestação, convocando a população em geral para a concentração, prevista para as 9 horas, no Posto Sete, Praia de Jatiúca. A caminhada deverá se encerrar no antigo Alagoinhas, na Ponta Verde, orla marítima da capital”.
“Diversas apresentações culturais populares darão o tom da manifestação. O ato do 1º de maio também integra a denominada Jornada de Lutas em Defesa de Alagoas, que tem como um dos objetivos protestar contra o descaso patrocinado pelo atual governador, Teotônio Vilela Filho”.
Todo ano é assim. Rezas e mais rezas em casa pelo final dos péssimos governos de Alagoas. Hoje é dia do GRITO DOS EXCLUIDOS.








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terça-feira, 30 de abril de 2013

A POLÍTICA E O MACACO



A POLÍTICA E O MACACO
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de abril de 2013.
Crônica Nº 1009

No ponto de ônibus um senhor barrigudinho puxava conversa para matar o tempo. Entre os diversos assuntos saiu este que achei interessante, apesar do baixo nível.
O rei leão havia convidado todos os bichos para uma grandiosa festa de aniversário, menos o macaco. A savana agitou-se numa animação danada! No dia assinalado, todos compareceram e teve início a brincadeira animadíssima, coisa nunca visto por ali. O som da festa chegava longe. Lá na portaria o único não convidado queria entrar de qualquer jeito. O Javali – porteiro da noite – convencia o macaco a ir embora, pois ele não trouxera o convite do rei leão.  Após muita conversa o porteiro, mandou chamar o elefante que estava coordenando o evento. O trombudo chegou para resolver, o macaco não parava de insistir para entrar e perguntou que discriminação era aquela, pois, pelo que estava notando, somente ele ficara de fora. O elefante respondeu que ele, macaco, não recebera a senha porque era muito sem vergonha e tarado e poderia acabar a festa a qualquer momento;  a não ser que ele se deixasse castrar, como segurança. O macaco não pensou duas vezes e mandou imediatamente fazer o serviço. O elefante, então, mandou que o tigre o realizasse. Palavra empenhada, após o ato da castração, o macaco embocou no recinto e o elefante ficou aliviado. A festa estava uma maravilha, sem confusão alguma quando lá para a meia-noite, houve um barulho medonho, belo tumulto se formou e, o elefante correu lá. Simplesmente encontrou o macaco soltando o ânus para uma enorme fila da bicharada. Perguntado pelo elefante, ele teria respondido: “Que nada, bicho, não quero nem saber! O negócio é fazer parte da festa!”.
O barrigudinho, então, explicou: “bem assim é a política”. Ela vicia como o sujeito que não quer trabalhar e procura dinheiro fácil. Lá no agreste, onde moro, um sujeito vendeu até a mãe para ser político e ficou de esmola após várias tentativas, mas conseguiu ser vereador. Quando perguntei a ele o porquê de tanta insistência, o político respondeu-me igualzinho ao macaco: “O negócio é fazer parte da fuleiragem!”.
O ônibus foi chegando, botei o pé no estribo e saí pensando sobre A POLÍTICA E O MACACO.

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