VACINA,
SIM
Clerisvaldo
B. Chagas, 29 de março de 2021
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.499
Tudo isso fazia lembrar
a vacinação contra a varíola, acontecida no tempo de criança no Grupo Escolar
Padre Francisco Correia. Naquela ocasião, nós, os alunos, fomos vacinados por
uma equipe volante da Saúde e que era usada para “arranhar” o nosso braço, uma
espécie de pena de escrever (ainda hoje carrego a cicatriz). Lembro-me ainda de
uma única pessoa da equipe de Vacina que era o primo Zé Chagas. A epidemia da
varíola foi tão aterrorizante quanto o Covid de hoje. No rio Ipanema já havia
uma loca natural para onde eram conduzidos os infectados. Ali, ou escapavam ou
morriam.
Tempos difíceis
aqueles. Vi muitas pessoas pintadas com as manchas na pele. Cenas
desagradáveis, principalmente quando se tratava de pessoas da pele negra quando
se acentuavam as marcas terríveis da doença. Há alguns anos atrás, subi o rio
Ipanema e fui até o lugar denominado Poço Grande, onde havia “a loca dos
bexiguentos”. Fica numa ilha do rio onde o Ipanema se divide em dois braços.
Afirma um místico santanense que aquilo é uma pirâmide construída por
alienígenas e que até já recebera equipe da Sociedade Rosa-Cruz do Paraná que
atestaram às rochas místicas.
Nunca mais andei por
aquelas bandas.
Xô, xô... Epidemias!
SÃO PEDRO, PRAÇA DA
VACINA (FOTO: ACERVO B. CHAGAS)
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