SUA FOTO É PRECIOSA Clerisvaldo B. Chagas, 29 de novembro de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.224 CAIXA D...

SUA FOTO É PRECIOSA


SUA FOTO É PRECIOSA
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de novembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.224
CAIXA D'GUA NO SÍTIO. (FOTO: JEAN SOUZA).

1.    Sua foto pode ser com máquina fotográfica, celular e outros meios. Comum ou diferente, chamada artística.
2.    Você pode separar as melhores, fazer um álbum para exibir às visitas, expor na casa de amigos, nas praças ou em repartições públicas. Dê nome a cada uma delas. Coloque data de captura. (Às vezes dá prêmio).
3.    Ao publicar na Internet, não deixe sua foto sem mãe nem pai. Cada foto tem sua história. Resuma a história da foto, identificando-a. Um prédio, uma praça ao fundo, pode fazer muita diferença para quem pesquisa e vai precisar daquele detalhe esquecido por você.
4.    Procure fotografar com nitidez. De oito as dez e as dezesseis, são horas melhores para fotografar natureza.
5.    Caso você seja profissional faça sua galeria, coloque preço e advertência sobre direitos autorais.
6.    Em minha opinião, ao ser publicada uma foto, deixe que o mundo a use sem problemas, solicitando apenas colocar o crédito. Faça o mesmo com as fotos alheias. Se você canta em público, diga sempre quem é o compositor da música que você vai cantar. Assim deve ser o uso da foto de outrem.
7.     Qualquer tipo de fotografia pode ser aproveitado por um pesquisador para ilustrar os seus trabalhos, até mesmo a sua própria imagem.
8.    Por fim, um exemplo em nossa ilustração de hoje. Foto do site “Sertão na Hora”, sobre a colocação de caixa d’água no sítio Olho d’Água do Amaro, em Santana do Ipanema. Veja a nitidez, calcule a hora em que ela foi tirada, repare nos arredores da figura central. Autor: Jean Souza. Pode-se dizer: bela foto. Não interessa se o tema lhe agrada ou não.
Esperamos ter contribuído com alguma coisa.

SANTANA: REVELAÇÃO Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano                              ...

SANTANA: REVELAÇÃO


SANTANA: REVELAÇÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
                                                          Crônica: 2.223                           
Serra Aguda abrigará a maior estátua sacra do mundo (Foto: B. Chagas).
                               

Temos inúmeras revelações para Santana do Ipanema, sobre Geografia, Sociologia e História da zona rural. Isso é coisa, porém, para mais adiante. Inclusive, uma revelação bombástica na Geografia do município e sertaneja, verdadeiro furo jornalístico. Mas, vamos a de hoje. O riacho João Gomes tem, grosso modo, entre nove e doze quilômetros. Escorre dentro do município na zona rural. Seu curso superior passa pelas faldas sul da serra Aguda onde se pretende erguer a estátua sacra mais alta do mundo e margeia uma reserva particular de caatinga.  O curso médio passa próximo a uma segunda reserva particular e corta a AL-130. Pertinho, será adaptado um matadouro de pequeno porte para o abate de bovinos. Ao cortar a AL penetra na terceira reserva que pertence ao governo. No curso inferior será construída a prometida gigantesca barragem.
Mas por que o riacho se chama João Gomes, a muitas e muitas gerações? Será que se refere a antigo morador das suas margens? Nunca se ouviu dizer que alguém saiba o motivo. Pois bem, vamos à revelação. João Gomes se refere a uma planta conhecida no sertão como “beldroega” (Família das Portulacaceae). Planta usada como alimento juntamente com o “bredo” durante a Semana Santa, do litoral ao sertão. Segundo a medicina popular serve para problemas urinários, intestinais, gástricos, regeneração da pele, fadiga, coceiras, pruridos, eczemas, calos, edemas, ferimentos e cortes e infecções urinárias; ainda é diurético, depurativo e emoliente.
Estar aí, portanto, desvendado o mistério do riacho João Gomes: riacho das beldroegas; riacho onde prolifera em suas margens e leito seco, a planta medicinal e comestível joão gomes.
Quanto ao modo de consumir a erva, o interessado deve procurar em outras fontes.
O riacho João Gomes nasce no sítio Tingui, passa por vários outros sítios e desemboca no rio Ipanema, pela margem direita no também sítio Barra (foz) do João Gomes.
Pesquisar é descobrir, leitura é conhecimento.






DISCORDO DE TESE (II) Clerisvaldo B . Chagas, 26 de novembro de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.222 PONTE SO...

DISCORDO DE TESE (II)


DISCORDO DE TESE (II)
Clerisvaldo B. Chagas, 26 de novembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.222
PONTE SOBRE O RIO IPANEMA (FOTO: LIVRO "230"/B..CHAGAS).

Até o início do Século XXI, o entorno de Santana do Ipanema continuava preso em relação às vendas. Os proprietários não se desfaziam das suas terras, tornando a cidade limitada. Mas quando os primeiros nós foram desatados, logo outros nós tomaram o mesmo destino e vendas de terras foram acontecendo quase de repente em sentidos norte, sul, leste e oeste. Surgiram postos de gasolina, supermercados, conjuntos residenciais e até escolas superiores. Essa foi a grande expansão geral que no momento não conta com limites. Tem sempre – como o início dos tempos no município – a motivação comercial. O segundo maior comércio do interior (só perde para Arapiraca) e o mais bonito do estado.
E de algumas poucas famílias que vieram morar na cidade por complicações com Lampião, temos os Amaral vindo de Inajá, Pernambuco. Lembramos Seu Marinheiro com a “Casa Ideal”, loja de calçados de luxo, situada em pleno Comércio, onde comprávamos sapatos, cinturão, chapéu e muito mais. Ainda no comércio, vizinho à antiga Cadeia Velha (já extinta) um dos seus filhos também instalou uma loja de calçados quase igual ao do seu pai, Marinheiro. Hamilton era casado com Dona Terezinha Simões e moravam bem perto da Casa Ideal. (aperreei muito, tocando a cigarra e correndo). O pai de Dona Terezinha, possuía venda na Ponte do Padre e produzia o melhor torreiro da época. Chamava-se, imagino, Antônio Simões. Depois Hamilton construiu residência no Bairro Monumento e mudou-se do Comércio. Pacífico e educado faleceu ainda jovem.
Lourival Amaral era irmão do senhor Marinheiro. Galego, músico pertenceu às orquestras da cidade e tocava tuba. Ninguém tinha o direito de contar uma história mais bem contada do que Lourival Amaral. Tinha dom para narrar aventuras coloridas imitando o vento, a chuva, o trovão... Algumas passagens engraçadas sobre ele já foram contadas em livro por outro escritor santanense. Temos ainda o chamado Valter de Marinheiro (filho) que chegou a construir um cinema no Bairro Camoxinga com o nome de Cine Wanger (filmes pornôs explícitos). Hoje o prédio, que vai de uma rua a outra, é loja sofisticada de móveis.
E assim, algumas poucas famílias que chegaram por causa de Virgulino, dedicaram-se ao trabalho honesto e duro, ajudando o progresso da “Rainha do Sertão”.