segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O SOM EM 4 TEMPOS


O SOM EM 4 TEMPOS
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de outubro de 2012.
Crônica Nº 876

Passamos um pouco dos vinte e seis anos de um movimento musical na minha terra. Foi exatamente no dia sete de maio de 1986, quando quatro jovens santanenses lançaram um compacto duplo pelo selo Beverly (Copacabana), causando euforia nos meios artísticos e nessa cidade alagoana. O grupo “O Som em 4 Tempos”, foi formado pelos músicos e cantores, Dênis Marques, Adeilson Dantas, Dotinha e Pangaré, rapazes da sociedade local que procuravam vencer através da música. Pangaré surgiu com “Você Chegou”; Dotinha com “Novo Horizonte”; Adeilson Dantas com “Colorida”, todos com composições próprias. Dênis Marques lançou a letra do escritor Clerisvaldo B. Chagas “Galopando em Emoções”, mas também com música própria. O lançamento do disco teve o apoio da imprensa do estado, inclusive, destaque no Jornal de Alagoas. Aquele momento representou mais uma vitória da terra sertaneja que festejou junto aos seus novos ídolos o ingresso na MPB. Na época, o êxito alcançado pelo quarteto, serviu de inspiração para outros jovens que tentariam mais tarde a mesma trajetória.
Quando o compacto foi lançado, as rádios da região rodavam com frequência os novos sucessos, causando satisfação para aqueles que sonhavam em seguir adiante na arte da voz. Mas, tempos depois, pareceu haver um esfriamento na sequência e o quarteto perdeu forças entre seus membros e não tivemos notícia de outros discos lançados em grupo. Atualmente Dotinha é professor na cidade de Arapiraca. Pangaré passou a ser Valdo Santana e de vez em quando surge com novidades. Dênis Marques, que também é músico, desenhista e professor, continua suas apresentações artísticas com “Dênis, Violão e Voz”. Quanto a Adeilson Dantas, radialista e empresário da “Adeart”, onde realizava suas filmagens com sede em Olho d’Água das Flores, faleceu prematuramente, vítima de acidente automobilístico. A região sertaneja está sempre contratando Valdo Santana e Dênis Marques, individualmente, para maior brilho nos festejos do Sertão e de outras plagas. Ultimamente alguns nomes surgem no cenário musical santanense, mas a carreira de cantor nunca foi fácil para ninguém.
Sem dúvida nenhuma, o feito desses jovens está em nosso livro “O Boi a Bota e Batina; historia completa de Santana do Ipanema” que aguarda lançamento na fila (cinco à frente) por ser muito volumoso e o mais caro. De qualquer maneira, puxamos do baú a realização dos quatro rapazes que, pelo menos três continuam conosco. Que bom recordar O SOM EM 4 TEMPOS!. 

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