INGLATERRA, PONTO Clerisvaldo B. Chagas, 24 de junho de 2016 Crônica N 0 1.538 LONDRES. Foto (gazetadopovo.com). A natureza hu...

INGLATERRA, PONTO

INGLATERRA, PONTO
Clerisvaldo B. Chagas, 24 de junho de 2016
Crônica N0 1.538

LONDRES. Foto (gazetadopovo.com).
A natureza humana é difícil de entender, as nações mais ainda, imagine o céu. Todos conhecem a história do pai que aconselhou aos filhos antes de morrer. As varinhas juntas, tão resistentes; varinha só, vulnerável e indefesa. Em quantos anos a Europa costurou sua união! Quando as coisas estão consolidadas, o inconformismo reinante no mundo bate à porta do Reino Unido. Ah, o planeta é repleto de ideias “brilhantes”. E se o homem associado não suporta a ideia alheia, não tem compreensão para a tolerância, como irá obtê-la sozinho?
Nenhuma nação isolada é coisa alguma, seja pequena ou grande. Mas a saída do Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte) da União Europeia, não irá afetar somente os separatistas. As consequências, caso se consolide a separação, respingará por aí, provocando muitas dores de cabeça.
Estamos vivendo uma transformação completa na Terra com problemas gigantescos que fazem lembrar os preâmbulos da Primeira e Segundo Grandes Guerras. A crise econômica, o terrorismo moderno, a fobia a estrangeiros, os dramas dos refugiados e as dezenas de conflitos sérios e regionais, vão corroendo os pilares da civilização. Portanto, o momento não nos parece de discórdia. Não é deixando a União Europeia que o Reino Unido vai respirar em paz e nem “lavar as mãos como Pilatos”.
O momento é perigoso com o esfacelamento da cadeia. Será que a possível saída da Inglaterra provocará o “efeito cascata”? Quando se pensa que os problemas dos países sub são enormes, gigantes são os males dos desenvolvidos. Até porque a humanidade inteira sempre pagou pelos acertos e erros dos titãs. Desenhar quadro sombrio não é correto, entretanto, o tempo (se ainda houver tempo) dirá sobre as cabeçadas das nações. Não só das cabeçadas, mas da tapona, do rabo de arraia e dos murros cegos.
Diz o ditado que só o usuário “sabe onde o sapato aperta”. É verdade, mas os “bicudos” que saem do sapato não atingem o dono, mas sim quem está por perto.
Por via das dúvidas, “olho no peixe, olho no gato”.
       Você já sabe para quem sobra a conta.

INGLATERRA, PONTO Clerisvaldo B. Chagas, 23 de junho de 2016 Crônica N 0 1.538 LONDRES. Foto (gazetadopovo.com). A natureza hu...

INGLATERRA, PONTO

INGLATERRA, PONTO
Clerisvaldo B. Chagas, 23 de junho de 2016
Crônica N0 1.538

LONDRES. Foto (gazetadopovo.com).
A natureza humana é difícil de entender, as nações mais ainda, imagine o céu. Todos conhecem a história do pai que aconselhou aos filhos antes de morrer. As varinhas juntas, tão resistentes; varinha só, vulnerável e indefesa. Em quantos anos a Europa costurou sua união! Quando as coisas estão consolidadas, o inconformismo reinante no mundo bate à porta do Reino Unido. Ah, o planeta é repleto de ideias “brilhantes”. E se o homem associado não suporta a ideia alheia, não tem compreensão para a tolerância, como irá obtê-la sozinho?
Nenhuma nação isolada é coisa alguma, seja pequena ou grande. Mas a saída do Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte) da União Europeia, não irá afetar somente os separatistas. As consequências, caso se consolide a separação, respingará por aí, provocando muitas dores de cabeça.
Estamos vivendo uma transformação completa na Terra com problemas gigantescos que fazem lembrar os preâmbulos da Primeira e Segundo Grandes Guerras. A crise econômica, o terrorismo moderno, a fobia a estrangeiros, os dramas dos refugiados e as dezenas de conflitos sérios e regionais, vão corroendo os pilares da civilização. Portanto, o momento não nos parece de discórdia. Não é deixando a União Europeia que o Reino Unido vai respirar em paz e nem “lavar as mãos como Pilatos”.
O momento é perigoso com o esfacelamento da cadeia. Será que a possível saída da Inglaterra provocará o “efeito cascata”? Quando se pensa que os problemas dos países sub são enormes, gigantes são os males dos desenvolvidos. Até porque a humanidade inteira sempre pagou pelos acertos e erros dos titãs. Desenhar quadro sombrio não é correto, entretanto, o tempo (se ainda houver tempo) dirá sobre as cabeçadas das nações. Não só das cabeçadas, mas da tapona, do rabo de arraia e dos murros cegos.
Diz o ditado que só o usuário “sabe onde o sapato aperta”. É verdade, mas os “bicudos” que saem do sapato não atingem o dono, mas sim quem está por perto.
Por via das dúvidas, “olho no peixe, olho no gato”.
       Você já sabe para quem sobra a conta.

  IBATEGUARA E O AMOR Clerisvaldo B. Chagas, 23 de junho de 2016 Crônica N 0  1.537 IBATEGUARA. Foto (mapio,net). Até que se ...

IBATEGUARA E O AMOR

 IBATEGUARA E O AMOR
Clerisvaldo B. Chagas, 23 de junho de 2016
Crônica N0 1.537

IBATEGUARA. Foto (mapio,net).
Até que se deslocar de Busão é divertido. Quando o bicho parou no sinal, a Van encostou ao lado com a faixa: Ibateguara. Como li em voz alta o nome da cidade alagoana, o motorista indagou: “O senhor é de lá?”. “Não, não...”. Aí o homem parece que estava inspirado e começou a falar do lugar. Não falava mal, apenas mostrava os seus conhecimentos. “E o senhor vai pesquisar em Ibateguara? Lá faz um frio da peste, pense! Olhe senhor, faz mais frio de que em Garanhuns. Ah, se fica perto de Pernambuco? Fica assim a uns vinte quilômetros, sabe?! Eita que frio eu passei ali”. Aguardei novas frases do homem.
“O Senhor viu o tanto de milho que a gente vai encontrando? A mão do milho vai baixar para vinte reais. O ano passado chegou a cinquenta. Esse milho que o senhor estar vendo é tudo daqui da região e que o ano passado não era”
Nisso, uma senhora, gritou: “Motorista, não vai entrar, não?!” O condutor bateu na testa que quase quebra os dedos. “Eita boba serena! É mesmo, dona! Desculpe aí”. E fez uma manobra feia em trânsito infernal e seguiu calado. A mulher não suportou o silêncio do homem e adivinhou meu pensamento brincante com uma ironia: “Parece que o motorista estar amando...”. O cabra de cinquenta anos desatou uma gargalhada de rapaz. “Ave Maria, como a senhora acertou?”
Era tudo que a mulher queria. Um diálogo divertido se estabeleceu, ilustrando a viagem curta daquela tardinha. Da minha parte, além de me divertir, aprendi um pouco sobre o milho, a safra, Ibateguara e o amor.
Vamos de busão, Maria?