ESPETACULAR E LOUVÁVEL Clerisvaldo B. Chagas, 17 de outubro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.760 FOTO: (NEX...

ESPETACULAR E LOUVÁVEL

ESPETACULAR E LOUVÁVEL
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de outubro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.760

FOTO: (NEXUS).
Mais um maravilhoso feito humano que se esconde por trás de tantos noticiários negativos do mundo. O Continente Africano está construindo uma barreira de árvores contra os rigores do clima, numa vasta região. É uma imensa barreira também chamada Grande Muralha Verde que vai de Leste a Oeste, num extensão de 8.000 km e 15 km de largura. Passa a Grande Muralha por 11 países, tentando evitar a desertificação. Entre esses países, o Senegal foi o que mais avançou com o plantio de 11 milhões de árvores. O projeto estar conseguindo reverter à desertificação. Diz um dos moradores do local que antes o vento escavava e desgastava o solo. Agora a sombra e a compostagem das folhas deixam o solo mais úmido.
Antes dominava por ali a fome e a migração. Após o plantio das árvores formam-se também jardins de plantio agrícola feitos pelas mulheres. Outro resultado é que seus habitantes deixaram de migrar e seguem a linha da Grande Muralha Verde, em busca de empregos. Esse parece ser um dos projetos de recuperação contra a fome numa África conturbada por guerras regionais, ambição de poder, devastação dos campos agrícolas e esquecimento pelas nações adiantadas. Falta muito ainda para a conclusão do projeto que tem custo estimado em 25 bilhões de reais. Existe uma busca por fundos pelo Banco Mundial, ONU, União Africana e os Jardins Botânicos do Reino Unido para continuar o plantio. A fonte é da BBC Brasil, 2017.
É pena não ter saído mais informações como os técnicos envolvidos diretamente no Projeto e nem os nomes dos onze países participantes da Barreira de Árvores. Mas se vê que as ações ocorrem na parte mais larga do Continente, logo abaixo do deserto de Saara. O Senegal, ponto de referência, é o país que mais avança em direção oeste, sendo banhado pelo Oceano Atlântico. Não sabemos se a barreira até o outro lado é em linha reta para apontarmos os outros países, mas na ponta leste, em linha reta está a Eritreia e Djibuti no golfo de Áden, Oceano Índico, bem perto do chamado Chifre da África.
 Louvemos aos construtores que beneficiam a humanidade!

 


GÊNESE DE SANTANA DO IPANEMA Clerisvaldo B. Chagas, 16 de outubro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.759 MATA...

GÊNESE DE SANTANA DO IPANEMA

GÊNESE DE SANTANA DO IPANEMA
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de outubro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.759

MATA VERDE, EXPANSÃO DO BAIRRO BARRAGEM. Foto (Clerisvaldo B. Chagas).
No livro “O Boi, a Bota e a Batina; História Completa de Santana do Ipanema” encerramos a história com um capítulo à parte da Geografia: Gênese de Santana. Trata-se de uma explicação cristalina, lógica e bela de como a cidade cresceu e se expandiu com seus principais pontos de referência. O maior documentário jamais produzido no interior, diz que a cidade de Santana do Ipanema, foi a princípio, dividida em seis grandes blocos. São eles: Centro Comercial, Bairro Maniçoba/Bebedouro, Bairro Camoxinga, Bairro Domingos Acácio, Bairro Floresta e Conjunto Eduardo Rita. O autor descreve a origem de cada um dos seis blocos, a expansão de cada e os novos lugares seus originários.
Como se nasce e cresce em uma cidade sem conhecer a sua história? A expansão de Santana do Ipanema, no “O Boi, a Bota e a Batina; História Completa de Santana do Ipanema” é minuciosa e única. Exemplo: O núcleo geral, atualmente chamado Rua da Baraúna, é fruto da expansão do Bairro Camoxinga, isto é, seu filho. E a região onde se situa o Colégio Estadual, para os desavisados, também é expansão do Bairro Camoxinga, mas não é. A região do Estadual surgiu muito antes, como estrada dos que vinham da serra do Poço e Camoxinga dos Teodósios e outros lugares. Iniciou sua expansão após a venda da sede da fazenda do Intendente/Interventor Frederico Rocha  para ali ser construído um quartel do Exército. O quartel foi construído, o prédio ocupado por certo tempo, mas depois abandonado por falha na estratégia do lugar escolhido. Então o prédio foi transformado em colégio, até hoje.
Esta “palhinha” dada agora estará sendo apresentada em nossa palestra no próximo dia 28, no lançamento da Coletânea das professoras Lícia Maciel e Kélvia Vital, no local Câmara de Vereadores. Enquanto aguardamos da gráfica o término da nossa impressão do livro/enciclopédia “230, Um Monumento Iconográfico aos 230 Anos de Santana do Ipanema”, vamos caçando patrocinador para o Boi e a Batina, uma vez que sua participação em concurso para publicação pela Gráfica Graciliano Ramos teve a surpresa do concurso anulado por falha no Edital, assim repassado para nós. Esperamos a sua presença, embora a nossa parte tenha espaço limitado diante do evento que se estenderá pela manhã e à tarde. Por outro lado, ministramos palestras sobre a História e Geografia de Santana e Lampião em Alagoas, em qualquer lugar, mediante entendimento profissional.







                                                                       

   HOTÉIS NO SERTÃO DE ALAGOAS Clerisvaldo B. Chagas, 13 de outubro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.758 HO...

HOTÉIS NO SERTÃO DE ALAGOAS

  HOTÉIS NO SERTÃO DE ALAGOAS
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de outubro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.758

HOTEL CENTRAL. Foto: (Clerisvaldo B. Chagas).
O sistema de hospedagem é bastante antigo na história universal. Representa a maneira pensada e agradável de receber pessoas de outros lugares com eficiência, respeito e agrado. É navegando pelas fotos antigas, dialogando, rindo e chorando pelo pretérito que a lembrança medra. Assim revemos o nosso sertão velho de guerra que mesmo em passado de mais de uma centena de anos, já era versado na arte de hospedar. Claro que o conforto era de acordo com a época e do desdobramento do hospedeiro. Em todas as cidades do Sertão alagoano, sempre havia pelo menos um pequeno hotel ou a chamada “pensão” que representava uma espécie de segunda classe do hotel.
Em Santana do Ipanema, representando todo o semiárido, alcançamos ainda alguns hotéis nos moldes tradicionais. O mais antigo às nossas lembranças é o hotel, cujo nome não lembramos. Funcionava no casario da Rua Barão do Rio Branco, perto ou talvez no lugar onde foi construído o prédio do Cine Alvorada.  Pertencia a Maria Sabão. Posteriormente, Maria Sabão mudou-se para o até hoje denominado “Casarão da Esquina” com o Hotel Central (talvez com o mesmo nome do anterior) e que atravessou décadas, como o mais procurado da cidade.
Depois, funcionando pela ordem, veio primeiro o “Hotel Santanense”, no Bairro Monumento, apontado também como o hotel de Dona Beatriz. Mais à frente mudou de dono, até fechar. Ainda no Bairro Monumento, defronte os Correios, foi instalado o “Hotel Avenida”, cujo proprietário era o senhor Leuzinger Melo. Como era uma pessoa excêntrica, várias anedotas verdadeiras foram contadas sobre o dia a dia de Leuzinger e seus hóspedes. Ainda no Bairro Monumento, por trás do banco do Brasil, funcionava o hotel de Maria Valério e, no Bairro Camoxinga, uma hospedaria no edifício da Churrascaria Maracanã, pertencente ao chamado “Seu Neguinho”. Havia ainda nas imediações do quadro da feira, a pensão de Dona Rosa. Falar nisso, um  caixeiro-viajante que sempre se hospedava ali, gostava de expor à pensão:

“Seu Mané
Como é que pode
Seu Mané
Como é que pode
Na pensão de Dona Rosa
Só tem bode
Só tem bode”.

Na penúltima fase, para substituição de todos os hotéis que fecharam, surgiram em Santana as pousadas espalhadas por diversos lugares. Finalmente volta à moda dos hotéis, desta feita com um quatro estrelas representando o que há de mais moderno em hospedagem, no Bairro São Vicente.
Até o sono chegou, vamos guardar o amontoado de fotos.