quinta-feira, 13 de junho de 2024

 

SANTO ANTÔNIO

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de junho de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.060



 

Essa era mais moderna em que estamos vivenciando, mudou inúmeras coisas regionais e no mundo inteiro. Ontem, véspera de Santo Antônio, um dos santos mais queridos e apreciados do Nordeste Brasil, não houve aquela animação costumeira do passado, em nossa cidade. Porém, houve foguetório e animação em sua igreja no Bairro Floresta desta cidade. A igreja de Santo Antônio fica localizada entre o Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo e o início da rua principal. Quase sempre encontramos o templo fechado, mas no dia do padroeiro do bairro, tem bastante movimento com as programações organizadas por alguns moradores. A igreja de Santo Antônio ainda não ficou independente, faz parte da paróquia de São Cristóvão que tem sede no bairro Camoxinga.

Os grandes entendidos do assunto, dizem que Santo Antônio é o santo de maior prestígio no céu. Nos festejos juninos de décadas atrás, havia muitos movimentos relativos ao Santo, no cenário da tradicional fogueira montada na porta de casa na cidade ou nos amplos terreiros das fazendas. Além de alguns rituais de tradição realizados pelos populares na própria fogueira ou no seu entorno, havia também outras formas de crenças que não dependiam da fogueira. Olhar se via o próprio rosto numa bacia com água, para ver se no ano seguinte ainda estaria vivo.  Enfiar uma faca no tronco da bananeira para retirá-la depois com o nome do futuro marido ou mulher, escrito na folha. Roubar o santo e colocá-lo de cabeça para baixo para fazer pedido, além de outros tipos de tradições que remontam de séculos passados

Notamos intensa alegria nas mulheres devotas de Santo Antônio. Até parece que todas as mulheres católicas do Nordeste são devotas do chamado Santo Casamenteiro. E sobre a devoção religiosa do povo santanense, têm ruas com nome de santos por todos os lugares, inclusive, um núcleo habitacional novo e muito pobre que se formou no sopé do serrote do Gonçalinho e que recebeu popularmente o nome de Santo Antônio, mas não sabemos se é bairro oficial ou não.

Santo Antônio rogai por nós.

SANTO ANTÕNIO (DIVULGAÇÃO).

 

 


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quarta-feira, 12 de junho de 2024

 

RIACHO TEM FORÇA

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de junho de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 305??



 

É conversando com um amigo perto de casa, que vamos falando do progresso das últimas décadas na região. Focamos a força dos riachos que parecem insignificantes, mas durante certo período como agora dava dor de cabeça em transeuntes. Um deles era o riacho Salgadinho que nasce na Reserva Tocaia e escorre para o rio Ipanema. Com, no máximo 2 km de extensão divide os bairros Floresta e Domingos Acácio. Despeja no poço do Juá, parte mais larga do Ipanema no seu trecho urbano. Quase inexistente no verão, valente no inverno impedindo o tráfego entre os dois bairros. Teve pequena ponte construída por Adeildo Nepomuceno e depois alargada por Isnaldo Bulhões, ambos, então, prefeitos. A ponte foi um fator de importância de desenvolvimento daquela parte da urbe.

Outro riacho, inúmeras vezes mais encorpado, é o João Gomes (tipo de beldroega) que agia do mesmo modo ao cortar a antiga rodagem Santana do Ipanema – Olho d’Água das Flores. Os mascates que transitavam por ali no tempo de inverno, juntamente com aqueles habitantes rurais, muito sofriam quando o rolo d’água do riacho cortava a estrada principal. Havia muito malabarismo de pessoas que procuravam atravessar outras pessoas e mercadorias na passagem através de cordas. Ficavam parados à margem do João Gomes, dezenas de caminhões de mascates, carros pequenos, carros de bois, cavalos, jumentos, burros e habitantes a pé. A ponte ali construída permitiu a evolução regional, porém, continua a mesma ponte que nunca foi alargada para servir ao asfalto que chegou.

O outro riacho totalmente santanense é o Camoxinga que deu origem ao nome do maior bairro da cidade e que se desdobrou em outros. O riacho vem do sítio Pinhãozeiro com nascentes em serra e escorre em rumo da cidade onde despeja no rio Ipanema também no poço do Juá, margem oposta do riacho salgadinho. O seu percurso na zona rural até parece não existir em tempo seco, porém, em épocas de chuvas o riacho se agiganta e leva tudo que encontra pela frente dentro do seu leito. Já carregou muitas pontes de madeira na sua foz. A última, feita em concreto, ainda tem o seu vão estreito apesar de ter sido alargada em gestão Isnaldo Bulhões. Estar precisando de obra de engenharia para modernizar o vão e entrar no Século XXI.

RIACHO CAMOXINGA, QUANDO MANSINHO.

 


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