EU JÁ SABIA
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de novembro de 2012.
Crônica Nº 917
Mais de trinta e cinco
anos no Magistério é suficiente para se escrever um livro sobre as ações de
todos os governadores. Falamos em ações dos governadores em relação à Educação,
apenas. Aliás, poderíamos falar de uma porção de coisas, porém, apenas
contribuiria para imortalizar pessoas que nem sequer uma linha de elogio merece.
Em toda essa andança ressaltamos, porém, a figura de um homem que quebrou todas
as arestas contra o Magistério alagoano que sofria terrivelmente com seu colega
anterior. Com este, não tínhamos a menor vantagem em nada, uma vez que havia um
secretário de administração mandado pelo cão do inferno que depois,
enriquecido, deixou o estado e foi ser usineiro no Centro-Oeste. Nesta fase, só
quem ganhava bem como funcionário, era fiscal de renda e os técnicos da Emater.
O resto era lixo. Uma situação de vergonha para o restante da classe trabalhadora
que vivia na humilhação. Assim foi com outro governador que também possuía o
título de professor e negou à classe como Judas. Dá muito bem para declinar os
nomes dos Herodes, espinhos de garganta, pés e tudo em nossa Alagoas, para funcionário
público.
Sempre falo, todavia, do
único governador que olhou pelo Magistério. Um homem que bebia e nem sei se
ainda bebe, mas foi quem deu ao Magistério todos os direitos negados pelo
antecessor imediato e por outros pústulas que passaram. Falamos do, então,
governador Guilherme Palmeira que fez o professor se sentir gente pela primeira
vez. Fez a mesma coisa em relação à Polícia, tanto é que um sargento que também
bebia, falava satisfeito, feliz com o que passou a ganhar: “Homem que bebe não é homem de goga”. Foi nessa fase que o professor
passou a viver melhor, a possuir seu automóvel, a adquirir sua casa própria e
sonhar com o futuro. Quando soubemos que um filho de Guilherme iria ser
candidato a prefeito em Maceió, lamentamos não sermos eleitores desse
município, para continuarmos à gratidão. Retirado de cena Guilherme Palmeira,
tudo continuou como antes. Entra governo e sai governo, promessas antes, Tio
Patinhas depois, como se o funcionário público fosse o eterno escravo do antigo
Egito. Menos os primos ricos da Fazenda, é claro.
Agora com a repetição da história e usineiro
no poder, o que se esperar dessa gente! Não há esperança para o Magistério nem
com todas as leis que saem de Brasília. Nunca nos enganamos. E como disse uma
professora em movimento no SINTEAL, EU JÁ SABIA.
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