terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

CONTANDO O TEMPO

CONTANDO O TEMPO
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de fevereiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.064

GINÁSIO SANTANA. (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).
       Numa festa de formatura do ABC fiquei impressionado com a dimensão dos festejos, com a organização, elegância, desenvoltura dos pequenos e as palavras da diretora. Foram inúmeras apresentações dos formandos, como danças, músicas e discursos. Apesar de toda aquela alegre agitação que orgulhava pais, avó, avô, tios e tias, não deixei de ficar atento às palavras da mestra: “Eles estão preparados. Eu afirmo, que eles estão preparados”. E por tudo que eu vi ali no “Espaço Jaraguá”, tive a certeza absoluta que sim, que eles estavam preparados para os próximos desafios, inclusive um dos três netos, o formando Davi José. E se ele quer ser cientista, acho que vai conseguir.
       Naquele momento lembrei-me do Ginásio Santana, de Santana do Ipanema. Participei como aluno de uma sequência de sete anos no antigo Ginásio Santana, com os seguintes diretores, não necessariamente pela ordem: Alberto Nepomuceno Agra, Eraldo Bulhões, Mileno Ferreira da Silva, Padre José Araújo, João Yoyô Filho, Tavarinho (juiz), Adelson Isaac de Miranda e José Pinto de Araújo. Mas teve uma sequência de bedéis também: Duda Bagnani, Lulinha, Sebastião Veríssimo, Costinha, José Augusto e Wellington Costa. Na oitava série, conclusão do Curso Ginasial, o doutor. Adelson Isaac de Miranda como despedida da turma, pronunciou palavras de incentivo aos estudos. Disse ele que nunca parássemos de estudar. Que por mais que nós tivéssemos pais sacrificados com despesas de escola, “apertássemos as goelas deles”, contanto que não parássemos os estudos.
       Claro que o doutor queria apenas enfatizar o valor do Saber. Muitos ginasianos não sentiam ânimo para ir além da oitava série. Mas, com a base que adquirimos no velho casarão, ninguém passaria vergonha nem em Maceió, nem no Recife onde todos os santanenses eram elogiados e admirados pelo conteúdo trazido do Sertão.
       E se ontem nós apertamos nas goelas, hoje nossas goelas são apertadas. Benditos apertos.
        Lamentamos apenas pelos que se perderam na caminhada.







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domingo, 17 de fevereiro de 2019

ALAGOAS E SUA BACIA LEITEIRA

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ALAGOAS E SUA BACIA LEITEIRA
Clerisvaldo B. Chagas, 18 de fevereiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.063

BATALHA-AL. (FOTO: ÂNGELO RODRIGUES/ARQUIVO).
       Famosa na Brasil inteiro, a Bacia Leiteira de Alagoas, localizada no Médio Sertão, ainda precisa ser melhor estudada. Uma bacia leiteira é uma zona de abastecimento do leite que abrange várias fazendas de criar. A Bacia Leiteira de Alagoas abarca uma área de 2.782,90 km2 e é composta por onze municípios, sendo eles: Cacimbinhas, Major Isidoro, Batalha, Belo Monte, Jacaré dos Homens, Jaramataia, Minador do Negrão, Monteirópolis, Olho d’Água das Flores, Palestina e Pão de Açúcar. O núcleo da bacia é considerado o trio: Jacaré dos Homens, Batalha e Major Isidoro. Dois municípios fazem parte do rio São Francisco como Pão de Açúcar e Belo Monte. Já Minador do Negrão fica nos limites Sertão/Agreste. A população da bacia gira em torno de 125.000 habitantes entre as áreas rural e urbana.
       Com o chamado Polo Leiteiro de Alagoas, ampliam-se esses municípios com Dois Riachos, Estrela de Alagoas, Igaci, Olivença, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema e São José da Tapera.
       A Bacia Leiteira é cortada por pelos rios Ipanema, Traipu, Jacaré e Farias. Famosa ainda a região pelos seus produtos derivados do leite: iogurte, queijos, achocolatados, manteiga, leite em pó e outros agregados ao agronegócio.
       Partindo-se do Alto Sertão para Arapiraca, polo do Agreste, corta-se a Bacia Leiteira, oportunidade para conhecer de perto vários aspectos da região. Não existe, porém, um sistema turístico, de modo que a curiosidade individual prevalece. Uma programação estudada para a Bacia Leiteira cobre todas as suas expectativas, dependendo do que se procura: negócios, cultura, gastronomia, história e cangaço, por exemplo.
       Atualmente a Bacia Leiteira conta com dois times de futebol na primeira divisão do campeonato alagoano. Um em Pão de Açúcar e outro em Olho d’Água das Flores.
       Você poderá ampliar os conhecimentos, incluindo também a área do Polo Leiteiro em suas viagens pelos sertões das Alagoas. Mas, com já foi dito, não existe guia profissional. Siga a propaganda: Descubra tudo sozinho.

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