segunda-feira, 11 de junho de 2018

CACETE NOS ÍNDIOS


CACETE NOS ÍNDIOS
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de junho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.920
 
ÍNDIOS REIVINDICAM. (FOTO: TRIBUNA/CORTESIA).
Vejamos uma notícia de Palmeira dos Índios, a “Princesa do Agreste”, em Alagoas. A reportagem é do site Tribuna de Alagoas, matéria de ontem (11):
“Os índios da aldeia Mãe Serra Capela estão neste momento na sede da Secretaria de Estado da educação (Seduc) reivindicando mais uma vez a construção da Escola Estadual Indígena Cacique Alfredo Celestino.
De acordo com o povo indígena Wakonã Xucuru Kariri, há 15 anos que o estado não cumpriu com a estrutura física solicitada.
‘Temos mais de 300 alunos indígenas distribuídos nos três turnos. Eles estudam de maneira improvisada, em vários locais espalhados pela própria comunidade. Essa situação vem se arrastando ao longo desses anos’, conta um representante da aldeia”.
A situação em Palmeira dos Índios é repetitiva em todos os estados da federação. Pense como sofrem brancos e negros na luta por um simples posto de saúde ou uma escola decente em suas comunidades. E se brancos e negros padecem desse mal, quanto mais os indígenas que são mais isolados em aldeias. Os quilombolas, isto é, os descendentes de escravos negros, também são os últimos no recebimento de benefícios governamentais. Todos nós brasileiros sabemos para onde vai o dinheiro de imposto do cidadão. E os pontos mais vulneráveis da sociedade vão alimentando os ladrões de gravata que sempre se aperfeiçoam nos dribles garrinchianos da corrupção. No caso de quilombolas e indígenas, estão sempre nos poços das precisões.
Os indígenas de Palmeira dos Índios arrasaram na novela da Rede Globo em cenas no Velho Chico. E se nota máxima fosse à nota mil, eles mereceram muito mais do que isso, quando emocionaram a plateia brasileira através da telinha. Pareciam atores verdadeiros e bem treinados. Ah, só por isso já mereciam essa escola para 300 alunos que reivindicam há 15 anos, quanto mais por outras e outras coisas que honram a “Princesa do Agreste”. Esperamos que o governo do estado se sensibilize com o pedido do povo Wakonã Xucuru Kariri e construa sua escola. Será que é precisa fazer aniversário tal o rabo do jumento de Santana do Ipanema?
É complicado...



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