quinta-feira, 14 de junho de 2018

A ABÓBORA DAS ARÁBIAS


A ABÓBORA DAS ARÁBIAS
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de junho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.923


Há uma porção de tempo em Maceió, um sujeito levou uma piniqueira para à praia, durante a noite. Após a aventura noturna, pagou a cuja e deu a sentença: Tome, Fulana, “tu é mais ruim do que abóbora de lixo”.
Grande expectativa se fez com a abertura da copa, na Rússia. E o próprio estado sede que não ganhava jogos a uma série deles, gerava desconfiança entre seus próprios habitantes. Apesar da região do Oriente Médio ainda estar engatinhando em relação ao futebol de outras partes do mundo, esperava-se um bom jogo, pelo menos com bastante velocidade. No início da partida chegamos até a prever a vitória da Arábia. Foi uma decepção! Completo vexame, em se vê aqueles pernas de pau, completamente perdidos em campo.
Ah, cabra velho! Não teve jeito para ficarmos sem apontar os nossos times amadores de outrora: “Se o São Pedro, o Ipiranga ou mesmo o Asa de Arapiraca tivesse no lugar da Arábia Saudita, teria feito muito mais bonito”. Mas bonito até porque a Rússia não era de nada, nem de “fritar bolinhos”, como diria a música de forró. Ganhou porque praticamente não encontrou adversário em campo. E verdade seja dita, o resultado só agradou de verdade aos donos da casa que passaram de torcedores agonizantes para eufóricos galegos das arquibancadas. Mas também ficaria difícil para o todo poderoso de lá se a seleção vermelha perdesse no terreiro, não! Com o ânimo restabelecido, pode ser que os russos partam também para endurecer as partidas que virão.
Existe da nossa parte um respeito muito significativo pela Arábia Saudita, ponto de equilíbrio atual na Geopolítica do Oriente Médio. Inclusive, é um país que aos poucos vai abrindo espaço para as conquistas sociais das mulheres. Assim torcemos também para que o seu futebol e o de toda a região evoluam para nivelar para cima o esporte mundial. Portanto, sem desprezo algum, elogiando até o empenho para chegar à Copa, mas falando francamente sem nenhuma fantasia sobre o jogo de ontem com a Rússia, lembramos o cabra de Maceió:
 “Tome, ‘minha fia’, mas você é mais ruim do que abóbora de lixo”.



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