terça-feira, 16 de janeiro de 2018

MEDICINA ALAGOANA, UM PONTO NEGATIVO

MEDICINA ALAGOANA, UM PONTO NEGATIVO
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1825

HOSPITAL PSIQUIÁTRICO JOSÉ LOPES. FOTO: (SANDRO LIMA).
O encerramento das atividades, dezembro passado, do Hospital Psiquiátrico José Lopes, foi um golpe violento em toda a Medicina alagoana. Segundo a reportagem de Evallin Pimentel (Tribuna Independente de 10.01.2018), teria havido mais de cem demissões, onde estavam entre cinquenta e setenta pacientes. Fala-se em falta de verbas do SUS, divergências entre sócios e mais que fizeram cerrar às portas do conceituado e tradicional lugar que adquiriu fama e respeito no Brasil inteiro. Sem entrar no mérito dos problemas e possíveis contendas, estamos lamentando apenas a supressão em nosso estado, do ponto de referência chave nesse complexo ramo da Medicina.
O Hospital Psiquiátrico José Lopes, além do prédio que faz parte do patrimônio histórico de Maceió, serviu por muitas e muitas décadas à população alagoana de pobres e ricos da capital e de todo o interior. Vários profissionais militantes do casarão do Bebedouro tornaram-se notórias figuras da Psiquiatria brasileira. É muito triste saber que perderemos esses serviços de valores inestimáveis com um final problemático que nem o Hospital e nem a clientela merecem. O que pensarão os jovens que irão estagiar na área? Parece surgir no momento um divisor importante na história da Psiquiatria alagoana dos antes e depois do José Lopes. Como será, então, daqui para frente?
Não estamos falando de um hospital qualquer, mas de um ponto único, magnânimo, respeitadíssimo e que já serviu a milhares de famílias do nosso território. Talvez se entendêssemos mais de Medicina, tivéssemos escrito um ensaio ao invés de uma crônica. Mas o Hospital Psiquiátrico tem história rica, abençoada e crescente. Deverá ser um acervo de narrativas e conhecimentos que supere em muito o imponente prédio que encanta pela beleza arquitetônica dos tempos de expansão da capital. Seja o que for que tenha acontecido, talvez seja a própria vez de reflexão profunda de donos e dirigentes para que uma luz firme e salvadora.
DEUS SALVE O REI.




Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2018/01/medicina-alagoana-um-ponto-negativo.html

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

O ARROZ NOSSO DE CADA DIA

O ARROZ NOSSO DE CADA DIA
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.824

COLHENDO ARROZ. FOTO DIVULGAÇÃO.
Teve início, semana passada, a safra 2017/2018 do arroz, no perímetro irrigado do baixo São Francisco. Estar valendo o teste das 200 toneladas de sementes distribuídas pelo governo estadual através da Secretaria da Agricultura, Pesca, e Aguicultura – SEAGRI – em 2017. A colheita está acontecendo no município de Igreja Nova, capital do arroz em Alagoas. Como tudo deu favorável, aguarda-se uma produção que irá superar a média nacional de produção por hectare. A perspectiva é de uma colheita de 24 toneladas em uma área de três hectares. Esse é um projeto ligado ao rio Boacica. Segundo se comenta a produção é atribuída à qualidade das sementes e da água da irrigação, além dos tratos culturais no perímetro irrigado dos rios Boacica e Itiúba. A média da produção nacional é de 6.100 quilos por hectare. A produção agrícola e a agropecuária são geridas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODESVASF.
O arroz, constituído por sete espécies, é uma planta da família das gramíneas e alimenta mais da metade da população humana do mundo. É a terceira maior cultura cerealífera do globo, apenas ultrapassada pelas de milho e trigo, sendo rica em hidrato do carbono. Sua cultura necessita de água em abundância e se desenvolve bem, mesmo em terreno muito inclinado, o que não é o caso de Igreja Nova com suas longas várzeas marginais ao São Francisco.
O município acima pode não contar em roteiro turístico, mas é muito visitado pelos que procuram estudar e conhecer o perímetro irrigado dos rios Boacica e Itiúba, que se espraiam pelas terras baixas e planas. Também a vida selvagem e específica do lugar atraem pesquisadores para a área tão perto da foz do “Velho Chico”. Para quem deseja conhecer a região, pode-se chegar até ali através de Arapiraca e São Sebastião ou através de Coruripe, Penedo. 
Como a notícia da safra é muito boa, aguarda-se mais qualidade à mesa do alagoano e do Brasil. Não precisa ser chinês, para mergulhar num prato de arroz com bode assado.
Ê mundo “véi”, quanta coisa boa!
















Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2018/01/o-arroz-nosso-de-cada-dia.html