SÃO
JOÃO DO TEMPO BOM
Clerisvaldo
B. Chagas, 22 de junho de 2018
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
Crônica 1.927
NA ESCOLA HELENA BRAGA. (FOTO: B.CHAGAS). |
O Sertão alagoano
está completamente ligado nos festejos juninos. O Sertão alagoano e o Sertão do
São Francisco, devido às chuvas que vêm se arrastando desde o mês passado.
Principalmente à noite surge à frieza cabulosa nos costumes da quentura, sem
respeitar altitudes, sim senhor. Desde lá nas alturas, Mata Grande, Água
Branca, Pariconha, o São João vai ganhando espaço por Delmiro Gouveia, Inhapi,
Canapi, Poço das Trincheiras, Maravilha, Ouro Branco. Espoca o foguetão sobre
Olho d´Água das Flores, Olivença, São José da Tapera, Carneiros, Senador Rui
Palmeira, Olho d’Água do Casado, Piranhas, Pão de Açúcar e Palestina. Tem
quadrilha em Batalha, Jacaré dos Homens, Monteirópolis, Major Isidoro,
Jaramataia e Belo Monte. Muito forró nas ruas, nos arraiais improvisados,
repleto de comidas típicas, inclusive, em Dois Riachos, Cacimbinhas e Minador
do Negrão.
Mas o bom mesmo para
a posteridade é o São João realizado nas escolas, porque mantém a tradição e
assegura a continuidade dos velhos tempos. Em Santana do Ipanema, além dos
vários pontos da brincadeira pela cidade, a Escola Estadual Professora Helena
Braga das Chagas, colocou em prática seu projeto chamado Projeto Junino:
Sabores e Cultura. Todas as áreas participam e levam a culminância para o dia
28 próximo. A escola vive o clima e os próprios alunos com a professora de
Arte, Vilma de Lima, fizeram a decoração geral sob inebriante alegria. Os próprios
estudantes dizem que “a quadrilha estar tinindo de boa”.
O Nordeste se agita
com tanto sanfoneiro e forró pé de serra que a nação nordestina se engasga com
tanta música, dança e comidas típicas. O milho predomina por todos os lugares e
os transportes carregando o produto cruzam por rodovias, estradas e veredas. E
se os balões foram proibidos, mas as fogueiras ainda não. Nas feiras e mesmo em
dias normais, as espigas verdes do milho fazem montes nas praças das cidades
trazendo o sorriso largo e sertanejo pela fartura apresentada. “Tá barato,
gente!”, grita o vendedor. Mas grita por gritar, pois o produto está mesmo ao
alcance de todos. E assim também rola a inseparável aguardente, porque em nossa
terra não se anima festa sem cachaça.
Espere compadre,
depois continuarei que tem um rabo de saia me provocando para dançar. FUI.
FOTO:
B. CHAGAS.
Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2018/06/sao-joao-do-tempo-bom.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário