sexta-feira, 6 de março de 2020

BARRA DO IPANEMA


BARRA DO IPANEMA
Clerisvaldo B. Chagas, 6 de março de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.269
ESTRADA  BATALHA - BELO MONTE (FOTO: AGÊNCIA ALAGOAS).

Acompanhando pelos noticiários o desenvolvimento do Sertão do São Francisco, voltamos a comentar sobre a estrada Batalha – Belo Monte. São 27 km de barro vermelho no belo, deserto e temeroso trecho furando a caatinga. Única estrada por terra de acesso ao monte batizado por D. Pedro II. Desde que me apaixonei pelo povoado de 500 anos, Barra do Ipanema, que procuro visitá-lo. E foi graças a ele que escrevi O CPF da minha terra com o livro “Ipanema um rio Macho”. Mesmo assim o lugar mereceu o segundo livro (ainda inédito) “Barra do Ipanema, um Povoado Alagoano”. Chegando perto da cidade de Belo Monte, entra-se à esquerda até chegar ao povoado, via de penetração dos primeiros sertanistas. Ali está a melhor praia de água doce da região e o morro-ilha com a igreja seiscentista de Nossa Senhora dos Prazeres.
Isolado em relação ao estado de Alagoas, Belo Monte aguarda ansioso o final desse isolamento. Penúltima cidade entre as 102 que ainda não tem asfalto, aguarda para os próximos noventa dias o grandioso evento que beneficiará diretamente 25 mil pessoas. Falam que 65% das obras já estão concluídas, porém, tudo indica que o piche não entrará na bifurcação rumo a Barra do Ipanema. Por ali passamos várias vezes, ladeados de caatinga bruta, por cima de jazidas de pedras artesanais. A estrada atual é muito melhor, enlarquecida, mas ainda cheia de pedrinhas, característica do relevo e do clima que esfarelam as rochas. E de Batalha a Belo Monte, com asfalto ou sem asfalto, a rodovia é denominada AL-125.
O trajeto é bonito, mas raramente habitado, não gerando confiança em quem por ali trafega. Desviando-se desse roteiro à esquerda, chega-se ao lugar denominado Telha. O povoado de duas ou três casas, é onde se encontra o canhão do rio Ipanema, simplesmente fantástico e surreal. O trecho mais belo de todos os 220 quilômetros do rio.
Com o asfalto chegando a Belo Monte e depois a Pindoba, Alagoas fechará completamente o seu circuito asfáltico em todas as suas 102 cidades.
Após o asfalto, quem sabe se não sairá o lançamento do livro “Barra do Ipanema, um Povoado Alagoano”, em sua sede Belo Monte.
Está bonito que parece u’a moça.


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quarta-feira, 4 de março de 2020

SANTANA DO IPANEMA: A VOLTA DO NEGRÃO


SANTANA DO IPANEMA: A VOLTA DO NEGRÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de março de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.268
NA RUA SANTA SOFIA. (CRÉDITO: JEAN SOUZA).

Quando o trabalho de asfaltamento das ruas de Santana do Ipanema, Alagoas, foi interrompido há vários meses, uma frustração profunda tomou conta do povo santanense. Anunciado com tanto entusiasmo, o Projeto deixou “sem chão”, até mesmo os correligionários do atual gestor. Muitas especulações tomaram conta da cidade e não poderia ter sido diferente. Ruas e avenidas importantes de Santana haviam ficado apenas com um gosto acre, distante, de futuro indefinido. Passados, porém, tantos e tantos meses de agruras, eis que o citado Projeto está de volta, novamente gerando perspectivas.  Temos como exemplos a Rua Santa Sofia, Delmiro Gouveia, Av. Castelo Branco e outras vias que podem desafogar o trânsito pela apertada Rua Pedro Brandão.
O Projeto recomeçou no dia 2 de março, segundo comentários, pela Rua Santa Sofia, espinha dorsal do Bairro Lajeiro Grande. (rua do Estádio Arnon de Mello, do Cemitério, da escola Santa Sofia. Uma saída para a cidade pernambucana de Águas Belas e sítios da região serrana do município. Tido como segunda beneficiada, a Rua Delmiro Gouveia (rua dos restaurantes), leva até ao Corpo de Bombeiros e para a saída de outras cidades do Oeste. É uma das maiores da urbe. Foi renovada a fé interrompida da “Rainha do Sertão”, pois todo santanense almeja uma cidade ornada, bela e atraente como deve ser a capital do semiárido alagoano. Voltam a sorrir situação e oposição porque os benefícios gerais falam muito mais alto do que um simples toque de partido.
O trabalho de volta está a pleno vapor. Quanto as ruas em que o negrão (asfalto) melará de piche, particularmente, ficarão alegres, felizes e vibrantes. São apenas 18 km da tinta preta que serão espalhadas por aí. E como a cidade se expande rapidamente, muitas vias não conseguirão o privilégio modernizador. Não sabemos de perto os critérios que serão utilizados. Deve haver o geográfico, a necessidade específica e os acordos de pé de orelha entre os políticos, coisa que dificilmente não existe. Mesmo assim, o asfalto tem o poder de tudo transformar, valorizar, embelezar e impulsionar o progresso. Onde tiver asfalto terá novos e surpreendentes empreendimentos.
Novamente parabéns ao povo santanense e ao Sertão em geral.
O gestor municipal voltou ao front das vias públicas.
Seja bem chegado, NEGRÃO.


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