POR TRÁS DOS MUROS
(Clerisvaldo B. Chagas. 13.01.2010)
Quando o famigerado muro de Berlim foi derrubado, houve festas na Alemanha e no mundo. O essencial naquele momento não era apenas a demolição do socialismo, mas o reencontro de familiares e parentes separados pela brutalidade de algumas nações. Anos após a euforia, eis que os Estados Unidos, alegando invasões de imigrantes clandestinos, resolvem construir outro “muro da vergonha”, entre o seu território e o México. Aquele país que anexou terras mexicanas antigamente e que hoje são estados americanos, continua humilhando seu vizinho, emergente do sul. Eles, os Estados Unidos, estavam lá na Europa ajudando os russos a dividirem Berlim. Mas a questão divisória também se abriga em Israel ao erguer um muro alto e longo contra os palestinos. Agora o mesmo Israel cisma em construir outras barreiras entre seu território e o Egito. Alega falta de controle com imigrantes ilegais e penetrações terroristas, devendo chegar às novidades em pouco tempo.
Casos de xenofobia vão alastrando-se no mundo e não constituem mais surpresas no continente europeu. Ali os países procuram fechar cada vez mais as fronteiras para imigrantes africanos, os mesmos explorados por eles durante décadas. Estão esquecidos da máxima que diz que a fome dá direito ao pobre de importunar o rico. Além disso, existe a própria discriminação no continente entre países do mesmo bloco. Essa aversão a estrangeiros vai expandindo-se pelo mundo afora, principalmente entre países desenvolvidos. Discriminam-se também pela cor da pele, pela origem do continente, chegando à antipatia pessoal. Apesar dos esforços de muitos pela união dos povos, esses muitos parecem poucos diante da crescente intolerância. No Brasil mesmo, as leis não impedem totalmente essa antipatia vexatória. Estados do Sul não se entendem; o Sudeste e o Sul torcem o nariz para nordestinos. Moradores de rua, índios, gays, prostitutas, mendigos, são vítimas fatais constantes nas grandes metrópoles do país. Os corações vazios de Deus trabalham apenas com a saúde e o ódio bestial, discriminatório e demolidor. Assim a discriminação vai formando círculos de isolamentos como uma pedra produz ondas sucessivas em águas tranquilas.
Não conseguimos enxergar povos felizes em isolamentos semelhantes. Aliás, os muros dos Estados Unidos e Israel, só fazem acirrar os ânimos e estimular a criatividade dos que detestam as fronteiras. No caso dos Estados Unidos, desde a Segunda Grande Guerra que procuram dominar o mundo fomentando ódio e derramando sangue em todos os continentes. Como podem colher morangos se plantam espinheiros? Terroristas não saem do nada. Quanto a Israel, sua história contemporânea de lutas com seus vizinhos, vem desde os tempos da volta do cativeiro no Egito. Deus prometeu a paz com as nações do seu entorno apenas a Salomão em homenagem a Davi. Enquanto vozes de amor e razão não tomarem a frente de Estados Unidos e Israel, a incerteza infeliz estará fazendo o seu papel dilacerante POR TRÁS DOS MUROS.
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Parabéns Painho pelo seu brilhante trabalho, Te Amo e tenho muito orgulho de ser sua filha. Clerise Chagas.
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