quinta-feira, 29 de novembro de 2012

PALMEIRA NA REVISTA



PALMEIRA NA REVISTA
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de novembro de 2012.
Crônica Nº 918
Por acaso peguei uma revista, daquelas que ficam em consultório médico e vi a reportagem. Falava sobre um projeto agrícola implantado em Palmeira dos índios para preservar as fontes naturais de água. Como já havia visto na televisão o assunto, procurei saber sobre Palmeira. “O Projeto Sombra e Água é motivo de orgulho para Alagoas. Premiado por importantes instituições, de alagoas e a nível nacional, é o reconhecimento público da diferença que se faz na vida de pessoas simples do campo, às quais passariam a uma condição de melhoria de qualidade de vida por meio da ação de quem faz a diferença”. Esse é um trecho da reportagem da revista Viver Melhor, referente ao mês de agosto de 2012. A metodologia foi concebida pela COPAVEL – Cooperativa Agroindustrial de Cascavel, Paraná. Em Palmeira o projeto foi batizada como “Projeto Sombra e Água Viva”. Os métodos antigos de captação de água em nascentes que trazem problemas de saúde foram substituídos por uma técnica para dispor de água limpa diretamente para o consumo humano.
Usando algumas técnicas simples, os responsáveis fazem uma caixa d’água no lugar da nascente que fica isolada de contatos, permitindo que a fonte permaneça pura. Dizem os entendidos que apesar da simplicidade do método, a eficiência é comprovada. Dessa maneira, a orientação e implantação do método garante a qualidade da água para os que usufruem daquela fonte. O melhor é que o reconhecimento da eficácia vai permitindo expandir a metodologia através de inúmeras propriedades e sendo olhada pelos governos. A citada revista não se prolonga no tema que tanto interessa aos que vivem da terra, principalmente os donos de antigas fontes imprestáveis.
Nesse tempo de seca no Nordeste e de busca constante para melhorar o ambiente, tudo que vier de bom é lucro. O que faz pena é ver tudo destruído pelo próprio homem que desmatou e eliminou os animais selvagens. E depois de tudo destruído vamos começando do zero em diversas partes do mundo, muitas delas se tornando desertos. Na realidade, é melhor mesmo “acender uma vela de que amaldiçoar a escuridão”.
Pelo menos estava lá, no amontoado de revistas sem capas do escritório, a notícia sobre Palmeira dos Índios, agreste de Alagoas. Com as páginas caindo, peguei uma e trouxe: PALMEIRA NA REVISTA.



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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

EU JÁ SABIA



EU JÁ SABIA
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de novembro de 2012.
Crônica Nº 917
Mais de trinta e cinco anos no Magistério é suficiente para se escrever um livro sobre as ações de todos os governadores. Falamos em ações dos governadores em relação à Educação, apenas. Aliás, poderíamos falar de uma porção de coisas, porém, apenas contribuiria para imortalizar pessoas que nem sequer uma linha de elogio merece. Em toda essa andança ressaltamos, porém, a figura de um homem que quebrou todas as arestas contra o Magistério alagoano que sofria terrivelmente com seu colega anterior. Com este, não tínhamos a menor vantagem em nada, uma vez que havia um secretário de administração mandado pelo cão do inferno que depois, enriquecido, deixou o estado e foi ser usineiro no Centro-Oeste. Nesta fase, só quem ganhava bem como funcionário, era fiscal de renda e os técnicos da Emater. O resto era lixo. Uma situação de vergonha para o restante da classe trabalhadora que vivia na humilhação. Assim foi com outro governador que também possuía o título de professor e negou à classe como Judas. Dá muito bem para declinar os nomes dos Herodes, espinhos de garganta, pés e tudo em nossa Alagoas, para funcionário público.
Sempre falo, todavia, do único governador que olhou pelo Magistério. Um homem que bebia e nem sei se ainda bebe, mas foi quem deu ao Magistério todos os direitos negados pelo antecessor imediato e por outros pústulas que passaram. Falamos do, então, governador Guilherme Palmeira que fez o professor se sentir gente pela primeira vez. Fez a mesma coisa em relação à Polícia, tanto é que um sargento que também bebia, falava satisfeito, feliz com o que passou a ganhar: “Homem que bebe não é homem de goga”. Foi nessa fase que o professor passou a viver melhor, a possuir seu automóvel, a adquirir sua casa própria e sonhar com o futuro. Quando soubemos que um filho de Guilherme iria ser candidato a prefeito em Maceió, lamentamos não sermos eleitores desse município, para continuarmos à gratidão. Retirado de cena Guilherme Palmeira, tudo continuou como antes. Entra governo e sai governo, promessas antes, Tio Patinhas depois, como se o funcionário público fosse o eterno escravo do antigo Egito. Menos os primos ricos da Fazenda, é claro.
Agora com a repetição da história e usineiro no poder, o que se esperar dessa gente! Não há esperança para o Magistério nem com todas as leis que saem de Brasília. Nunca nos enganamos. E como disse uma professora em movimento no SINTEAL, EU JÁ SABIA.


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