OBAMA SIM
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de novembro de 2012.
Crônica Nº 903
Temos certeza absoluta de
que o mundo inteiro respirou aliviado com a vitória de Barack Obama. Podemos
dizer ainda com segurança, da satisfação da Europa e da América Latina. Os
próprios inimigos dos Estados Unidos devem ter ficado satisfeitos também. É que
Obama, se não conseguiu ser um governo brilhante, amenizou muito a arrogância tradicional
americana, quase sempre marcada por ações militares e desprezo pelo mundo. Por
outro lado, sua reeleição foi uma segunda vitória dos negros, uma segunda
vitória dos pobres e uma segunda vitória dos moderados. Geralmente os
presidentes americanos são guiados por um desprezo enorme a outras nações,
torcem os narizes e se acham os donos do planeta. Em se achando os donos, vem a
natural arrogância que, fora daquele território, todos são bestas e seus
escravos. Sempre citamos neste espaço os exemplos de tantos impérios caídos e com
os de lá não será diferente. Todo império vive um ciclo, grande ou pequeno, mas
um dia chega ao fim. O povo do norte parece desconhecer o que se passa pelo
globo e se acomoda no conforto de cada dia, indiferente às bravatas tradicionais
das suas lideranças.
Dizem aqui no Brasil que o
primeiro mandato de um executivo pode ser excelente, mas o segundo não presta.
Isso pode ser e não ser verdade, mas com certeza para Obama, a experiência da
Casa Branca, poderá ser de enorme valia nos próximos quatro anos. Na política
externa, em relação a nós, principalmente, se não foi tão atencioso, mas também
não foi agressivo, nem mesmo com um cabra da Venezuela. Deve ser um osso de
Dinossauro, um pacifista querendo reconquistar simpatias nos continentes, mas
sob pressão cultural de prepotência de um congresso. De qualquer maneira, uma
avaliação, uma análise de longe é diferente da realidade. O bom mesmo é deixar
que o homem exerça o seu novo mandato
por algum tempo para que seja mostrado o norte do leme. Na parte meridional o
Brasil vai equilibrando a região e avançando até aonde pode, querendo
influenciar até às águas mexicanas. Com Obama ou sem Obama, caminha a América
do Sul com as novidades da Venezuela no Bloco, da ação sem nexo do Paraguai, do
entendimento entre guerrilheiros e governo colombiano. Três ações de peso e de
transformações.
O
derrotado
por Obama, para nós, tinha muito jeito do sanguinário Bush. “Deixe, então, como está para ver como é que
fica”, como falamos no Brasil. Tendo o homem iniciado com cabelos pretos,
rompe a nova jornada de cabelos brancos. E daí? OBAMA SIM.
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