segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

 

PAU-BRASIL

Clerisvaldo B. Chagas, 16 de fevereiro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.471

 



“Árvore de até 30 m (Caesalpinia echinata) da família das leguminosas, subfamília cesalpinioídea que outrora habitava o litoral brasileiro, do Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro, e hoje em dia é bastante rara, com casca tanífera, madeira de cerne vermelho e tinta da mesma cor, folíolos pequeninos, flores amarelas  e vagens oblongas, também cultivada como ornamentais e por usos medicinais; arabutã, árvore-do-brasil, Arubatã, brasilaçu, brasilete, brasileto, brasil-rosado, ibirapiranga, ibirapitá, ibirapitanga, ibirapuitá, imbirapatanga, muirapiranga, orabutã, pau-de-pernambuco, pau-de-tinta, pau-pernambuco, pau-rosado, pau-vermelho, sapão”. (Wikipédia)

Uma árvore com tantas denominações indígenas e regionais, foi quase extinta no Brasil pela ambição desmedida dos europeus. Além do nome pau-brasil, esse vegetal é semelhante ao papagaio com seus matizes verdes, carimbados como brasileiros. Suas folhas são belíssimas como se tivessem sidos rendadas pelas mais exímias rendeiras do Nordeste. Como o pau-brasil é uma árvore que pode chegar aos 30 metros de altura, bom que seja plantada em fazendas, parques, sítios e chácaras. Não é aconselhável seu plantio para arborização de ruas devido ao seu porte, mas também, cultivada nas ruas, não encontra terreno fértil, afina, entorta o tronco e se amarra em, aproximadamente, 3 a 4 metros de altura. Mesmo assim é de uma beleza desconcertante com suas folhas em cachos suaves e amarelos. Costuma ser visitadas por borboletas, abelhas e pássaros pequenos.

Temos o privilégio em ter a companhia de um pau-brasil na casa vizinha e na arborização da Rua José Soares Campos onde a maioria das árvores são de algumas espécies de Acácia. A arabutã, além de conservar parte da história do Brasil em nossa rua, é até motivo de pesquisa pela sua raridade e folhagem majestosa. Além das sombras para descanso dos passantes, essas árvores atraem os pássaros rurais que invadem as nossas ruas como rolinhas, bem-te-vis e beija-flores que nos oferecem canto e companhia na solidão do Covid 19.

E diante da via completamente deserta, não resistimos a formosura da árvore pau-brasil e zás! Tome uma foto de celular para adoçar os nossos escritos.

PAU-BRASIL EM TEMPO NUBLADO (FOTO: B. CHAGAS).

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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domingo, 14 de fevereiro de 2021

 

ALAGOAS/SERGIPE

Clerisvaldo B. Chagas, 15 de fevereiro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.470



 

Penedo, município localizado às margens do rio São Francisco, foi o primeiro núcleo habitacional de Alagoas. Coisas ainda dos primeiros navegantes portugueses após o descobrimento do Brasil. Depois de cinco séculos de história, o núcleo ribeirinho continua encantando turistas de todas as partes do mundo. É uma das mais belas cidades do nosso território, cheia de sobrados e histórias sem fim. Mas, apesar de carregar nas costas cinco séculos de existência, “enterraram uma cabeça de burro” na travessia de balsas no rio São Francisco que impediu até agora a construção da ponte Penedo (Alagoas) – Neópolis (Sergipe). Bastante progressista, Penedo recebeu um baque com a ponte Porto Real do Colégio – Propriá. Continuou de forma medieval transportando passageiros e coisas na base do remo e do motor de embarcações. Por tudo que representa, Penedo não merecia o descaso federal da obra citada.

Vamos colocar abaixo mais um texto sobre construção da ponte que se tornou sonho do outro mundo. Até a Imprensa cansou de publicar notícias que afirmavam o início das obras sobre o rio São Francisco. Estar muito pior do que aquela antiga novela do asfaltamento Carié – Inajá. Povo iludido há mais de 40 anos, porém, esse seriado enganador finalmente teve um final feliz. Semana passada, mais uma vez a Imprensa da terra volta a tocar no assunto dizendo: “O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, informou ao senador Fernando Collor (Pros) que já dispõe em mãos de um projeto da Companhia do Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) para a construção da ponte que vai ligar o município de Penedo”.

A enganação e o descaso com a cidade levam de primeira um descrédito enorme, porém, políticos em busca de reeleição inauguram obas até duas vezes como fizeram com a de Porto Real de Colégio – Propriá. Nesse caso somente resta aos interessados das duas unidades da federação, uma entrada na briga ou o olho arregalado na espera da moita.

Porém, enquanto a ponte fica no sai, mas não sai, você poderá fazer uma visita a terra do saudoso escritor Ernani Otacílio Mero e se deliciar com tantas belezas acumuladas do tempo de balsas e canoas.

PARCIAL DE PENEDO. (FOTO: PREFEITURA/DIVULGAÇÃO

 


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