FUTEBOL: UMA
ESPERANÇA
Clerisvaldo
B. Chagas, 11 de junho de 2018
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
Crônica 1.919
Nesse momento de
aflição em que passa o nosso país, a Seleção Brasileira de Futebol, parece um
alento, um refúgio para fugir dos complicados problemas cabeludos. Não é
preciso gostar de esporte para entender que um gol lá fora, alivia a alma aqui
dentro. E João vai vibrar comendo pipoca. Maria quer o resultado, lá da pia da
cozinha. E até mesmo o assaltante grita eufórico com os tentos nacionais. Não é
que a Seleção vá prender corruptos e soltar inocentes, mas por enquanto vai
garantindo um longo sorriso verde e amarelo que abre porteiras. O importante é
um tronco para se pegar, um arbusto, uma saliência... Um garrancho. E é nesse
papel de fuga o que representa a Seleção, mesmo naquela antiga desconfiança com
a Alemanha.
Analisando o jogo de
ontem, o apito foi buscar longe a esperança que ainda estava sem miolo, perdida
e sem alento. Bater a Áustria lá dentro da casa foi um feito e tanto, sem
nenhuma dúvida a declarar. Um dos países mais ricos do mundo, vindo de três
vitórias importantes na bola, inclusive, batendo o nosso algoz, Alemanha,
curvou-se ante o Brasil mulato. E assim vamos prosseguindo a jornada com o
treinador psicólogo, filósofo e observador, no momento o melhor do mundo.
Falando antes do jogo dissemos que o Brasil, ganhando ou perdendo, estava com o
que tinha de melhor em campo. E de fato, para quebrar uma retranca daquela só
sendo mesmo “tampa de crush” como diz a linguagem da nossa juventude.
E para provar que
Jesus estava conosco, ele mesmo fez o gol que desmantelou o ferrolho. No
primeiro tempo não nos agradou a falta de concentração de alguns que perderam
muitos passes bestas. Mas o segundo tempo ferveu bem o sentimento nativista
brasileiro, pois mostrou descontração, destemor e alegria eficiente, voltando
às épocas do nosso auge futebolístico. Mais para frente, no verdadeiro “pega
pra capar”, Não queremos ver a surpresa na Rússia de tudo virar ruço. Afinal,
no meio de tantas lindas russas, queremos trazer a beldade mais formosa de
todas que dizem se chamar: Taça do Mundo. Assim repetimos a pergunta do mote
cordelista: O Brasil ganha ou não ganha/sem Pelé na Seleção?
NEYMAR EM AÇÃO.
(FOTO: REDE GLOBO).
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