O PERIGO
Clerisvaldo B. Chagas, 23 de outubro de 2012.
Crônica Nº 891 (poesia)
“O risco de viver é diferente
Que o perigo espreita em cada esquina”
Muitas vezes a vida é azulada
Igualmente às estrelas “piscadoras”
Alvorada de cores sonhadoras
Planura de grama imaculada
Outras vezes parece não ser nada
Sem o vinho mais forte da bonina
Desbotado mortiço de opalina
Um braseiro contínuo de Sol quente
O risco de viver é diferente
Que o perigo espreita em cada esquina
Ligeiro é corcel de esperança
Montado por forte viajante
Cortando a campina verdejante
Em galope nos campos de bonança
De repente a vista só alcança
Um remanso, u’a baixa, uma colina
A estrada se estreita e se afina
Devaneios não seguem mais à frente
O risco de viver é diferente
Que o perigo espreita em cada esquina
O perfume saído dos rosais
Penetra às narinas delicadas
Ecoando nas brisas das quebradas
Mensagens palmilham os carrascais
Já depois a natura não quer mais
Melodias chegadas em surdina
A procela se forma da “ondina”
O cordeiro se vira num valente
O risco de viver é diferente
Que o perigo espreita em cada esquina
Louvores à vida são cantados
Sob luzes de prata dos luares
Os solfejos mais belos dos cantares
Fazem trilhas nos montes multicores
Acenam os sorrisos dos amores
Numa cena fugaz e matutina
Vem à nuvem mais negra e repentina
O cenário é mudado novamente
O risco de viver é diferente.
Que o perigo espreita em cada esquina
· Reprodução
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