ONDE ELES ESTÃO
Clerisvaldo
B. Chagas, 9 de maio de 2012
Muito interessante e encantadora a reportagem que eu havia assistido na televisão, sobre a resistência de alguns profissionais do passado no Juazeiro do Norte. O tema focava mais o fotógrafo de praça que era chamado também de retratista ou lambe-lambe. Mas ainda foi abordado o xilógrafo, desenhista em madeira, tipo carimbo, para ilustrar capas de folhetos de cordel e mesmo páginas de livros famosos. Curioso o dia a dia desses profissionais que teimam na sobrevivência familiar montados no antigo. Algumas cidades do Nordeste parecem oferecer refúgio para essa resistência romântica, não encontrado esse abrigo no quase total de todas elas. Agora foi a vez de outro canal de televisão apresentar uma curta, mas eficiente reportagem sobre outros profissionais que resistem ao tempo: o alfaiate e o técnico consertador de máquinas mecânicas como as de escrever e as de fazer contas. Chega a ser comovente a dedicação amorosa por essas profissões. Recife, Caruaru, Juazeiro do Norte vão preservando esses profissionais que possuem tantas histórias acumuladas.
E em nossa região, vamos também acusando outros artistas raros ou mesmo extintos que foram indispensáveis nos povoados, vilas e cidades do nosso admirado interior. A mulher que fazia bonecas de pano; a flandreleira que produzia candeeiros; o fladreleiro que mexia com bicas ou calhas de zinco para ajudar o escoamento da água nos telhados; o consertador de sombrinhas e guarda-chuvas; o amolador de facas e tesouras; o consertador de fogão e panelas; o vasculhador de casa e um profissional muito valorizado em início de inverno que era o retelhador. Pelo menos o amolador de facas foi imortalizado por Jackson do Pandeiro:
"La vém, lá vem, o amolador,
Lá vem, lá vem, o amolador...
O aço na roda apitou
E o menino gritou: é o amolador!...
Lá vem, lá vem.. (refrão)
Com seu carrinho de mão
passa o dia todo, pra ganhar o pão
Lá vem... (refrão)
Amola tesoura de mão
faca de cozinha, serrote de pão..."
Todas as reportagens acima foram bem dirigidas, impressionando pela nostalgia embutida na própria arte dos autores. Parabéns! é bom saber ONDE ELES ESTÃO.
E em nossa região, vamos também acusando outros artistas raros ou mesmo extintos que foram indispensáveis nos povoados, vilas e cidades do nosso admirado interior. A mulher que fazia bonecas de pano; a flandreleira que produzia candeeiros; o fladreleiro que mexia com bicas ou calhas de zinco para ajudar o escoamento da água nos telhados; o consertador de sombrinhas e guarda-chuvas; o amolador de facas e tesouras; o consertador de fogão e panelas; o vasculhador de casa e um profissional muito valorizado em início de inverno que era o retelhador. Pelo menos o amolador de facas foi imortalizado por Jackson do Pandeiro:
"La vém, lá vem, o amolador,
Lá vem, lá vem, o amolador...
O aço na roda apitou
E o menino gritou: é o amolador!...
Lá vem, lá vem.. (refrão)
Com seu carrinho de mão
passa o dia todo, pra ganhar o pão
Lá vem... (refrão)
Amola tesoura de mão
faca de cozinha, serrote de pão..."
Todas as reportagens acima foram bem dirigidas, impressionando pela nostalgia embutida na própria arte dos autores. Parabéns! é bom saber ONDE ELES ESTÃO.
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