terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

ESCRITOR NÃO É DE FERRO


ESCRITOR NÃO É DE FERRO
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de fevereiro de 2014.
Crônica Nº 1134

Foto: (Blogdomadeira)
Todo mundo tem seus momentos de solidão, lembranças fortes do passado e melancolia. Sendo poeta ou com veia romântica, muito mais, como dizia o repentista Zezinho da Divisão: Todo poeta é sistemático. Então vêm aqueles momentos em que você canta no banheiro, escolhe um CD com música que lhe marcou, lembra até de acender um cigarro e sonhar ouvindo as suas prediletas. Quantas e quantas vezes a insônia toca em nossos nervos e coração! E lá dentro das horas mortas, enquanto os da casa dormem, vamos conversando com ela, a insônia, com cigarro ou sem cigarro no cinzeiro. Lá na geladeira escolhe-se a cerveja que está no ponto, o copo especial e, ouve-se o clique do abridor que acompanha uma dor-de-cotovelo dos anos 60. A cabeça vai à janela inspecionar o tempo, ver o quarto da lua, o desenho das nuvens, o reluzir das estrelas na madrugada. A música roda espremendo o coração, os olhos enchem-se d’água e uma saudade amarga e doce invade a alma.
Foi numa hora dessas que resolvi selecionar as 12 músicas preferidas, diante dessa zoadeira que tocam hoje, sem letra, sem melodia, sem inspiração, somente à base do barulho. Uma vez gravado o meu CD das 12 favoritas, para preencher as horas acima, distribuirei para os amigos mais chegados. Quase todas são músicas de serestas cantadas em Santana por mestres e mestras como Juca Alfaiate, Linda, Omir, Miguel Chagas, Cícero de Mariquinha e outras conhecidas feras santanenses. Vamos adiantar o CD: A PÉROLA E O RUBI, Cauby Peixoto; ABANDONO, Altemar Dutra; AI QUE SAUDADE DE OCÊ, Elba Ramalho; EU NUNCA MAIS VOU TE ESQUECER, Moacir Franco; LAMA, Núbia Lafayete; NINGUÉM CHORA POR MIM, Moacir Franco; NOITE DE INSÔNIA, Nelson Gonçalves; PENSANDO EM TI, Nelson Gonçalves; PERFUME DE GARDÊNIA, Waldick Soriano; RISQUE, Nelson Gonçalves ou Linda Batista; TARECO E MARIOLA, Flávio José; e VINGANÇA, Lupicínio Rodrigues.
O amigo curte essas coisas? Quer um CD? Desculpe aí, compadre, mas ESCRITOR NÃO É DE FERRO.


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domingo, 2 de fevereiro de 2014

A MARCA DO PREFEITO



A MARCA DO PREFEITO
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de fevereiro de 2014
Crônica Nº 1133
TRATORES NO TRABALHO URBANO. Foto: (Clerisvaldo).
Finalmente, após décadas de espera, as máquinas começaram a roncar no Largo do Urubu. O citado lugar, assim denominado pelo povo cujo nome já diz tudo, fica localizado em ponto estratégico de Santana do Ipanema. Terreno grande e arredondado que faz fronteira com o comércio e os Bairros Artur Morais e Camoxinga, o largo é uma baixada, autêntico anfiteatro cortado ao meio pelo riacho Camoxinga, alguns metros antes da sua foz.
O Largo do Urubu, atualmente, serve de válvula de escape para estacionamento de vans que fazem linhas diárias para Santana, proveniente de mais de 30 cidades do sertão e de outros estados. Aos sábados, caminhões, carros pequenos e motos complementam esse estacionamento improvisado, motivando até um pequeno comércio de ambulantes.
Não tem mais como Santana do Ipanema suportar festas obstruindo ruas e avenidas. A transformação do Largo do Urubu em lugar decente para grandes eventos e desvios do fluxo pesado de veículos passou a ser prioridade para o santanense. Portanto, o roncar dos tratores na área, mantém a esperança de que em breve teremos um lugar agradável e moderno que irá, em muito, auxiliar na organização do centro.
ESPAÇO NO CENTRO DA CIDADE. Foto: (Clerisvaldo).
Não sabemos se ainda para a atual gestão, mas após a inauguração dessa obra, a cidade vai precisar abrir novos becos e construir viadutos, num estudo brabo de engenharia para desafogar o trânsito no centro da cidade. Muitas indenizações terão que acontecer no futuro.
Por enquanto, o prefeito Mário Silva vai fazendo sua parte, recuperando aquela área degradada para transformá-la numa paisagem urbana valorosa.
Dizem também que o prefeito pretende fazer um canal no riacho Camoxinga e cobri-lo. Muito certo, desde que haja muro de arrimo para evitar o “fenômeno das terras caídas” ─ como acontece hoje com as cheias do riacho intermitente ─ e um filtro no início do canal.
Nada mais bonito do que ouvir e ver as máquinas trabalhando. Sem dúvida alguma, o futuro espaço multe eventos será a marca histórica do prefeito Mário Silva.


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