segunda-feira, 26 de novembro de 2012

MERCADO DO SUL



MERCADO DO SUL
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de novembro de 2012.
Crônica Nº 916
Desde cedo ouvíamos na escola os ditados construtivos conselheiros das lições. Um deles dizia que “A união faz a força”. E se olharmos direitinho à cartilha do viver, encontraremos a realidade num resumo. A Europa do euro passa por uma situação financeira dolorida, mas a união daqueles países evitou coisas muito piores entre eles, após a Segunda Grande Guerra. A América do Sul, dominada há séculos pelo machismo, bairrismo, ignorância e caudilhismo, foi permitindo que seus países falassem de costas com seus irmãos. Questiúnculas e coisas superáveis pareciam barreiras de ferro construídas com orgulho e prepotência. Somente após a criação do MERCOSUL, surgiu um fio de bom senso que se foi robustecendo entre as nações. Uma coisinha ali, outra coisinha acolá, não irão inibir os avanços de tantas conquistas desse mercado. Aos benefícios aduaneiros vão se somando outas conquistas, surgindo novas amizades e descobertas que fazem apertar os laços na região.
Convidada para fazer parte plena do MERCOSUL e tendo aceitado o convite, a Bolívia não poderia ficar toda a vida como o primo pobre meridional. Afinal, vai fazer parte, primeiro, de uma movimentação financeira extraordinária. Brasil, Argentina e, recentemente Venezuela, juntos fazem honrar qualquer outro país que queira fazer parte dessas novas oportunidades. A Bolívia tem um território enorme e um potencial que por certo atrairá inúmeros investimentos, sendo preciso apenas um dirigente de cabeça no século XXI. É um velho sonho se delineando numa região bastante explorada por portugueses e espanhóis. Com a vinda da Bolívia, quem sabe se também não chegarão plenamente outras nações irmãs como Chile, Equador, Colômbia e Peru! Quanto à individualidade de alguns dirigentes que procuram continuar no passado, ela passará e, o país geograficamente permanecerá na vizinhança.  Até os sítios brasileiros se unem hoje em comunidades e cooperativas, pois ninguém é forte sozinho. Uma América do Sul unida e independente poderá surpreender o mundo, como já acontece em alguns aspectos. Agora Espanha e Portugal, nossas antigas e exploradoras metrópoles, clamam por investimentos da América Latina na Península Ibérica.
No fundo, o importante mesmo é a busca da felicidade dos povos e não de figuras bizarras que temporariamente ocupam o poder. Parabéns Bolívia, parabéns ao MERCADO DO SUL.

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