segunda-feira, 18 de agosto de 2014

SÃO PEDRO E A SUA IGREJINHA (II)



HISTÓRICO EM SÉRIE DE 04 CRÔNICAS
SÃO PEDRO E A SUA IGREJINHA (II)
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de agosto de 2014
Crônica Nº 1.242
ASPECTO PARCIAL DA NAVE. (Foto: Clerisvaldo).
          Apelando para o nosso livro O boi, a bota e a batina, história completa de Santana do Ipanema, vimos que no Bairro São Pedro, existe uma praça que leva o mesmo nome do bairro. Defronte a ela está localizada também a igrejinha de São Pedro, o apóstolo de Jesus. Sua construção teve início em 1915, sendo paralisada após, ficando esquecida a obra durante dezessete anos. Somente em 1937, na gestão municipal do senhor Ormindo Barros (2º vez), a igrejinha teve reiniciados os seus trabalhos, através do patrocínio do comerciante
Tertuliano Nepomuceno.
SÍMBOLO E FRASES EM MÁRMORE E METAL. (Foto: Clerisvaldo).
Serviu o pequeno templo de São Pedro no pequeno espaço físico entre dois estreitos corredores na parte da calçada alta do bairro. Tendo ao seu lado direito residências e no esquerdo uma também pequena escola denominada popularmente Bacurau, a igrejinha resistiu ao tempo. Periodicamente os padres ali celebravam missa, principalmente no dia 29 de junho. Na ocasião era distribuído o famoso pão de Santo Antônio, cuja imagem marca presença na igrejinha.
O pequeno templo pertence à Paróquia de Senhora Santa Ana e teve por muito tempo como zelador, o sargento reformado, Narciso Gaia, conhecido por Seu Gaia. Homem alto, fala pausada e morando próximo da igrejinha, Seu Gaia sustentara fogo contra o futuro Lampião no combate de Poço da Areia, como soldado, em 1921.
SÃO JOÃO. (Foto: Clerisvaldo).


A vizinha escola Batista Acciolly, formou dupla importante com a igreja de São Pedro, sendo quase do mesmo ano. Como foi fundada com o intuito de servir aos alunos que trabalhavam pelo dia, funcionando à noite, pegou-lhe em cheio o apelido da ave noturna, bacurau. Para informações, um prédio era sempre apontado como vizinho do outro.
E assim a igrejinha de São Pedro, discretamente, ia vendo passar a vida naquele bairro tranquilo, sem vocação para o comércio, contramão dos maiores movimentos de pessoas, lugar para quem quer viver em paz.
Estive no Bairro à fotografá-la para o nosso livro “227” (pronto para lançamento) a história de Santana através dos seus prédios, com apresentação dos escritores Fábio Campos e Marcello Fausto, quando me deparei com a reforma a que a igrejinha estava sendo submetida. Belíssima foto da parede da frente em ruínas e logo outra da igreja reformada são brindes, colírios quando for publicado o livro “227”.
·         *  Continua amanhã.


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SÃO PEDRO E A SUA IGREJINHA (I)



HISTÓRICO EM SÉRIE DE 04 CRÔNICAS
SÃO PEDRO E A SUA IGREJINHA (I)
Clerisvaldo B. Chagas, 18 de agosto de 2014
Crônica Nº 1.241



Santana do Ipanema – Esta série de 4 crônicas, refere-se à igrejinha de São Pedro, no Bairro do mesmo nome em Santana do Ipanema. Elas me foram espiritualmente solicitadas por quem tem o direito e o prestígio divino de fazê-lo. Para o bom entendedor, ”meia palavra basta” como diz o povo.

 O Nordeste brasileiro é rico em religiosidade. Os mais diferentes santos são evocados pela sua população distribuída em nove estados desde o Maranhão ao pequeno solo sergipano. Destacam-se os santos José, Antônio, João e Pedro, com inúmeras histórias, lendas, festas e tradição que furam os tempos. No momento, porém, vamos restringir esse campo vastíssimo, sair do nordeste e voltar aos dias do Cristo, revisando São Pedro.
  Pedro aparece nos Evangelhos com o nome de Pedro, Simão Pedro, Simão Barjona (filho de João ou Jonas). Dizem que seu nome, Simão, deveria ter sido Simeão, mas teria sido interrompido para Simão, por influência do grego, Símon. Quanto ao nome Pedro, é apelido dado pelo Cristo: Cephas que significa rocha e, que vem do grego: Pêtros.
Pedro nasceu na Galileia, era pescador e exercia o ofício com André (seu irmão) e mais João e Tiago, filhos de Zebedeu, segundo a Bíblia. Ao se falar em sua sogra, deduz-se que Pedro era casado. Ao se dirigir ao rio Jordão com seus colegas, por causa da fama de João Batista, André o apresentou a Jesus. O Mestre simpatizou com ele e disse que no futuro Simão iria ser pescador de homens.
Pedro é citado 182 vezes no Novo Testamento. Divididas por quatro, as citações ficariam assim: 23 vezes no Evangelho de Marcos, 24 no de Mateus, 27 no de Lucas e 39 no de João, mais uma.
Ninguém pode contestar a sua liderança no início da vida cristã, mesmo com algumas discordâncias com Paulo.
Não se encontra muita coisa sobre Pedro, fora dos Evangelhos. Paulo preocupava-se em propagar e Pedro em organizar.
Pedro foi preso duas vezes e ainda existem dúvidas sobre a sua morte, entre a crucificação e o falecimento por velhice.
Os festejos a São Pedro acontecem no dia 29 de junho, é comemorado como dia santo, com fogueiras, comidas e bebidas típicas e bastante folclore. Dizem que ele tem as chaves do céu. Pedro entra no anedotário popular com muita ênfase, piadas e brincadeiras de risos soltos, porém, sem ofensas ao santo considerado bonachão, inteligente e ingênuo pelos seus devotos. Pedro é santo de enorme prestígio diante do Senhor.
·         * Continua amanhã.



 
















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