terça-feira, 28 de maio de 2019

GERALDO BULHÕES, O GOVERNADOR


GERALDO BULHÕES, O GOVERNADOR
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de maio de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.117
GERALDO BULHÕES (FOTO: ARQUIVO PESSOAL)
Na década de 60, ainda como estudante, ouvi um discurso do maior orador que conheci na vida. Foi defronte ao estabelecimento de ensino Ginásio Santana. Enquanto pausava para beber água mineral, o jovem Geraldo Bulhões falava inspirado nos degraus daquela escola, a mesma em que passara como aluno, igualmente a que eu estava passando. Alguns anos depois, após ocupar a Câmara Federal (1971-91), tornou-se governador das Alagoas, gerando esperanças para a cidade em que nascera – Santana do Ipanema – e todo o território sertanejo. Na parte afetiva, a nossa família sentiu-se honrada com uma das primeiras providências do governador: Convidar meu irmão mais velho, Erivaldo Braga das Chagas – e que acabara de se formar em Medicina – para ser o Secretário de Saúde do estado. Querendo apenas a carreira médica o mano agradeceu, mas não quis seguir por caminho diferente.
Geraldo, apelidado GB, exerceu o mandato de governador entre os anos 1991-1995. Sucedeu a Moacir Andrade, sendo sucedido por Divaldo Suruagy. Seu governo foi muito polêmico, inclusive para com os professores, através de um comandante de triste figura que tentava destruir violentamente os movimentos dos mestres na Praça dos Martírios. Mas não estamos escrevendo para analisar o desempenho do seu governo e sim para lembrar que Santana do Ipanema teve um filho que chegou a governador. No apagar das luzes do seu mandato, criou a ESSER – (1994) Escola Superior de Ciências Humanas, Físicas e Biológicas do Sertão. Hoje se apresenta como UNEAL, Campus II, Santana do Ipanema.
Abria-se para todo o Sertão, a perspectiva do Curso Superior para os seus filhos, cuja cidade é hoje um Polo Universitário.
 “Filho de Benício Mendes Barros e Aquilina Bulhões Barros. Formado em Direito em 1963 e pós-graduado em Direito em 1965 pela Universidade Federal de Alagoas foi promotor de justiça adjunto em Pão de Açúcar e procurador em Maceió. Durante os governos de Luiz Cavalcante, João Tubino e Lamenha Filho foi incorporador, diretor financeiro e assessor jurídico da Companhia  de Habitação Popular de Alagoas e nela foi mantido como diretor financeiro acumulando também os postos de assessor técnico-jurídico e secretário do Conselho de Desenvolvimento de Alagoas”.
Particularmente, eu era um fã da sua coruscante inteligência e um dos seus seguidores na política.
Deus acolha a sua alma no reinado divino.


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TRABALHO INTERROMPIDO


TRABALHO INTERROMPIDO
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de maio de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.116

POÇO DA PEDRA. (FOTO: CHARLES CÉSAR)
Meus leitores sabem de um trabalho anunciado por mim, sobre os sítios de Santana do Ipanema com históricos e fotografias – coisa inédita no Brasil. Mais de sessenta por cento foi realizado. Entretanto, um pico hipertensivo e um atendimento fraco de autoridade, sobre um transporte, fizeram-me deixar tudo de lado. Este trabalho sobre a zona rural seria tão importante e revelador quanto à história da própria cidade, ilustrado com belíssimas fotos. Podemos falar: a redenção gráfica dos sítios e a autoestima dos seus habitantes. Sempre foi complicado fazer história sem sequer  uma companhia. São cerca de 130 lugares que teriam suas origens reveladas e estas origens se perpetuariam para esta e futuras gerações;
Quando este intento, parecia completamente sepultado, sou surpreendido pela foto no Face do poeta CharlesCésar, morador do sítio Poço da Pedra. O sítio Poço da Pedra está localizado em partes baixas e mais altas do relevo da serra da Lagoa. É banhado pelo riacho Gravatá, um dos afluentes do rio Ipanema. Em suas imediações acha-se a serra do Cabeça Vermelha ou serra da Laje, novo ponto de esportes radicais como escaladas. Vendo a foto do amigo, bateu-me novamente a vontade de terminar e publicar o trabalho, nem que fosse de forma rude. O que você acha? A foto do poeta cordelista Charles, com o seu texto, revela a origem do nome do sítio, assim com estou fazendo com todos os 130 outros. O lugar é chamado por causa de um poço do riacho Gravatá, formado em local onde havia uma pedra de forma cilíndrica e sombreada por algumas árvores.
Estou perto de encerrar a minha prioridade que é inaugurar a biblioteca da Escola Estadual Profa Helena Braga das Chagas. Ao terminar esta missão, quem sabe, com a ajuda física e logística de alguém, o trabalho histórico, geográfico e social não possa continuar com êxito!... O negócio, companheiro (a) é que ninguém oferece um copo d’água para ajudar nas pesquisas. Quando se publica é fonte para o município e Brasil inteiro. Chove parabéns que a mim parece o amargor da culpa.
Obrigado pela sua atenção.



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