domingo, 2 de março de 2014

ZUP NA ESTRADA



ZUP NA ESTRADA
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de março de 2014.
Crônica Nº 1144

PÔR-DO-SOL MATA/AGRESTE DE ALAGOAS. Foto: (Clerisvaldo).
O automóvel roda tranquilamente pelo litoral maceioense. Nem parece sábado de Zé Pereira na pista dupla entre os manguezais. Vamos fotografando as belas paisagens alagoanas entre o mar e a lagoa. Barracas às margens com suas guloseimas típicas, Massagueira, Barra Nova, Barra de São Miguel... Vai passando o mundo do mangue e entramos pelos canaviais que nos levam a São Miguel dos Campos. Nada de Carnaval. Resolvido o motivo da ida à cidade miguelense, após farto almoço na Zona da Mata, vamos seguindo rumo a Santana do Ipanema, encontrando o trânsito comportado como o de início da viagem, em Maceió.
AVIÃO SOBRE POSTE. Foto: (Clerisvaldo).
A tarde ia caindo quando iniciamos uma sessão de fotos de crepúsculo, espetáculo entre a Mata e o Agreste sempre caprichado em amarelo vivo. No povoado Belo Horizonte, perto de Campo Alegre, nos deparamos com uma figura inusitada: um avião em cima de um poste. Lá vai máquina! Mas todos queriam mesmo era chegar ao Pé Leve, povoado que vende as comidas típicas populares, em barracas. Mas os barraqueiros haviam evoluído e transformaram as barracas em ótimas casas de alvenaria. Procuramos o tradicional ponto “Barraca da Galega” para comprarmos bolo de milho, broa, má casada, pé de moleque cozido na folha da bananeira e outras iguarias. Mas a galega não estava mais sozinha. Outros moradores tiveram a mesma ideia e o local tornou-se ótimo ponto de negócios devido ao intenso movimento por ali. Tocamos para Arapiraca. Queria anoitecer quando cruzamos o núcleo e continuamos rumo ao Sertão.
PÉ LEVE E SUAS GULOSEIMAS. Foto: (Clerisvaldo).
Nas imediações de Batalha, já noite firme, víamos relâmpagos assustadores ao norte. Calculamos que estivesse acontecendo trovoadas pesadas entre Palmeira dos Índios, Cacimbinhas e Pernambuco. Enquanto isso as guloseimas cheiravam que era uma beleza e não víamos a hora de chegarmos a Santana do Ipanema, para um cafezinho fresco com aquelas coisas trazidas do Pé Leve. Tudo consolidado. Nada de chuva em Santana e nem Carnaval pelas rodovias.
 Pois é, enquanto uns pulavam o frevo por aí, nós ZUP NA ESTRADA.

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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

GUARDIÕES E GAZETA OUVEM O POVO



GUARDIÕES E GAZETA OUVEM O POVO
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de fevereiro de 2014
Crônica Nº 1143

Guardiões e repórter próximos ao matadouro. Foto/Agripa.
Mais uma vez os guardiões voltaram ao rio Ipanema, a convite da TV Gazeta de Alagoas. A reportagem da afiliada da Globo, procurava os problemas que impedem melhor qualidade de vida para os habitantes ribeirinhos e os danos causados ao meio ambiente. O centro da cidade, local conhecido popularmente como Ponte do Urubu, foi alvo das poderosas lentes da TV.
A Associação Guardiões do Rio Ipanema - AGRIPA, representada pelo tributarista Sérgio Soares Campos e pelos escritores Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Fausto, descreviam o histórico de cada ponto tocado pela reportagem, sem no entanto, apontar culpados pelo que está acontecendo com o rio Ipanema e seus afluentes.
Sérgio Campos debulha antigos problemas ambientais. Foto/Agripa.
O Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues, situado na Cajarana, também foi alvo da reportagem da Gazeta. A região da Cajarana (por trás do hospital gigante) é a mais desprezada de Santana do Ipanema, onde a população vive sem água, sem calçamento, sem coleta de lixo e receptora de fezes e até de sangue que descem da fossa e lavanderia do hospital. Os moradores que vivem atolados na miséria reclamam constantemente, mas as soluções não conseguem descer a ladeira do Bairro Floresta.
A Secretaria do Meio Ambiente quer resolver o problema, porém, esbarra no serviço mal feito do saneamento de Santana e a CASAL não consegue coletar o material. Enquanto isso, o Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues cura os pacientes na frente e adoece os moradores por trás. Seus dejetos descem atravessando o casario da Cajarana rumo ao riacho Salgadinho que despeja no rio Ipanema.
Escritor Clerisvaldo B. Chagas fala à Gazeta. Foto/Agripa.
Ainda foi alvo da reportagem Gazeta de Alagoas, o matadouro público, grande poluidor do rio e que não oferece as mínimas condições de higiene.
Os guardiões do rio Ipanema sabem que esses problemas vêm se arrastando por décadas, mas que a partir do mês de março, vão intensificar suas vozes e suas efetivas ações junto às autoridades até que todos os problemas básicos do rio e de seus afluentes sejam resolvidos. Os guardiões prometem não dar sossego a quem estiver errado sobre os assuntos acima e os omissos que têm o dever de fazer e nunca fizeram.
Vamos todos, autoridades e sociedade lutarem juntos e mostrar ao mundo nosso exemplo em busca de vida sadia.

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