“DEPOIS DE MIM, O DILÚVIO” Clerisvaldo B. Chagas, 5 de setembro de 2016. Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.569        ...

"DEPOIS DE MIM, O DILÚVIO"

“DEPOIS DE MIM, O DILÚVIO”
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de setembro de 2016.
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.569
                                                                          

Finalmente os bandidos venceram. Uma quadrilha orquestrada e inconformada com a vitória dos pobres; com as conquistas dos negros em universidades; com a interiorização de cursos superiores; com os direitos dos idosos; Com o crescimento sistemático do Nordeste. Com a escancarada roedeira em perder para um torneiro mecânico; com o mais médico para os infelizes; com o salário mínimo crescente para a pobreza; com a minha casa minha vida para o miserável; com a falta de voto no bizaco; com a ameaça constante de prisão pela Lava Jato e mais e mais e mais...
“A História da Revolução Francesa e da própria França foi marcada, pelo menos a partir de 1792, pelo percurso destes dois homens e pela tensão que entre eles se estabeleceu. Perdido às mãos de Robespierre, que provocaria a sua morte em 5 de abril de 94, Danton profetizou, a caminho do cadafalso, igual destino para o seu rival: ‘Vil Robespierre! Tu me seguirá. Tua casa será arrasada, e o solo que a sustenta semeado de sal’. A 28 de julho do mesmo ano seria a vez da cabeça de Robespierre rolar para o cesto de Samson”.
Fazemos aqui às vezes de Dilma e de Danton: “Vil infeliz traidor e golpista Temer! Tu me seguiras!”
Já iniciou o desmonte do Brasil. Os direitos conquistados pelos pobres, pelos humildes, pela classe trabalhadora, começam a desabar como castelos de cartas. Ninguém sabe agora qual o futuro do país com essa quadrilha denunciada constantemente pelos jornais do mundo inteiro. Quem sabe se a Lava Jato continuará e fará justiça a todos! Os bandidos continuarão no poder dando às diretrizes aos cidadãos de bem! As forças armadas perderão a paciência e fecharão as casas dos poderes repletas de ladrões? O povo pegará em armas?
Ah! Faltou à legítima presidente dizer como Luís XV disse na França: “Depois de mim o dilúvio”.





ESTAR FALTANDO Clerisvaldo B. Chagas, 26 de agosto de 2016 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Para Jonas Pacífico Crônica 1.568 ...

ESTAR FALTANDO

ESTAR FALTANDO
Clerisvaldo B. Chagas, 26 de agosto de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Para Jonas Pacífico
Crônica 1.568

Foto: (verdadealagoas).
Muito bem observada pelo conterrâneo Jonas Pacífico, o lugar de emprego do “Seu Basto”, o homem que virou mito futebolístico em Santana do Ipanema, Alagoas. Gostaria de pelo menos conhecê-lo através de foto.
Não foi somente uma vez em que me referi ao padre Bulhões, ao Departamento Nacional de Obras Contra a Seca – DNOCS – e ao Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER, nos meus escritos. Foi apelos aos cultos ou quase isso que trabalharam nesses departamentos e aos que foram ligados ao vigário santanense.
As duas repartições têm história fecunda em Santana, ocasião em que eram os dois maiores centros de referência da cidade. Construções de açudes, rodagens, pontes, pontilhões, bueiros, futebol, professores, engenheiros e fontes infindáveis de empregos... Duas vigas mestras de desenvolvimento regional. Pedi sempre aos que trabalharam nessas repartições que escrevessem um livro sobre cada uma, pois eles sabiam de tudo. Ninguém, amigo, absolutamente ninguém se prontificou. Inúmeras dessas pessoas cultas partiram, outros se arrastam na idade e as repartições morreram sem literatura. Tudo que foi escrito está no geral do “Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema”.
O mesmo apelo fizemos em relação ao padre Bulhões, cuja vida daria um livrão bastante colorido. Nada! E Santana perdeu ainda fresquinho, um mundo de dados importantíssimos do seu acervo histórico, tanto pela apatia dos seus filhos, quanto pela indiferença e ignorância de seus gestores.

Sei não, deixe continuar para saber como é que fica. Gestor na minha terra sempre foi caso perdido. 

O IPANEMA E JOÃOZINHO Clerisvaldo B. Chagas, 25 de agosto de 2016 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.567 Foto: (sober...

O IPANEMA E JOÃOZINHO

O IPANEMA E JOÃOZINHO
Clerisvaldo B. Chagas, 25 de agosto de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.567

Foto: (soberaniadopovo).
Quando me entendi de gente, o Ipanema Futebol Club estava no auge. Derramava cachoeiras de vitórias sobre as cabeças eufóricas dos santanenses. Comandava o esquadrão verde e amarelo, um desportista que trabalhava no antigo DNER, a quem todos o chamavam de “Seu Basto”. A ele eram atribuídas tantas vitórias e a marcha gloriosa do timaço. Nunca o conheci pessoalmente. Centenas de jogadores ficaram famosos no Sertão e no estado naqueles períodos gloriosos. Já encontrei em pleno desenvolvimento futebolístico, atuando no mesmo time, os irmãos Jair, Zuza e Joãozinho. Zuza, um dos maiores armadores que eu conheci e que antes era goleiro. Não quero citar o nome do time completo, principalmente dos mais famosos, por esse trabalho ser específico. Sempre considerei Joãozinho como o mais carismático entre todos.
Nas explosões emocionais de Otávio Marchante – considerado o torcedor número um do Ipanema – havia uma predileção enorme por aquele homem que dava segurança ao time. Torcedor que não parava em lugar nenhum do estádio, Otávio passava os noventa minutos da partida rodeando o campo e indicando aos berros o nome de cada um dos nossos aos adversários, especialmente o de Joãozinho. Com o estádio ainda novo (murado pelo político Arnon de Mello em troca do nome lá no alto) o Ipanema de Joãozinho foi durante a década de 50, a página mais gloriosa de Santana do Ipanema, em Alagoas.
Popular mais do que o jogador, em Santana, ninguém. E os meninos de Seu Zé V8 foram cumprindo assim a jornada decente de lutas e glórias por aqui. Por aqui por esse mundão que está sempre se renovando como os mais belos jardins, com filhos, netos e bisnetos.