BRINCOS NOVOS NA PRINCESA Clerisvaldo B. Chagas, 9 de dezembro de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.225 ...

BRINCOS NOVOS NA PRINCESA



 BRINCOS NOVOS NA PRINCESA
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de dezembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.225

AÇUDE DO GOITI. (FOTO: B. CHAGAS/REP. A GEOGRAFIA DE ALAGOAS).
Mulher é sempre um ser muito vaidoso. Brincos, batons e outros babados fazem parte do ego e dos atrativos que conquistam os homens. Bem assim, ornamentos eficazes não podem ficar indiferentes nas cidades adormecidas.  Assim, além de tantas obras realizadas, Arapiraca, Agreste Alagoano, transformou água em vinho com o tal falado Lago do Perucaba. Beleza e toque futurista ganharam espaço na Capital do Agreste. Em Santana do Ipanema ainda há espaço para uma transformação semelhante. Trata-se do açude do Bode, na periferia, adormecido desde que chegou água encanada na urbe. Uma transformação ali traria um cenário de proporção incrível e passaria a serem os mimos ao filho caçula da Rainha do Sertão. Mesmo assim, o espaço Cônego Bulhões, corresponde de outra forma ao embelezamento urbano.
Assim Palmeira dos Índios, faz muito bem em repaginar o centro da cidade que tanto precisava: o esvaziamento do chamado Açude do Goiti, para dragagem, limpeza e obras no entorno. Goiti é um dos montes dos seus limites, de cujas montanhas escorrem as águas que alimentam o açude. No monte Goiti, foi colocada a imagem de um cristo que recebeu popularmente o nome Cristo do Goiti. Também o açude formado no sopé e no centro da cidade, recebeu a mesma denominação do monte. A ponte do Comércio sobre parte do açude, muito antiga, receberá nova edição, segundo comentários. É ali onde estacionam camionetas e vans vindas do Sertão, principalmente em dia de feira-livre. Muitas obras já foram feitas naquela área, mas com as novas diretrizes, haverá transformação para melhor, elevando o tradicional cartão postal Xucurus.
Palmeira dos Índios fica perto da fronteira com o Sertão, grosso modo, na linha do rio Traipu. Tem como atrativos suas montanhas (entre elas a famosa serra das Pias), museus, comércio de fronteira e o fato de ter adotado Graciliano Ramos, o escritor de Quebrangulo. Fomos visitar o Cristo do Goiti – na época, um pouco desprezado – mas valeu a altitude que mostra um cenário deslumbrante que faz qualquer ser humano virar sonhador.
Torcemos para que o empreendimento municipal tenha êxito e os palmeirenses coloquem mais um brinco de ouro na “Princesa do Sertão”.









SUA FOTO É PRECIOSA Clerisvaldo B. Chagas, 29 de novembro de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.224 CAIXA D...

SUA FOTO É PRECIOSA


SUA FOTO É PRECIOSA
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de novembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.224
CAIXA D'GUA NO SÍTIO. (FOTO: JEAN SOUZA).

1.    Sua foto pode ser com máquina fotográfica, celular e outros meios. Comum ou diferente, chamada artística.
2.    Você pode separar as melhores, fazer um álbum para exibir às visitas, expor na casa de amigos, nas praças ou em repartições públicas. Dê nome a cada uma delas. Coloque data de captura. (Às vezes dá prêmio).
3.    Ao publicar na Internet, não deixe sua foto sem mãe nem pai. Cada foto tem sua história. Resuma a história da foto, identificando-a. Um prédio, uma praça ao fundo, pode fazer muita diferença para quem pesquisa e vai precisar daquele detalhe esquecido por você.
4.    Procure fotografar com nitidez. De oito as dez e as dezesseis, são horas melhores para fotografar natureza.
5.    Caso você seja profissional faça sua galeria, coloque preço e advertência sobre direitos autorais.
6.    Em minha opinião, ao ser publicada uma foto, deixe que o mundo a use sem problemas, solicitando apenas colocar o crédito. Faça o mesmo com as fotos alheias. Se você canta em público, diga sempre quem é o compositor da música que você vai cantar. Assim deve ser o uso da foto de outrem.
7.     Qualquer tipo de fotografia pode ser aproveitado por um pesquisador para ilustrar os seus trabalhos, até mesmo a sua própria imagem.
8.    Por fim, um exemplo em nossa ilustração de hoje. Foto do site “Sertão na Hora”, sobre a colocação de caixa d’água no sítio Olho d’Água do Amaro, em Santana do Ipanema. Veja a nitidez, calcule a hora em que ela foi tirada, repare nos arredores da figura central. Autor: Jean Souza. Pode-se dizer: bela foto. Não interessa se o tema lhe agrada ou não.
Esperamos ter contribuído com alguma coisa.

SANTANA: REVELAÇÃO Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano                              ...

SANTANA: REVELAÇÃO


SANTANA: REVELAÇÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
                                                          Crônica: 2.223                           
Serra Aguda abrigará a maior estátua sacra do mundo (Foto: B. Chagas).
                               

Temos inúmeras revelações para Santana do Ipanema, sobre Geografia, Sociologia e História da zona rural. Isso é coisa, porém, para mais adiante. Inclusive, uma revelação bombástica na Geografia do município e sertaneja, verdadeiro furo jornalístico. Mas, vamos a de hoje. O riacho João Gomes tem, grosso modo, entre nove e doze quilômetros. Escorre dentro do município na zona rural. Seu curso superior passa pelas faldas sul da serra Aguda onde se pretende erguer a estátua sacra mais alta do mundo e margeia uma reserva particular de caatinga.  O curso médio passa próximo a uma segunda reserva particular e corta a AL-130. Pertinho, será adaptado um matadouro de pequeno porte para o abate de bovinos. Ao cortar a AL penetra na terceira reserva que pertence ao governo. No curso inferior será construída a prometida gigantesca barragem.
Mas por que o riacho se chama João Gomes, a muitas e muitas gerações? Será que se refere a antigo morador das suas margens? Nunca se ouviu dizer que alguém saiba o motivo. Pois bem, vamos à revelação. João Gomes se refere a uma planta conhecida no sertão como “beldroega” (Família das Portulacaceae). Planta usada como alimento juntamente com o “bredo” durante a Semana Santa, do litoral ao sertão. Segundo a medicina popular serve para problemas urinários, intestinais, gástricos, regeneração da pele, fadiga, coceiras, pruridos, eczemas, calos, edemas, ferimentos e cortes e infecções urinárias; ainda é diurético, depurativo e emoliente.
Estar aí, portanto, desvendado o mistério do riacho João Gomes: riacho das beldroegas; riacho onde prolifera em suas margens e leito seco, a planta medicinal e comestível joão gomes.
Quanto ao modo de consumir a erva, o interessado deve procurar em outras fontes.
O riacho João Gomes nasce no sítio Tingui, passa por vários outros sítios e desemboca no rio Ipanema, pela margem direita no também sítio Barra (foz) do João Gomes.
Pesquisar é descobrir, leitura é conhecimento.