terça-feira, 10 de março de 2020

JATIÚCA/PAJUÇARA


JATIÚCA/PAJUÇARA
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de março de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.271

JATIÚCA. (FOTO: B. CHAGAS)
Quem não gosta de andar nas praias, pés na areia e nas águas, sentindo o cheiro do mar? Azul em cima, azul em baixo, no cenário perfeito da Natureza. Manhã, logo cedo, Sol chegando no horizonte, reflexos fantásticos na superfície líquida, friezinha longe, desaparecendo. O balançar dos coqueiros na saudação ao novo dia e uma sensação expansiva de liberdade. Qualquer hora é propícia para se apreciar o panorama. Quem passa na praia em direção ao trabalho, aos seus afazeres, fica com vontade reprimida                      de um bom descanso nas areias. E se for na Pajuçara, na Jatiúca, onde o panorama feito pelo homem mistura-se à Natura, muito mais. Vamos embelezando a sequência: Jaraguá, Pajuçara, Ponta Verde, Jatiúca, Cruz das Almas... Litoral Norte, sem esquecer o falecido Gogó da Ema.
Não faz muito tempo assim, taxistas não aceitavam corridas para as proximidades desertas e perigosas da Jatiúca. Hoje a região parece metrópole, repleta de edifícios enormes com os mais variados fins. Investimentos maciços foram feitos, tanto públicos quanto privados. Quem passeia por aquelas praias, fica encantado com tanta beleza juntas, o que justifica o metro quadrado mais caro de Maceió. Não entendemos ainda, porém, porque a praia central da Avenida da Paz não mereceu essa atenção das autoridades. Outrora a praia mais frequentada da capital, ficou apenas com alguns bancos de concreto e uma fileira de coqueiros não bem cuidados. Onde está o segredo da discriminação?
Jatiúca é nome indígena e significa carrapato vegetal, carrapateira, mamona, que muito por ali proliferava. Pajuçara, tipo de palmeira da região. E Jaraguá, capim alto de cor ferruginosa.  
Voltando à Avenida da Paz, ainda em escanteio continua bonita. É bem verdade que o riacho Salgadinho que ali despeja, ainda faz medo como fonte poluidora, mas o lugar é de contemplação, facilitado pela proximidade do Cais do Porto. É bom para a alma contemplar o azul do mar.
Mesmo assim prefiro o pediplano e montanhas da minha terra, onde o mar não cheira, mas a caatinga exala o variadíssimo perfume sertanejo.
Retornei ao meu querido rio Ipanema.


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segunda-feira, 9 de março de 2020

CANGAÇO: O BATALHÃO DE LUCENA


CANGAÇO: O BATALHÃO DE LUCENA
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de março de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.270
BATALHÃO. (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).

Visitamos o 70 Batalhão de Polícia Militar “Batalhão Coronel Lucena” em Santana do Ipanema, Alagoas. Criado para combater Lampião e sua gente, teve seu título inicial como 20  Batalhão. Era o centro das operações militares contra os cangaceiros, organizado em várias forças volantes. Dali, três dessas forças acabaram definitivamente com o cangaço no Nordeste: Volantes de Aniceto, João Bezerra e Francisco Ferreira. Veja o histórico desse Batalhão após a sua saída de Santana do Ipanema e o seu retorno à “Rainha do Sertão”.
30.09.1936. Maceio (AL). É criado pelo governador Dr. Osman Loureiro de Farias, através da lei n0 1288, de 30 de setembro de 1936, o 20 Batalhão de Polícia de Alagoas, em Maceió. Seu primeiro comandante foi, então, major José Lucena de Albuquerque Maranhão.
1936. Santana do Ipanema (AL). O Batalhão é deslocado para Santana do Ipanema.
Maceió (AL). Retorna Maceió tempos depois do caso Angicos.
08.01.1961. Santana do Ipanema (AL). Retorna a Santana do Ipanema (AL).
31.07.1962. Maceió (AL). Retorna à capital.
24.031967. Maceió (AL). É transformado em 30 Batalhão de Polícia de Alagoas, com o nome de “Batalhão Coronel Lucena”.
23.10.1982. Arapiraca (AL). O 30 BPM é deslocado para Arapiraca com o busto do coronel Lucena.
1992. Arapiraca (AL). O 30 BPM é denominado “Tenente João Bezerra”.
1992. Santana do Ipanema (AL). É criado o 70 Batalhão de Polícia Militar em Santana do Ipanema, com o nome “Batalhão Coronel Lucena”. O busto de Lucena é deslocado de Arapiraca para Santana, definitivamente. (9).
* Histórico extraído do livro “Lampião em Alagoas” de Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Fausto.








                                                                          


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