quarta-feira, 21 de novembro de 2012

FIM DE ANO


FIM DE ANO
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de novembro de 2012.
Crônica Nº 912
Os costumes vão mudando de acordo com o progresso. O Natal aproxima-se e raramente encontramos grupos folclóricos nas ruas, como sempre aconteciam décadas atrás. Sem as comunicações asfálticas entre cidades que permitia o isolamento e, a televisão, as ações regionais de fim de ano alegravam os municípios sem perderem o nascimento do Cristo. Cada região brasileira apresentava seus festejos que diferenciavam das outras e até mesmo com as particularidades dos estados dentro da mesma região. Geralmente essas manifestações populares eram simples, mas vistosas e que atraiam multidões. Em alguns casos havia até disputas dentro do mesmo grupo folclórico ou de grupos para grupos. As opções de divertimentos não eram muitas, levando os habitantes de cidades, povoados e sítios às ruas e praças onde as brincadeiras aconteciam. O rádio, apesar das dificuldades do alcance e o reduzidíssimo número de aparelhos, reinava absoluto levando notícia e novelas para os lares.
Algumas dessas manifestações do povo continuam, porém, em número reduzido. Muitos municípios brasileiros tentam trazer de volta a tradição que ficou perdida com a chegada da televisão, do computador, das tecnologias de ponta. Quando contemplamos à moda, notamos constantemente à volta acontecida há décadas nos seus períodos cíclicos.  Assim também parece acontecer com o reisado, o pastoril, o guerreiro, o coco de roda, a quadrilha, o cordel e as cantorias. A humanidade precisa do simples, do ingênuo, do singelo que age na alma, nesse complexo mundo de agora. Já registramos na própria missa do galo, incalculável multidão, bem como contamos as pessoas em atos semelhantes, décadas depois. O cordel está sendo renovado por pessoas formadas; o pastoril ressurge com a terceira idade, a cantoria se especializa e cria regras; a quadrilha e o coco de rodo se estilizam e continuam no período junino, enquanto outras tradições vão ressurgindo também, acanhadamente.
O final de ano estar chegando. Em breve estaremos no mês de renovação de esperança por um mundo melhor, mais justo, mais igualitário. Quem sabe se o homem não toma juízo! Vai chegando o FIM DE ANO.

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