COODENADAS
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de fevereiro de
2025
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.188
Na gestão municipal entre 1956-1960, foi
construída em Santana do Ipanema, uma simpática pracinha que fez muito sucesso
entre o seu povo. A citada pracinha foi localizada na vizinhança de onde hoje
está situada a Caixa Econômica Federal. O gestor da época era o Prefeito Cultura, Hélio da Rocha Cabral
de Vasconcelos, chamado simplesmente Hélio Cabral. Os bancos da pracinha eram
de granito bruto, relativamente, pequenos e sem encostos. Os canteiros
continham representações da caatinga como facheiros e mandacarus. Recebeu a
denominação, pelo próprio prefeito de Praça
das Coordenadas. E as Coordenadas Geográficas do município estavam
estampadas também num bloco de granito cercado pela vegetação do jardim.
A pracinha muitas e muitas vezes chamadas pelas
mulheres de encantadora, recebeu mais
à frente, a estátua do jumento como homenagem ao que o bicho bruto ajudou tanto
a cidade a se desenvolver transportando água das cacimbas do rio Ipanema para
as residências. Muita fotografada, tanto a pracinha, antes, quanto depois já
como a estátua ao jegue e ao botador d’água. Calhou que um jumento preto, de
verdade, tipo Canindé, de também ser
fotografado ao subir à praça e meter-se no meio da vegetação e, de fato, correu
mundo numa foto em que foi exposto. Lá mais à frente ainda, a pracinha deixou
de existir, o buraco que ficou não serve para nada e o santanense perdeu a
Praça das Coordenadas.
Como Santana não colocou as peças da praça nem
no museu nem em depósito de arquivo público, tudo sumiu. Vale dizer para os mais
novos que não existe nenhuma praça original na cidade. A única era a Praça
Emílio de Maia, logo descaracterizada e apelidada, após, de Praça do Toco.
PRACINHA DAS COORDENADAS, JÁ EM DECADÊNCIA.
(FOTO: DOMÍNIO PÚBLICO).
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