OS BOIZINHOS DO
NORDESTE
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de maio de 2012.
Crônica nº 783
É muito interessante
entendermos esse povoamento do interior nordestino pelo boi e pelo homem, para
irmos situando o desenrolar da riquíssima cultura longe do mar. Mesmo assim, a
expansão das fazendas de gado sempre demonstrou baixa densidade populacional, pois
a atividade não exigia muita mão de obra. Nas épocas do povoamento e expansões,
praticamente apenas a fazenda de gado predominava, pois até a lavoura era praticada
em forma de roças para abastecer as fazendas e quando muito às aldeias,
arruados e povoados que surgiam. O comércio não tinha ainda importância tão
forte naquele tempo. Geralmente as fixações das fazendas aconteciam onde
mandavam os grandes rios perenes como o São Francisco e o Parnaíba. Depois,
houve o deslocamento para outros interiores, sempre baseado nas proximidades de
água por perto como as chamadas ribeiras, afluentes periódicos dos dois maiores
acima. Após, sempre que podiam, os criadores instalavam suas sedes às margens
de subafluentes, mesmo sabendo das limitações dessas ribeiras.
Nessa região conquistada
pelo gado, nasceram crenças, lendas, mitos, coronéis, cangaceiros, fanáticos,
beatos, jagunços, rixas de família, folclore, tradições... Pedaço de chão que
virou reino de valentia, seca e miséria durante séculos. O território ainda
continua produzindo estranhas, belas e inesgotáveis histórias coloridas. Tudo
emparelhado com OS BOIZINHOS DO NORDESTE.
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