terça-feira, 15 de janeiro de 2019

AINDA O CASO PINHEIRO



AINDA O CASO PINHEIRO
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de janeiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.040

FOTO: PEI FOM/SECOM/MACEIÓ.
     Volta à evidência o caso do Bairro Pinheiro que não é apenas um negócio de brincadeira. Alguém já disse que o subsolo de Maceió é como se fosse um tabuleiro de xadrez, segundo a minha interpretação. A proximidade do mar e de duas lagunas, mais explorações de petróleo em terra, salgema e água mineral, deixam um vasto campo para os pesquisadores profissionais. Além disso, fala-se também que antigamente na região do Pinheiro havia uma lagoa que foi aterrada e posteriormente loteada e as construções dos casarios. Sabemos ainda que Maceió já teve regiões de alagadiço transformadas em aterro, com muito sacrifício. Não se espera meia sola diante de equipe nacional de geólogos, diante da seriedade do fenômeno. Qualquer que seja o diagnóstico da causa imediata, não satisfaz, uma vez que o povo quer resposta para todos os casos citados acima.
     Sobre o caso da existência de uma antiga lagoa, não foi dito nada sobre a sua extensão e profundidade. Entretanto, são fortes as evidências de causas por exploração mineral. O vácuo que se deixa com a retirada de sais, água mineral ou petróleo, pode afundar o terreno, muito embora falem em preenchimento das cavidades com água. A realidade é que a população não fica bem informada com as explorações de minerais. E quando se informa alguma coisa, é sempre pela metade com parte mascarada. Portanto, as informações dos técnicos do governo não poderão ser apenas evasivas e teóricas. Espera-se uma verdade ampla sobre o caso, pois se trata de centenas de vidas humanas no Bairro Pinheiro.
     Por outro lado, estão aí as oportunidades para acadêmicos e profissionais de Alagoas participar de estudos nas áreas da Geografia, Geologia e mesmo da Sociologia que envolve o drama daqueles moradores. Aliás, excelente oportunidade para exercitar o faro investigativo dos estudiosos. Pelo que sabemos, a Defesa Civil está tomando todas as medidas cautelares, mesmo assim é preciso dormir com um “olho fechado e outro aberto”.
O Bairro Pinheiro fica na parte alta de Maceió e se encontra densamente povoado.
Aguardemos as conclusões dos estudos.





                                                                                           




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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

FESTAS NAS ALAGOAS


FESTAS NAS ALAGOAS
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de janeiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.039

BOM JESUS EM PENEDO. (FOTO: AGÊNCIA ALAGOAS).
     Início de ano no estado de Alagoas representa uma delícia para quem aprecia significativos eventos. Os nativos e milhares de turistas invadem os municípios que oferecem tradicionalmente as Festas do Santo Reis e do Bom Jesus dos Navegantes. No Médio Sertão acontece com fidelidade a também chamada Festa de Reis no município de Poço das Trincheiras, vizinho a Santana do Ipanema. Esse festejo tornou-se tradição sendo o principal evento naquela região, em início de janeiro. Conhecida ainda como “A Festa do Poço”, atrai gente de Alagoas e Pernambuco deixando a cidade pequena para a multidão. Além dos motivos religiosos, tem a parte profana da festa através de inúmeras atrações folclóricas e bandas famosas. O Poço das Trincheiras é banhado pelo rio Ipanema e ainda oferece aos visitantes a história do lugar.
     Outras atrações estão nos municípios ribeirinhos com a Festa de Bom Jesus dos Navegantes. Nessa época de janeiro faz gosto visitar qualquer uma das cidades sanfranciscanas. Muitas atrações são oferecidas por esses municípios pequenos ou maiores, mas com a mesma intensidade e brilho. A fama da festa depende das proximidades de quem as frequenta, mas qualquer que seja o município visitado, não existe arrependimento para o turista. Pão de Açúcar, Traipu, Belo Monte, Penedo, são alguns deles. O movimento religioso é duradouro e culmina com a famosa procissão conduzindo a imagem do Bom Jesus dos Navegantes. O cortejo percorre trechos da terra e do rio São Francisco numa animação incomparável, com muitos cânticos e foguetórios.
     Muita gente acompanha o cortejo em barcos e canoas, outros preferem aguardar à beira d’água. Mas não é somente a parte religiosa que atrai as multidões, também as tradições folclóricas e as bandas famosas contratadas para animação prolongada. Muita gente de fora aproveita a festa e passa mais alguns dias curtindo os ares, a culinária, a cortesia, costumes, lugares aprazíveis e históricos da região. A festa, além do objetivo principal que é louvar o Bom Jesus dos Navegantes, gera empregos temporários e renda, mexendo positivamente com a economia do “Velho Chico”. Muitas são as outras atrações naturais que não fazem parte dos festejos, mas  acesa dos desejos turísticos. Nessas ocasiões existe um reforço inquebrantável no entrelaçamento Alagoas/Sergipe.
     Simplesmente ARRETADO.


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